28 de setembro de 2013

Lembranças de Hollywood

Lembranças de Hollywood
Dulce Damasceno de Brito (1926-2008). São Paulo. Imprensa Oficial. 2006. [1ª reimpressão – 2008. Organização: Alfredo Sternheim. Coleção Aplauso]

Se ainda hoje Hollywood exerce um imenso fascínio sobre o ser humano, essa atração era muito maior nas décadas de 1940 e 1950. Ir para aquela região encostada em Los Angeles, Califórnia, era o sonho de muita gente. Mas a lista de brasileiros que o concretizou é pequena. Naquela época sem internet, tornava-se dispendioso para a nossa imprensa manter alguém como correspondente. Porém, Dulce Damasceno de Brito tinha esse sonho e foi atrás, tornou-o possível. Enviada pela revista O Cruzeiro a Hollywood, tornou-se amiga confidente de Carmen Miranda e passou a conhecer intimamente sua personalidade e a de muitas outras estrelas do cinema daquela época, com total circulação dentro dos estúdios e com fácil e próximo acesso às celebridades, algo que hoje se tornou uma missão impossível. A jornalista, que já tinha escrito Hollywood Nua e Crua, agora abandona o tom formal daquela publicação e vai mais fundo nas suas lembranças desse passado esplendido e Lembranças de Hollywood.

Ponderação
Toda vez que olho a fotografia de Carmem Miranda e Dulce Damasceno de Brito em seu vestido branco com botões (na contra capa do livro) traz-me a memória a cena de 'Tempos Modernos’, onde um Carlitos estressado sai em disparada ao encontro da dama de vestido com botões. Outras lembranças são os comentários de minha tia-avó Helena sobre a jornalista. Dulce realizou seu sonho e de muitos de nós e por nós em Hollywood. Detalhe: Durante anos, assinei a revista Set só para ler a sua coluna, ‘Hollywood Boulevard’.



O Exorcista

O Exorcista
William Peter Blatty. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1972. 319 páginas.

Sinopse:
Nos Estados Unidos da América, algo muito estranho acontece. Atingida por uma doença que os melhores especialistas não conseguem descobrir, uma criança caminha para a morte, semeando a destruição à sua volta, ao mesmo tempo que se vai apagando numa agonia atroz.

Ponderação
Li, enquanto, ainda, não tinha 18 anos, porque não havia permissão legal para ir ao cinema. Não gostei da história, acredito que houve mais imaginação ao retratar um fato real.



Transpoemas

Transpoemas
Ricardo Silvestrin. Ilustrado por Apo Fousek. São Paulo. Cosac Naify. 2008. 44 páginas.

O poeta gaúcho Ricardo Silvestrin presta em Transpoemas uma homenagem aos meios de transporte novos e antigos. Nesta viagem por terra, água e ar, há lugar para o avião, o metrô, a bicicleta, o submarino, e outros veículos menos convencionais - se é que podem ser chamados de transportes -, como o disco voador, o carrinho de supermercado, a prancha de surfe e o tapete voador. São dezoito poemetos rimados, acompanhados de divertidas ilustrações do gravurista e pintor Apo Fousek, que invadem gradativamente as páginas. O livro tem unidade circular e possibilita duas leituras, a partir da capa ou do verso dela. Na orelha, "depoimentos" de seis "leitores" criticam ou elogiam o livro de Silvestrin: tem o guarda de trânsito, o pedestre e até uma bibliotecária. O semáforo deu sinal verde. Só faltam as crianças em fase de alfabetização ocuparem seus lugares

Ponderação
Pelo menos nós temos alguém para brincar no caótico trânsito das grandes cidades brasileiras. Vou carregar na bolsa, pois quando o ônibus empacar na faixa exclusiva, aqui em São Paulo, irei declamar, aos demais passageiros, os poemas do Ricardo.



Cardápio Erótico

Cardápio Erótico
Raydália Bittencourt. São Paulo. Giostri. 2013. 118 páginas.

A obra se constitui de contos eróticos em variadas misturas: sexo com humor, com amor, com mistério, com poesia e apenas puro sexo. Contém também um conto que envolve sexo, mas que não é erótico.
Os contos possuem sabores, à escolha de quem ler: do sexo mais picante ao sexo regado pela doce calda do amor e da poesia. A autora convida o leitor para um banquete erótico, onde o leitor escolhe o prato que mais lhe agradar para o prazer dos seus sentidos.


Ponderação
Amigo leitor, Amiga leitora. 
Fico me perguntando se o crítico profissional terá remorso ao criticar uma obra inaugural de um artista. Qual parâmetro utilizará para isso? Se partilhar da amizade do/com o artista, como conduzirá o texto?
Estou numa situação delicada: - Sou leitora. Sou Jornalista e Editora. Também Tradutora. Teoricamente, estou apta a criticar. Outro ponto: - Criticar sem o pavor de destruir a carreira promissora.
Raydália entrou na disputa territorial de abocanhar leitores dos escritores famosos e menos famosos. Ela esta angustiada para conhecer as opiniões de seus leitores neste primeiro trabalho. Surpreendeu-me a sua escrita e sua coragem em expor histórias como se estivéssemos num sarau.
Coragem maior foi a descrição de ‘Dias de Fúria’. A autora traduziu o real de centenas e centenas de mulheres possuidoras de sonhos, fantasias, mas a existência rude, com baixa perspectiva no melhorar de vida, vêem-se subjugadas, ultrajadas, violentadas por aquele que deveriam ser seus protetores, maridos e/ou namorados que igual, são da mesma rude existência. Tais relacionamentos, também é, encontrado na classe média e alta, mas em menores números.


24 de setembro de 2013

Marley & Eu

Capa de 'Marley & Eu' and Perrita.
Marley e Eu: a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo.
John Grogan. Trad. Thereza Christina Rocque da Motta e Elvira Serapicos. São Paulo. Prestígio. 2006. 270 páginas.

John e Jenny eram jovens, apaixonados e estavam começando a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos.
Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, rompia paredes de compensado, babava nas visitas, comia roupa do varal alheio e abocanhava tudo a que pudesse. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. Mas, acima de tudo, Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Imperdível.

Ponderação
Neste blog estou tentando não fazer comparações da realidade vivida e o que há nos livros. Porém, em alguns momentos, é impossível não comparar as idéias e fatos do nosso cotidiano. A fotografia ilustrativa deste post é uma montagem da capa do ‘Marley e Eu’ com Perrita, um é labrador a outra é uma Fox Terrier Brasileiro (Paulistinha). Ambos destroem potes, trucidam qualquer pedaço de tecido, são agressivos, mas são amorosos, estão sempre pronto para brincadeiras, possuem um enorme coração. Quando iniciei a leitura de ‘Marley e Eu’ meu objetivo era, simplesmente, conhecer a história de um cão e mais nada. Aí, conheci os seus donos e o drama de ter um animal de estimação, que mais parecia um terremoto do que um animal. Onde deixava os donos numa situação constrangedora, quando era necessário deixá-lo aos cuidados de terceiros. Resumindo, um animal seja ele que tipo for: - cão, gato, coelho, etc, não conhecem o valor do dinheiro, pois se conhecessem, eles não seriam os nossos anjos protetores em quatro patas sem asas. Esse é um dos vários livros que possuo a respeito de cachorro, sempre há um dono disposto a contar a história de seu pet.




23 de setembro de 2013

La Fortaleza Digital

La Fortaleza Digital
Dan Brown. Trad. Eduardo G. Murillo. Barcelona. Ediciones Urano. 2009. 542 páginas.

Sinopse:
En su primera novela, Dan Brown, teje una trepidante historia de engaños y crímenes en este nuevo libro, fascinante recorrido por los secretos mejor guardados de las agencias de inteligencia norteamericanas, ambientada en las calles de Sevilla.
¿Puede existir un código indescifrable? En un mundo en el que la información lo es todo, una simple palabra se convierte en el arma más poderosa.
Susan Fletcher, la criptógrafa estrella de la ultrasecreta Agencia de Seguridad Nacional (NSA) no puede dar crédito a sus oídos cuando su jefe, el subdirector de la Agencia, le informa de que han interceptado un código que ni siquiera la mayor supercomputadora conocida puede descifrar. La única pista para romper el letal código parece estar oculta en el cadáver de un hombre que ha fallecido en España, donde ha sido enviado David, el prometido de Susan.

Ponderação
História, originalmente, escrita e publicada em 1998, fico a imaginar quem primeiro copiou a informação na tentativa de publicar segredos de Estado!?... Se Dan Brown ou Julian Assange com o seu Wikileaks? Ou o mais recente caso de espionagem, envolvendo o Brasil e EUA. Quando li foi por pura distração, a tradução em espanhol, e o fato de a cena do livro passa-se na Espanha. Mas depois, fiquei pensando... Dan Brown dando início ao seu tema favorito: decifrar código e enigma secretos.




22 de setembro de 2013

O Dia de Santa Bárbara

O Dia de Santa Bárbara
Paulo de Tharso (1960-2013). São Paulo. Escrituras. 2000. 207 páginas.

Sinopse:
O relato provocante de O Dia de Santa Bárbara narra a história de Márcio Arroio, um escritor jogado na vida, que se vê envolvido em um crime que ocorrera no prédio onde moravam na presença de sua amiga Gisele, uma garota de programa. O mistério, porém, que permeia a narrativa é só um elemento acondicionado à história política, à marginalidade social e que serve de pretexto para que um velho investigador revele a atmosfera densa do jogo do poder e se redima de sua apatia.
A sequência de surpresas, a economia dos meios, o encadeamento das soluções fazem de O Dia de Santa Bárbara um emblemático exemplar do gênero policial, entretanto original na crueza e emotividade expressas na narrativa. O autor arma uma trama que não nos sai da cabeça e nos faz acreditar que o que era pura ficção é mais real do que parece, até se concluir que a obra é produto de uma intensa paixão do narrador.
Jorge Mautner disse: - “Vejo Paulo de Tharso como um dos melhores escritores da nova geração. Em O Dia de Santa Bárbara, apresenta um estilo romântico, atual, cheio de suspense. Nota-se também a extrema musicalidade das palavras, pois além de escritor, Paulo de Tharso é cantor e compositor. Revitaliza em seus textos as dimensões de todas as discussões sobre política, amor, morte, destino, isso tudo envolto num mar de paixões.
É um livro que não se pode deixar de ler, pois como Dostoievski, o autor mergulha nos abismos da alma.”

Ponderação
Já mencionei, aqui, no blog, que não sigo a moda literária e que tenho meus próprios mecanismos de busca e indicação de leitura. Pois bem, curiosidade é o que não me falta, portanto aconteceu durante a leitura “Minuto de Silêncio”, do dia 17/05/2013, Diário de São Paulo, sobre a morte do autor. Coincidência ou Imaginação? O autor é encontrado morto qual tal Luthero Zimmerman. Ponto. A verdade sobre o autor, ainda, me é desconhecida. Enquanto... A trajetória da narrativa desenvolvida em 26 capítulos distribuídos em 207 páginas, convida-nos a conhecer “O Dia de Santa Bárbara”. Com enredo determinado entre 29 de outubro a 5 dezembro, recheado de flash back, só descobre-se o atrás do título da obra, quando uma das personagens menciona o famoso massacre de São Valentim, nos EUA, tido como autoria de Capone.
Gostaria de ter, ou melhor, ler outras opiniões de leitores desta obra.
  • “O verbo ser, neste mundo, só se conjuga no presente do indicativo. Na forma afirmativa ou negativa.”
  • “Como é possível mudar a natureza de um homem se nem o escorpião, quando cercado pelo fogo consegue?”



21 de setembro de 2013

Vila Prudente

Vila Prudente: do Bonde a Burro ao Metrô.
Newton Zadra. São Paulo. Ed. do Autor. 2010. 191 páginas.

Um Relato Histórico sobre o grande Bairro Paulistano.

Adriano Diogo disse: "Com Vila Prudente – do Bonde a Burro ao Metrô, a roda da história entra em movimento. Sua narrativa leve, bem estruturada e gostosa de ler provoca um passeio pelas lembranças de todos aqueles que nasceram e se criaram neste bairro. Trata-se de uma publicação valiosa, um livro que deve lido e relido, um livro de cabeceira guardado com sabor de saudade. Este livro resgata a história de um número infindo de pessoas, filhos e filhas de Vila Prudente."

Ponderação:

Gostei da iniciativa do Sr. Zadra. Li e me detive no capítulo referente a Vila Zelina, Bairro envolto em polemica sobre sua tematização. Vila Zelina é, tipicamente, um Bairro onde predomina os lituanos e seus descendentes.

Mesmo depois de ter participado do Barra Funda e ler este, fiquei imensamente triste, pois o Bairro de Pedreira, onde nasci, cresceu e sua história primeira ficou esquecida e deturpada pelos atuais moradores... 



Câmara Municipal Paulistana

Câmara Municipal de São Paulo (1560-1998): Quatro Séculos de História. 
Délio Freire dos Santos & José Eduardo Ramos Rodrigues. São Paulo. Imprensa Oficial. 1998. 192 páginas.

Câmara Municipal de São Paulo: 450 anos de História. Com texto e pesquisa de Ubirajara de Farias Prestes Filho. 2ª Ed. rev. e atual. São Paulo. Imprensa Oficial. 2012. 148 páginas.



Ponderação:
Dois exemplos. História de uma cidade contada através de sua sede legislativa. Percebe-se, inicialmente, o tratamento gráfico, com espaço temporal de 14 anos, bem diferenciado. Basta olharmos o sumário, já encaramos a concepção pontual de cada autor. Enquanto, que o primeiro menciona mais sobre os referidos vereadores, no segundo já encontramos a Casa Legislativa Paulistana dentro do contexto e abrangência histórico-cultural do país. As ilustrações (fotografias e mapas) dão as dimensões de quanto a cidade de São Paulo cresceu, transformando-se nesta insensível metrópole, mas imensamente bonita.



19 de setembro de 2013

21/12

21-12.
Dustin Thomason. Paralela. 2012. 280 páginas.

Em Los Angeles, nem todo mundo acreditava que o mundo de fato acabaria em 21 de dezembro de 2012 - luzes vermelhas e verdes decoravam cada canto da cidade para as festas de fim de ano. Assim, no dia 11 de dezembro - como fazia todos os dias -, o dr. Gabriel Stanton acordou cedo, passeou pelo calçadão de Venice Beach e parou no Groundwork Café, antes de seguir para seu laboratório no Centro Príon de Controle de Doenças. Ao chegar lá, contudo, recebeu uma ligação. Urgente. Enquanto isso, Chel Manu, uma importante pesquisadora em linguística e epigrafia maia do Getty Museum, é interrompida em seu escritório por um comerciante do mercado negro de antiguidades que - desesperado - implora para que ela guarde por um tempo a sua aquisição mais recente. No fim do dia, Stanton, o maior especialista do mundo em doenças priônicas, estará às voltas com um paciente guatemalteco cujos sintomas confundem e aterrorizam. E Chel, a jovem estrela no campo dos estudos maias, terá diante de si um artefato ilegal que pode conter a resposta para um dos grandes enigmas da história; por que os reinos maias desapareceram da noite para o dia. Isso tudo num momento em que a nossa própria civilização pode ter o mesmo destino. Numa corrida contra o tempo - ao longo dos poucos dias que restam antes 21 de dezembro de 2012 - Stanton e Chel terão de unir forças para evitar que o pior aconteça.

Ponderação:
Livro com tema da moda. Fadado ao esquecimento passado o boom  do tema principal, ‘fim dos tempos’. Uma história construída em cima da medicina e da cultura maia. Insônia causada por doenças priônicas. Alguém se lembra da ‘vaca louca’? Alguém se lembra da guerra na Guatemala e sua cultura e religiosidade maia. Alguém lembra que o calendário maia é que ia ter um fim e ter inicio um novo ciclo para a humanidade. O livro é rico na informação histórica, esquecendo-se um pouco das personagens. Prende o leitor, leitura agradável. Mas fica o gosto amargo de não desvendar o causado do pânico da doença e muito menos o fim das outras personagens sobreviventes.


18 de setembro de 2013

Aviso 3

Não é possível encontrar, na memória, os Títulos e Autores de anos de leitura, rapidamente, notadamente, por muitos terem sidos empréstimo de bibliotecas e amigos. De olho no Skoob, as imagens das capas e suas diversas edições e outros parâmetros de recuperação. 
Como é o caso de "Por Quem os Sinos Dobram" de Hemingway, sobre a Guerra Civil Espanhola: não recordo a Editora que o publicou, aqui, muito menos o nome do tradutor. Naquela época, as anotações eram restritas ao solicitado no aprendizado nas aulas de Português.
Por fim, o exercício de ler e escrever; sinopse, resumo, análise vai se tornando mais palpável, sem muita necessidade de rascunhar... Mas é, sempre, bom um rascunho, mesmo uma linha... Encadeamento das idéias e correção.


Hasta pronto...


17 de setembro de 2013

Obras Machadianas

Obras Machadianas.

Iaiá Garcia, Helena, O Alienista, Missa do Galo, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Miss Dollar – Edições da Editora Moderna, Ática e Ediouro anteriores a 1980.


Ponderação:
A obra machadiana é objeto de estudo e leitura (obrigatória) nos diversos cursos ligados ao nosso idioma português. Joaquim Maria Machado de Assis é considerado o melhor escritor em Língua Portuguesa no e do Brasil. Mas chatice, resume toda a sua obra com a eterna insatisfação humana e da sociedade em transformação naquele final e início de século, XIX e XX.
Dom Casmurro: Bentinho e Capitu. Caramba! Em qual texto do Olímpio Grego, Machado foi buscar inspiração, quando criou Bentinho e Capitu. Já li e ouvi que a arte imita a vida, portanto a literatura recria a vida, olhando todos os lados da rocha. Será possível, uma única possibilidade, que a relação entre as personagens do romance seja reflexo do casamento de dona Carolina com o autor? Se hoje, temos preconceito, imagina-se a situação nos anos de 1870 a 1900.
Das obras lidas de Machado de Assis, só com ‘Iaiá Garcia’ tive ao final uma sombra de querer ler novamente. “Lina Garcia” e suas atitudes.
Dom Casmurro, Helena, Missa do Galo – será que os professores desconhecem outras obras do mestre da literatura nacional brasileira ou simplesmente seguem a orientação dada pelos editores dos livros didáticos?


15 de setembro de 2013

El Prisionero del Cielo

El Prisionero del Cielo
Carlos Ruiz Zafón. Buenos Aires. Planeta. 2012. 384 páginas. 23 cm.

Sinopse:
Barcelona, 1957. Daniel Sempere y su amigo Fermín, los héroes de La Sombra del Viento, regresan de nuevo a la aventura para afrontar el mayor desafío de sus vidas. Justo cuando todo empezaba a sonreírles, un inquietante personaje visita la librería de Sempere y amenaza con desvelar un terrible secreto que lleva enterrado dos décadas en la oscura memoria de la ciudad. Al conocer la verdad, Daniel comprenderá que su destino le arrastra inexorablemente a enfrentarse con la mayor de las sombras - la que está creciendo en su interior.

Ponderação:
Fermín relata a verdade, regressa ao passado. Prisão de Montjuic. Ocupante da cela oposta que ele, esta nada mais nada menos que Daniel Martin. Os fios suspensos de La Sombra del Viento e El Juego del Ángel começam a se unir. A descrição da vida naquela prisão tem momentos de humor, humanidade e terror. A volta de personagens já conhecidos com ares psicológicos diferenciados e ações antagônicas. Referências sutis ao romance de Alexandre Dumas, pai, - O Conde de Montecristo.
Com esse livro, fechando a trilogia do Cemitério de Livros Esquecidos, Zafón provou que um grande contador de histórias.



El Juego del Ángel

El Juego del Ángel
Carlos Ruiz Zafón. Nueva York. Vintage Español. 2008. 667 páginas. 23 cm.

Sinopse:
David Martín es un joven periodista y aspirante a escritor en los años 20 que pasa rápidamente de escribir en un pequeño diario local a publicar novelas, primero bajo pseudónimo y más tarde bajo su propio nombre. Al mismo tiempo, espoleado por la mujer que ama, Cristina Sagnier, reescribe secretamente la novela de su amigo y mentor Pedro Vidal. Cuando las dos novelas ven la luz, la suya es vapuleada por la crítica mientras que la de Vidal se convierte en un éxito. David, hundido, aceptará entonces la misteriosa propuesta del editor Andrea Corelli de escribir 'una historia por la que los hombres sean capaces de vivir y morir'.

Ponderação:
Seguindo parâmetros semelhantes aos de ‘La Sombra del Viento’, Carlos Ruiz Zafón nos apresenta uma narrativa alegre, cheia de surpresas e suspense, com tramas e subtramas e mais subtramas. Um jogo fértil, onde os personagens principal/secundários e aos demais que sempre dão sustentação a história se ligam através de um fio invisível, deixando-nos, leitor, ávidos por terminar a leitura e conhecer todo um universo corrente a uma estranha história de amor, beirando a temática alucinante de um Don Quixote do século XXI, vivendo placidamente no inicio do século XX. É bem vinda uma comparação entre Ruiz Zafón com Cervantes.
Efetivamente, Diego Marlasca, David Martín e Andrea Corelli jogam um xadrez sem um cheque mate.


A Varanda do Frangipani

A Varanda do Frangipani
Mia Couto. São Paulo. Companhia das Letras. 102 páginas.

Sinopse:
Depois da Independência de Portugal, em 1975, Moçambique enfrentou quase duas décadas de conflitos. O período foi marcado pela oposição entre os antigos guerrilheiros anticolonialistas da Frelimo (que tomaram o poder e tentaram implantar o socialismo no país) e o grupo de orientação conservadora Renamo (alinhado a Rodésia e África do Sul). A história de 'A varanda do frangipani' se passa vinte anos após a Independência, depois dos acordos de paz de 1992. O romance é narrado pelo carpinteiro Ermelindo Mucanga, que morreu às vésperas da Independência, quando trabalhava nas obras de restauro da Fortaleza de S. Nicolau, onde funciona um asilo para velhos. Ele é um 'xipoco', um fantasma que vive numa cova sob a árvore de frangipani na varanda da fortaleza colonial. As autoridades do país querem transformar Mucanga em herói nacional, mas ele pretende, ao contrário, morrer definitivamente. Para tanto, precisa 'remorrer'. Então, seguindo conselho de seu pangolim (uma espécie de tamanduá africano), encarna no inspetor de polícia Izidine Naíta, que está a caminho da Fortaleza para investigar a morte do diretor. Mais de vinte anos depois da independência de Moçambique, quando a guerra civil já arrefeceu, a Fortaleza é um lugar em que convergem heranças, memórias e contradições de um país novo e ao mesmo tempo profundamente ligado às tradições e aos mitos ancestrais. Da sua varanda se pode enxergar o horizonte.

Ponderação:
A pretexto de modernizar e globalizar, estamos caindo no abismo negro da humanidade. Aqui, ocorreu e ocorre uma guerra, não só propriedade de Moçambique, mas, sim de toda África como também na América Latina, “A guerra engole os mortos e devora os sobreviventes.” – “Vive do crime, se alimenta de imoralidade.” Essas duas frases ditas por Marta Gino transpira a ascensão ao poder de ideolatras fracos sem preparo no comando de cabeças populares, gozando, somente, viver a vida sem nenhum querer ser melhor ou não. Simples viver.


A Pílula do Amor

A Pílula do Amor: um romance sem contra indicações.
Drica Pinotti. Rio de Janeiro. Prumo, 2010.

Esta poderia ser mais uma daquelas histórias em que a protagonista está na faixa dos 30 anos, é bonita, descolada, tem um emprego legal, uma mãe meio rebelde e sonha com um grande amor que de preferência não dê muitos palpites em sua vida. Poderia, se Amanda não contasse com um ingrediente a mais: ela é totalmente, absolutamente, hipocondríaca. Não passa uma semana sem se presentear com uma consulta ao novo especialista da cidade, seja lá qual for a especialidade.
A chegada de Brian à vida de Amanda bem que poderia dar uma virada de mesa nessa situação, mas ele tem um cachorro, o que inviabiliza qualquer possibilidade de romance. Afinal, Amanda prefere morrer solteira a conviver com os milhares de germes que habitam o corpo daquele animal "selvagem"...
A pílula do amor é um romance sobre neuras, mas sobretudo sobre tolerância. Brian saberá dar a Amanda o remédio de que ela no fundo precisa? E Amanda conseguirá descobrir qual é a verdadeira causa de seu problema e poderá ter uma vida normal e feliz? Descubra a resposta na divertida história de Drica Pinotti, um livro que fará você rir muito, lembrar de pessoas conhecidas e, principalmente, parar para pensar se não está levando as coisas muito a sério. 

Ponderação:
Ao colocar a hipocondria como personagem central, a autora perdeu um pouco no quesito ‘humor’. Além do mais, ter alguém como ‘vizinho’ de mesa, de cadeira, de caminho igual Amanda Loeb é um terror. Não há como desenvolver uma convivência sadia, pois lá vem mais uma de suas absurdas teorias hipocondríacas.
A capa é uma beleza, parecem corações feitos de açúcar, algodão doce ou gelatina dando a entender que o amor é o sublime dos sentimentos que podem ser encontrados em uma pílula, mas no decorrer da leitura temos uma idéia, completamente, oposta.


A Queda

A Queda - As memórias de um pai em 424 passos.
Diogo Mainardi. Rio de Janeiro. Record. 2012. 150 páginas.

Sinopse:
Um dos mais polêmicos jornalistas do Brasil, Diogo Mainardi apresenta um contundente livro de memórias sobre seu primogênito Tito. Vítima de erro médico, em um hospital de Veneza, Tito nasceu com paralisia cerebral. Em relato emocionante e surpreendente, Diogo revela como a relação com o filho norteou sua vida desde então, e como ele lida com a culpa e os culpados pela paralisia de Tito.


Ponderação:
Tito tem a sorte de ter um pai que o leve ao melhores centros médicos do mundo com diagnósticos equivocados. Diogo paga 30 mil dólares em uma avaliação médica. Papai tinha 30 cruzeiros – naquela época era a moeda do Brasil - para médico e medicamentos. Tito tem sorte de possuir equipamentos para poder aprender a se comunicar com o mundo. O meu aprendizado foi na raça, com as orientações experientes da avó Manuela (neste caso, bisavó).
424 passos, para se entender ‘um deforme’ – Ricardo III, Francesca Martinez, Christy Brown, Zeke e Ben Young, Helen Keller e tantos outros que fizeram mais 424 passos + 424 passos + 424 passos + 424 passos [...] tornando-se exemplos de superação em “Deus capacita os escolhidos”
424 passos, para capacitar a medicina em reparar os erros que cometem... Em Medicina não se pode aceitar o erro. As seqüelas do erro médico são eternas e irreparáveis.
424 passos, para a vida... onde somente Deus tem sabedoria de dar valor e compreensão para cada um que ele considera digno de sobrevivência.
Hoje, estou escrevendo e administrando esse e mais um blog. O erro pode ser revertido em mais ou  menos 85%, além de ser Jornalista tal Diogo. sou Editora, Tradutora em Espanhol-Português e uma pós em "Gerente de Cidade". Pouco. Tito conseguirá chegar lá, mas com perseverança.


Barra Funda

Barra funda
Krystyna Okrent, Lina Angélica Maria Gumauskas |et al.| [Série História dos Bairros de São Paulo, vol. 29]. São Paulo. Departamento do Patrimônio Histórico. 108 páginas. 23 cm. 

Sinopse:
O presente trabalho é um estudo histórico-urbanístico, realizado a partir de uma pesquisa de campo que identificou as condições de uso e conservação dos lotes e edificações da área considerada bairro da Barra Funda, enriquecido com a abordagem dos aspectos sócio-econômicos, culturais, do patrimônio histórico e das entidades do terceiro setor existentes. Todos esses elementos foram agrupados para demonstrar o que aconteceu com a Barra Funda, desde o início de sua formação até os dias de hoje. 


Ponderação
Não posso discorrer sobre o ‘Barra Funda’, porque sou uma das autoras. A existência dele só foi possível graças aos Trabalhos de Monografias apresentados para obtenção do título de especialista em ‘Gerente de Cidade’, no 31º Curso de Pós-Graduação, pela FAAP, em 2000. 
E pelo 2º lugar no XXII Concurso de Monografias sobre a História dos Bairros de São Paulo, promovido pela Divisão do Arquivo Histórico do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura Municipal de São Paulo.

Teatro São Pedro na Barra Funda...
 Essa foto (em preto e branco) foi impressa à página 32, 
legendada como Foto 9, no "Barra Funda",
 da Série 'História dos Bairros de São Paulo', volume 29, editado em 2006.
Muito elogiada na época da realização da pesquisa fotográfica do trabalho, que deu origem ao presente livro.

14 de setembro de 2013

La Sombra del Viento

La Sombra del Viento
Ruiz Zafón. Barcelona. Planeta. 2008. 569 páginas.

Sinopse:
Un amanecer de 1945, un muchacho es conducido por su padre a un misterioso lugar oculto en el corazón de la ciudad vieja: El Cementerio de los Libros Olvidados. Allí, Daniel Sempere encuentra un libro maldito que cambia el rumbo de su vida y lo arrastra a un laberinto de intrigas y secretos enterrados en el alma oscura de la ciudad. 'La Sombra del Viento' es un misterio literario ambientado en la Barcelona de la primera mitad del siglo XX, desde los últimos esplendores del Modernismo hasta las tinieblas de la posguerra.

Le Figaro escribió: “El mejor libro del año. Irresistible. Es erudito y accesible a todo el mundo, se inscribe em la gran tradición de novelas de aprendizaje em las que los secretos y malefícios se suceden como muñecas rusas”

Ponderação:
Zafón faz um relato da Espanha, no período de General Franco, também menciona fatos e personagens que foram citados pelo meu bisavó e avó. Fala da televisão que estava começando e o que ela acarretaria a humanidade. Tudo isso na Cidade de Barcelona.
Não consegui ler a tradução do livro feita ao português, talvez o tradutor não tenha conseguido captar a essência, quizá, importante de que os livros são espelhos, que só somos refletidos em nós mesmos. Daniel ao escolher um livro considerado maldito, cuja leitura mudará sua vida e de todos a sua volta.
Fiquei encantada e virei fã do autor, no idioma espanhol, naturalmente...


A Sombra do Vento

A Sombra do Vento
Carlos Ruiz Zafón. Objetiva. 2005.

"Este lugar é um mistério, Daniel, um santuário. Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que leiram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece. Faz já muitos anos que meu pai me trouxe aqui pela primeira vez, este lugar já era velho. Quase tão velho quanto própria cidade. Ninguém sabe ao certo desde quando existe ou quem o criou. Conto a você que me contou meu pai. Quando uma biblioteca desaparece, quando uma livraria fecha as suas portas, quando um livro se perde no esquecimento, nós, guardiãos, os que conhecemos este lugar, garantimos que ele venha para cá. Neste luar, os livros dos quais já ninguém se lembra, os livros que se perderam no tempo, viverão para sempre, esperando chegar algum dia às mãos de um novo leitor, de um novo espírito. Na loja, nós os vendemos e compramos, mas na verdade os livros não têm dono. Cada livro que você vê aqui foi o melhor amigo de um homem. Agora só tem a nós, Daniel. Você acha que poderá guardar este segredo?" {página 9}


Ponderação:
Leitura abandonada, explicação no próximo post.


La Elegancia del Erizo

La Elegancia del Erizo
L’élégance Du hérisson. Muriel Barbery. Trad. Isabel González-Gallarza. Barcelona. Seix Barral. 2010. 367 páginas.

Sinopse:
El libro narra la historia de Renée, una mujer de 54 años, que oficia de portera del número 7 de la calle Grenelle. Bajo una apariencia simplona e inculta, Renée esconde algunos secretos, como leer libros de Filosofía. En el mismo edificio vive Paloma, una niña de once años dotada de una inteligencia extraordinaria, que rechaza el mundo de los adultos al punto que ha decidido cometer suicidio en su cumpleaños número doce. A lo largo del libro son las propias Renée y Paloma las que van contando sus respectivas historias. 

Ponderação:
O livro é repleto de reflexões a partir do simples movimento do mundo. Afirmar-nos, claramente, que sempre fazemos a diferença, mesmo sem querer, realmente, na vida das pessoas.
Renée, Paloma e Kakuro, no momento do crescimento e despertar do nada para a existência do sempre. Cada um desabrochou aquilo que trazia adormecido dentro de si. Como bem disse, Nina Sankovitch, nossas duas protagonistas, ao encontrarem Kakuro, percebem a essência de “quando conseguimos compartilhar a beleza, a esperança renasce”, e os três reconhecem as possibilidades infinitas de surpresas que a vida oferece.
De uma certa forma, vi-me na pele de Renée e Paloma, história trouxe grandes recordações.


13 de setembro de 2013

El conde de Montecristo

El Conde de Montecristo. 
Alejandro Dumas. Madrid. Edimat Libros. Colección Clásicos Inovidables. 717 páginas.

Sinopse:
'El conde de Montecristo' es la fascinante historia de un hombre bondadoso, afable y honrado que, víctima de una tremenda cadena de traiciones, casi arruina su vida. Sin embargo, su sed de venganza, su paciencia y su astucia cambiarán el signo de esta historia que enganchará al lector desde el primer capítulo.

Ponderação:
A leitura foi um desafio. Mas, valeu a pena.
Os capítulos 41, 71, 89 e 113. Reencontro. Reencontro. Reencontro e Conversa. Já investido de Conde de Montecristo; Mercedes, em Condessa de Morcef. Ambos se reconhecem, porém Fernando Mondego e seu filho, Alberto não percebem a alta tensão deles. Aliás, fato interessante, ninguém é capaz de reconhecer a Dantés em Paris. Sempre que Dantés e Mercedes se encontram a emoção prevalece. Dificultando os batimentos do coração de ambos. Precisam disfarçar a verdade sobre eles. Finalmente, Ela sabe a verdade sobre a prisão Dele. Após a partida de Alberto para a Argélia, fica claro o abismo existente entre a Mercedes e o Dantés do passado e da atualidade. Mas o respeito e o amor que há entre os dois permanecem o mesmo. O aspecto vingador de Dantés cai por terra, ao descobrir que pode ser amado e amar na figura de Haydeé.
O confronto do passado com o presente e a consciência de cada um dos envolvidos em sua prisão, prevalecendo bondade e humanismo de cada um. Família Morrel, Mercedes, Alberto, Haydeé.



O Ano da Leitura Mágica.

Eu não queria largar o livro.
O Ano da Leitura Mágica.
Tolstoy and the purple chair: my year of magical reading. Nina Sankovitch. Trad. Paulo Polzonoff. São Paulo. Leya. 2011. 232 páginas.

Sinopse:
Um desafio: ler um livro por dia durante um ano. Você aceita? Essa foi a promessa que Nina Sankovitch fez a si mesma. Após perder a irmã mais velha para o câncer, e embora precisasse cuidar dos quatro filhos e lidar com os percalços que fazem parte do cotidiano de uma grande família, Nina cria uma jornada para si mesma: ler um livro por dia durante um ano inteiro. Nesse verdadeiro sonho literário, nossa heroína descobrirá que o ano de leitura mágica mudará tudo ao seu redor e que os livros são uma ótima terapia. O ano da leitura mágica também conta a história da família Sankovitch: o pai de Nina, que escapou da morte por um triz na Bielo-Rússia durante a Segunda Guerra Mundial; os quatro ruidosos filhos, que lhe recomendavam livros ao mesmo tempo que a ajudavam a cozinhar e a limpar a casa; e Anne-Marie, sua irmã mais velha e inspiração, com quem Nina compartilhou os prazeres da leitura, mesmo em seus últimos momentos de vida.


Ponderação:
A leitura para Nina Sankovitch tem quase a mesma significação do meu pensamento a essa atividade indulgente na busca do saber. Para mim, a leitura abre horizontes, refaz a memória de uma época, mostra-nos os valores vividos por humanos das diversas épocas dentro de um contexto histórico de cada região do Planeta.
Pois, não tardou muito para deixá-lo como meu livro de consulta, Nina obrigou-me a esquecer os métodos de análise aprendido nas aulas de Língua Portuguesa, nos bancos escolares e universitários. Métodos atrelados ao esquema didático. Com ‘O ano da Leitura Mágica’ pude ampliar meu processo de crítica, colocando minha vivência, digo experiência, no âmbito do ato de ler.
Meu ano de leitura está quase terminando, mas estou saindo melhor do que poderia imaginar com as pequenas pedras do caminho. Agradeço a Nina, a possibilidade de retornar um velho desejo.


Amar, Verbo Intransitivo

Amar, Verbo Intransitivo.
Mário de Andrade (1893-1945). São Paulo. Círculo do Livro. 1984. 154 páginas.

Sinopse:
A obra mostra o drama de Carlos, jovem burguês, e de Elza, professora de idioma alemão, piano e pretensa iniciadora do menino na vida sexual. A hipocrisia da sociedade paulistana do início do século serve de pano de fundo para esta história (de amor?). Será que há alguém que possua qualidades no ensino do amor?

Ponderação:
Análise literária a parte, momento literário paulista não me preocupa. “Amar, verbo intransitivo” de Mário de Andrade. Maravilha, enquanto passeava pelas letras, formando frases e parágrafos, páginas, eu me via como testemunha ocular nos lugares descritos pelo autor. Quando passo perto do Parque Trianon, na Paulista, a estória vem à mente, como se tivesse mesmo vivido naqueles anos...


Estante / Vida em meio aos livros

Visão Parcial de meus livros.

Livros, Libros, Books.
Aqueles especiais e muito especiais...


Amostra do que será colocado neste 'Ventana de Lectura'


Paloma, a mascote, observando a estante de
livros da dona. Em 1999.

Carinho em meio aos livros...




12 de setembro de 2013

Dicionário de Sinônimos

Dicionário de Sinônimos e Antônimos da Língua Portuguesa
Francisco Fernandes (1900-1965). São Paulo. Globo. 1996. 870 páginas. 23 cm.

Sinopse:
A presente edição, a de número 35, foi revista e ampliada por Celso Pedro Luft (1921-1995). Consigna sinônimos de aproximadamente 30.000 palavras, incluindo neologismos e brasileirismos. Uma obra indispensável para quem lida, diariamente, com o nosso querido idioma: Português.

Exemplo constante à página 216.

Comentário Sin. Nota, crítica, explicação, interpretação, exegese, escólio, hermenêutica, esclarecimento, ponderação, comentação, comento: Comentários ao código civil. Análise. Glosa. Crítica maliciosa: Está sendo objeto de comentários.

Ponderação:
Obra deve estar sempre ao alcance de nossas mãos e de nossos olhos...


Cura dos Traumas da Morte

Cura dos Traumas da Morte
Pe. Léo, scj. São Paulo. Canção Nova. 2005. 128 páginas. 21 cm. 11ª edição.

Sinopse:
"Você vai perder aqueles que você ama. Terrível, não é? Depende."
É isso que Pe. Léo vem mostrar neste livro, "A cura dos traumas da morte". Ele nos convida a refletir sobre esse assunto hoje tão mascarado pela maioria das pessoas e ver com outros olhos a realidade que é a morte: uma preciosa amiga (sim, amiga), pois será ela que nos levará a presença de Deus. Sem ignorar a tristeza que a falta de nossos entes queridos nos causa, o autor ensina a enfrentar com maturidade e fé essas horas tão difíceis - doença, enterro, luto, despedidas- ao mesmo tempo em que nos exorta a valorizar a vida e a presença dos que amamos. Enquanto ainda é tempo.
Com a linguagem próxima e descomplicada que é sua marca, Pe. Léo nos diz para "saborear" esse novo significado que a vida pode ganhar. Sem o medo da morte, que, neste livro, aprendemos a ver como uma verdadeira benção.

Ponderação:
Intrigante foi a maneira pela qual esse livro veio parar, aqui, em casa. Era uma época, também, de entender o luto, mas aquele resultado, até hoje, não fora digerido como deveria. Portanto, rodou pela casa durante sete anos. Mamãe não leu. Li entre prantos e sensação de alegria. Lembranças de outras perdas. Dói, mas Deus quis assim...


Aviso 2

Comunico que possuo um outro blog, mas lá consta com outros assuntos.

Esse Ventana de Lectura, prioridade, só em Livros...

Hoje, dia 28/10/2020, Comunicamos a não existência do allagumauskas.blog.uol.com.br. Ele foi desativado.

Hasta Pronto..

11 de setembro de 2013

Anjo de Quatro Patas

Anjo de Quatro Patas
Walcyr Carrasco. São Paulo, Gente, 2008, 196 páginas, 21 cm. 2ª Ed.

Sinopse:
Uma linda história de amor e amizade entre um homem e seu cachorro.
Neste livro, o escritor Walcyr Carrasco registra os momentos mais engraçados e comoventes vividos ao lado de Uno, um cão que, além de um simples companheiro, tornou-se um verdadeiro amigo, ensinou-lhe a enxergar as pessoas de outra maneira e, sobretudo, devolver-lhe a alegria de viver. Entre mordidas e lambidas, você irá rir e se emocionar com as aventuras desse anjo de quatro patas que renovou a rotina e os sentimentos de seu dono.

Ponderação:
Só quem tem um animal de estimação ou gosta de apoiar ONGs de proteção aos animais, sabe o que Uno significou ao autor.

Estrela Distante

Estrela Distante
Estrella Distante. Roberto Bolaño. Trad.: Bernardo Ajzenberg. São Paulo, Mediafashion, 2012, 144 páginas, 21 cm. [Coleção Folha: Literatura Ibero-americana – v.14]

Sinopse:
George Steiner, crítico que Roberto Bolaño admirava, propôs como emblema da imbricação entre cultura e barbárie a imagem do funcionário nazista que, durante o dia, trabalha num campo de extermínio e, à noite, recolhe-se aos seus aposentos para ler Goethe ou escutar Bach. Bolaño, que sabia que o nazismo, embora derrotado em 1945, talvez jamais desaparecesse do mundo, publicou em 1996 um livro no qual transpunha da Europa a seu continente natal a constatação de Steiner: A literatura nazista na América era o seu título. No último capítulo, resumia, em poucas páginas, a história do infame Ramírez Hoffman, poeta de vanguarda e torturador a serviço do governo de Pinochet. Na novela Estrela distante, do mesmo ano, retomou, com fôlego mais amplo, a figura de Hoffman, que então se chama Carlos Wieder – em alemão, "outra vez": modo de nomear a persistência do nazismo como eterno retorno ou compulsão à repetição, "mal absoluto" (isto é, recorrente, perpétuo, infernal) sempre a nos ameaçar.
Alberto Ruiz-Tagle é um jovem poeta esquivo e sedutor que frequenta, nos primeiros anos da década de 1970, as oficinas literárias da Universidade de Concepción, no Chile. Com o golpe militar que se abate sobre o país em 1973, ele some de circulação, como praticamente todos os participantes das oficinas. Logo após o golpe, surge espetacularmente nos céus do Chile um audacioso aviador, Carlos Wieder, que escreve no ar versículos bíblicos e estranhos poemas. O narrador de Estrela distante, ele próprio um poeta iniciante, demora pouco para perceber que Ruiz-Tagle e Wieder são a mesma pessoa.
Intrigado pelas múltiplas facetas desse estranho personagem, o narrador tenta seguir seu rastro e acaba por descobrir ao longo dos anos, e em vários países, sinais do envolvimento do poeta-aviador com os mais sórdidos aspectos da ditadura militar chilena.
Com sua habitual mistura de documento, ensaio, memórias pessoais e ficção, Roberto Bolaño faz deste pequeno romance um retrato subjetivo da sua própria geração, que tinha em torno de vinte anos quando ocorreu a derrubada do governo Salvador Allende e a implantação de uma das mais sangrentas ditaduras militares do continente. Uma geração ceifada ou traumatizada pela tortura, pelo exílio ou pela morte precoce.


Ponderação:
Ficção chilena de Roberto Bolaño (1953-2003).
Não gostei. Talvez se tivesse lido em espanhol, poderia ter apreciado melhor.
É um texto bizarro com pano de fundo a política do Regime de Pinochet. Pelo menos, é o entendimento. Obra de humor negro, narrando a história política chilena de maneira mórbida e, em alguns momentos, cômica.

Aviso

Quero dar um pequeno aviso!

Não sigo a tendência da moda literária. Tenho meus próprios parâmetros de indicação de leitura e busca. Muito do que será postado, foi lido pela metade (houve algo no meio do caminho a impedir o término da leitura), mas com anos de experiência, possuo alguma qualificação na dissertação a respeito da obra e seus autores e, por fim, na engrenagem gráfica/editorial.

Hasta pronto...


10 de setembro de 2013

Bíblia Sagrada

Bíblia Sagrada
Edição: CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, 2006; 1600 páginas.

Sinopse:
Não conhecemos, exatamente, seus autores. Temos só uma idéia, pois consiste em várias mãos a escrever uma obra histórica, falando do mundo criado por Deus, feito por homens, animais e natureza.

Ponderação:
O primeiro grande livro que lemos... Na verdade, nunca deixamos de ler e reler... É sempre bom tê-la por perto.
Podemos, também, perceber algumas diferenças no tocante ao processo tradutório, indicando posicionamento político, até contraditório, do tradutor. Como o trabalho é árduo e demorado, aqueles que são encarregados para a tarefa, acabam sendo substituídos. Possuo várias, a diferença constatada é visível.


Ansiedade

Com a idéia pronta.

Vontade de compartilhar.

Trilhar o caminho inverso do outro blog. Esse nasceu com objetivo definido. Há centenas de blogs relacionados à leitura, sendo esse, um diferencial, pelo menos como autora, pretende-se sanar uma lacuna no mercado.

Livro - a magia do conhecimento...



Hasta pronto...

Lectura

Os livros são meus anjos protetores, por que sempre estão por perto no momento certo para consolar-me. Essas pequenas notas são o ensaio do que será postado, posteriormente, breve... Uma vez a semana, no mínimo, por regime de tempo e fotografar ou buscar imagens em algum lugar...

Hasta pronto...

Livros.Conteúdo

Será uma espécie de resumo para cada livro, talvez com imagem de capa...

Vou verificar a possibilidade...

Hasta pronto...

Livros

Vou tentar expos a respeito dos livros que já li...

Aguardem...

Há muitos...


Hasta Pronto...