28 de fevereiro de 2014

A Normalista

A Normalista
Adolfo Caminha (1867-1897). São Paulo. Ática. 1978. 157 páginas.

Sinopse:
A história da bela e ingênua Maria do Carmo – seduzida pelo padrinho à custa de chantagem –, o autor expõe de maneira implacável as contradições da sociedade em que vivia. Este livro, uma das obras-primas da literatura brasileira, concilia a história de uma adolescente com um panorama crítico de Fortaleza no século XIX.

Ponderação:
Leitura obrigatória. Não gostei da obra. Maria do Carmo, a personagem principal, estudante da Escola Normal - o porque do título -  é uma moça recatada e ingênua, quando fica órfã vai morar com seu padrinho João da Mata, um homem asqueroso, e sua madrinha D.Terezinha, em Fortaleza. Maria é constantemente assediada pelo padrinho e sua madrinha faz "vista grossa". Apaixona-se por Zuza, filho de um coronel, que gosta dela mas que não faz muitos sacrifícios para ficarem juntos. Diversas vezes, Zuza fala do atraso cultural de Fortaleza e de seus moradores. Maria sede às vontades de João da Mata, iludida com a permissão do seu casório com Zuza. Mas o rapaz volta a Recife para terminar seus estudos e Maria se vê usada e sozinha. Compaixão e revolta ao ler a história de Maria do Carmo, a presença do realismo é tão forte que nos perguntamos, quantas marias da vida real já passaram por isso?
Minha visão de hoje, o estudo do Naturalismo foi muito sufocante, já no século XIX, o autor faz-nos uma denúncia do abuso das mulheres "o famoso assédio moral e sexual" vem sempre de dentro do seio familiar e de amigos.  




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