30 de outubro de 2021

Los Recuerdos

Los recuerdos
Les suvenirs. David Foenkinos. Trad. Isabel González-Gallarza, Barcelona. Seix Barral. 2012. 283 páginas.

Sinopse:
Cuando su abuelo muere, el joven narrador se da cuentade la cantidad de cosas que no ha compartido con él. Decide entonces aprovechar al máximo el tiempo juntoa su abuela. La visita a menudo y consigue espantar su soledad y hacerla reír. Pero un día, como si de una adolescentese tratara, la abuela se fuga de la residencia en la que vive.
El narrador parte en su búsqueda y acabará uniéndose a ella en esa huida hacia la felicidad. Asistiremos asía un maravilloso viaje por los recuerdos de una vida, y veremos cómo éstos, junto al mágico azar, iluminan el presente y el futuro de nuestro protagonista.

Ponderação:
O autor mescla lembranças/recordações de famosos com os entes queridos do personagem central. Bem interessante esse aspecto narrativo, pois remete-nos a fatos relacionados a história. Neste contexto ele revela uma reflexão e, talvez, um alerta! - Até quando os netos serão covardes em aceitar a opinião dos pais em colocar os 'avós' em asilo? Afinal, os avós foram jovens como os netos e, os próprios, filhos. Cada idoso colocado em um asilo está submetido em uma condenação de morte. Cada idoso possui uma vida construída em realizações, sonhos e desejos. O idoso precisa exercer sua liberdade de fazer o que quiser em sua existência de felicidade posterior aos desenganos da vida. O idoso é um ser movido pelas recordações.


28 de outubro de 2021

Um homem chamado Ove

Um homem chamado Ove
En man som heter Ove. Fredrik Backman. Trad. Paulo Chagas de Souza. Rio de Janeiro. Objetiva. 2015. 349 páginas.

Sinopse
Ove tem cinquenta e nove anos e não gosta muito das pessoas. Afinal, hoje em dia ninguém mais sabe trocar um pneu, escrever à mão ou usar uma chave de fenda.
Ninguém mais quer trabalhar e assumir responsabilidades. Todo mundo é jovem, usa calça justa e só quer saber de internet. Para Ove, uma sociedade em que tudo se resume a computadores e café instantâneo só pode decepcioná-lo.
Como se isso não bastasse, a única pessoa que ele amava faleceu. Sem sua esposa, a vida de Ove perdeu a cor e o sentido. Meses depois, ele toma uma decisão: vai dar fim à própria vida. No entanto, cada uma de suas tentativas é frustrada por algum vizinho incompetente que precisa de ajuda. Mas, quando uma estranha família se muda para a casa ao lado, Ove aos poucos passa a encarar o mundo de outra forma.

Ponderação:
- Tente lembrar de alguém que você conhece (todos nós temos um) do tipo: - incrivelmente irritante, amargo e, claramente, se julga, o maior honesto, salvando a humanidade. Um ser desagradável, avarento e sovina...  
- Lembrou? Chega aos pés de Ove?
- Bem, verdade seja dita, Ove representa as muitas facetas amargas da sociedade. E, também, o Humano. O chato reclamão. O miserável. O irritadiço por qualquer coisa. Pratica a achoterapia constantemente.
- Um ser humano que chegou no limite de sua solidão. Sozinho no mundo.
- E, Ove, ou melhor, ele nos traz algo para reflexão: o de ter responsabilidade neste mundo computadorizado. O mundo via vida por computador, por assim afirmar são manipulados por mãos humanas, que já não sabem usar uma chave de fenda, não sabem escolher uma bucha adequada para um parafuso ou gancho na parede. 
- Na opinião de Ove 'ninguém quer assumir responsabilidade'. Essa premissa parece-nos real. Porém, 'assumir responsabilidade' remete aos órgãos governamentais em todas as esferas da administração pública, joga com a vida do cidadão.
- O livro é um tanto humor negro pela descrição detalhista do personagem principal. Rende boas gargalhadas. Uma espécie em extinção no tocante a lealdade (amor, amigos e objetos), capacidade de sobrevivência (teve que lutar sozinho) e a única pessoa que, realmente, o entendeu na sua maneira de viver, morre. Ele não consegue trabalhar o luto. Mas, uma jovem família pede-lhe ajuda e, assim, ele muda a vida de outras pessoas e a sua própria.


 

25 de outubro de 2021

A Casa do Penhasco

A Casa do Penhasco
Peril at End house. Agatha Christie (1890 - 1976). Trad. Otávio Albuqerque. Porto Alegre. L&PM. 2011.
86 páginas no formato digital.

Sinopse:
Uma semana de férias no ensolarado litoral da Cornualha... Esse parecia ser o cenário perfeito para coroar o fim da brilhante carreira do detetive Poirot, ao lado de seu inseparável companheiro, o capitão Hastings. No entanto, o clima de tranquilidade é quebrado quando eles conhecem a srta. Buckley, uma jovem de ar rebelde e herdeira da Casa do Penhasco, que diz ter escapado da morte diversas vezes nos últimos dias. Seriam meros acidentes? Ou haveria alguma explicação sinistra por trás disso? Empolgado, Poirot decide abandonar os planos de aposentadoria e volta à ativa para mais um intrigante caso que testará todas as suas habilidades.

Ponderação:
Simplesmente não pudermos externar nossas risadas no som mais alto, - pois a leitura fora realizada madrugada adentro, em noite de insônia, - com a comicidade e estripulias do mais famoso detetive literário  do século XX,    Hercule Poirot. Como sempre, aquilo que indicava ser, mostra-se uma surpreendente relação.