O Germe da Revolução

O Germe da Revolução: A Comunidade Lituana sob Vigilância do DEOPS (1924-1950)

Erick Reis Godliauskas Zen. São Paulo. Associação Editorial Humanitas. 2005. 223 páginas.

Sinopse:

Este inventário - de autoria de Erick R. Godliauskas Zen - abre a nova série de produção acadêmica do PROIN - Projeto Integrado Arquivo do Estado / Universidade de São Paulo. A identificação, seleção e sistematização dos documentos produzidos pela Política Política paulista, o DEOPS/SP, nos permitem conhecer o processo de repressão à comunidade lituana que, assim com o tanto outros grupos estrangeiros radicados no Brasil, foi vigiada por causa de suas idéias e práticas políticas entre 1930-1950. Prioriza a produção de uma cultura por parte de lituanos comunistas que, atuando junto ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), produziram uma imprensa clandestina em idioma lituano e em iidiche. Aborda também a organização de associações e clubes em  São Paulo articulados com o objetivo de preservar a identidade de orgiem, questionada pela política de homogeneização sustentada pelos governos Vargas e Dutra.

Ponderação:

- Seus pais deveriam ter falado lituano em casa?

- Não, meu pai sempre falou português, meus avós diziam que se ele quisesse, aprendesse depois de adultos.

Um fragmento de uma das muitas conversas com minha professora de inglês, tem muito a ver com tudo que os estrangeiros foram submetidos, quando aqui chegaram. Um Eldorado mais para Inferno de que ao Céu. Qualquer denúncia era motivo de pavor e pânico a cada individuo que não falasse o português (e/ou espanhol), em alguns casos o francês, idioma diplomático. 

A narrativa expõe com brevidade a política daquela época, como também demonstra com clareza o desconhecimento da cultura dos povos, que para cá vieram. Os agentes políticos do DEOPS, por parte da classe política e da Imprensa, opinando e adulterando os fatos.

De fato - O que é ser comunista? Não entendi até hoje. Só porque pensamos com parâmetros diferentes de nosso vizinho, precisamos de rótulo disso ou daquilo. Há uma cena na mini série "Anos Rebeldes", justamente, pela falta de um bom conhecimento de história e cultura geral. O agente policial confisca o exemplar de "A Capital"  de Eça de Queiroz, dizendo ser um livro comuna. "A Capital" obra prima da literatura portuguesa. Esse agente não sabia do diferencial no artigo definido, "O Capital" de Marx significa a circulação do dinheiro na economia  de um pais. Mas, também há um fato! A teoria comunista jamais foi realmente implantada, talvez meu avô materno tenha razão: - comunista é um cara folgado que não gosta do batente. 

Almanaque de Jesus

Almanaque de Jesus

Ana Paula Corradini. São Paulo. Panda Books. 2004. 179 páginas.

Sinopse:

A história do menino que nasceu uma manjedoura e teve uma vida muito simples até revelar sua mensagem de amor e humildade não é mistério para ninguém. Mas será que todos sabem quais eram as comidas favoritas de Jesus, como eram suas roupas, a casa onde morava, e até o dinheiro que usava?

Almanaque de Jesus não é um livro de religião, teologia ou catecismo. Apenas conta a vida de jesus de uma forma curiosa e divertida.

Ponderação:

O livro apresenta ilustrações feitas por Fábio Sgroi, bem humoradas por sinal.  Sabe aquela história, no ano que vem vou estudar o Novo Testamento. Aí, começamos o tal estudo. Paramos na segunda semana. Porque? O texto apresentado, o da Bíblia, é super erudito e de difícil entendimento.  Pois bem, o que aqui é o esclarecimento de maneira cotidiana, uma linguagem coloquial, nossa do dia-a-dia. O Novo Testamento, mas propriamente, os quatros principais evangelhos. Com pequenas doses de história antiga, romana com informações linguísticas para melhor entendimento das palavras.

Jornalismo Opinativo

Jornalismo Opinativo

Luiz Beltrão. Sulina. 1980. 118 páginas.

Sinopse / Ponderação:

Didaticamente, o autor aborda o Jornalismo Opinativo. Lembro-me bem das aulas, e o livro seguia como apoio, o professor explicando que Opinar jamais deveria ser a visão pessoal do Jornalista e sim a Opinião do conjunto, isto é uma análise centralizada no conjunto de notícias apresentadas para cada área de atividades no mundo que gera informação e notícia.

Minhas Leituras: Sábato Magaldi

"... o Sábato Magaldi com seu panorama da história do teatro brasileiro.", diz Lauro Cesar Muniz.

O que dará prazer à contemporaneidade dos fatos e acontecimentos? Vivemos-os sem ao menor sentir o potencial deles, sem poder absorver histórias, alegrias, tristezas, agonias e fracassos. Oportunidade de ler uma coleção, apontando os méritos de alguém pela maioria de pessoas que fizeram parte da sua convivência no terreno teatral brasileiro.

Sábato Antonio Magaldi, nascido em Belo Horizonte, 9 de maio de 1927. É crítico teatral, teatrólogo, jornalista, professor, ensaísta e historiador brasileiro.

Membro da Academia Brasileira de Letras e professor titular de História do Teatro Brasileiro da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Lecionou, ainda, durante quatro anos nas universidades francesas da Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle) e de Provence.

Magaldi foi um dos grandes organizadores da obra de Nelson Rodrigues, de quem era amigo, e responsável pela classificação de suas peças segundo tema e gênero (Tragédias Cariocas, Peças Míticas e Peças Psicológicas). Seus prefácios às peças são verdadeiros ensaios sobre a obra do dramaturgo.

Mais informações em Deolinda Vilhena.

Hoje, 17 de julho, sinto agonia. Porque a biblioteca do teatro foi destruída! Faleceu Sábato Magaldi, em 14 de julho de 2016. "Palmas para quem sempre aplaudiu o teatro. Para Sábato Magaldi, criticar não era só profissão. Era amor, traduzido no livro com milhares de artigos que escreveu, organizado pela esposa, com quem viveu por 39 anos."

Um crítico tão bondoso que não gostava de ver a peça logo na estreia. Preferia vir uns dias depois, quando os atores já estivessem mais tranquilos e falhas tivessem sido corrigidas. Quando ocupava uma poltrona na plateia, Sábato Magaldi enxergava o melhor da arte. Mas nunca foi a um espetáculo sem antes ler o texto e estudar o autor.

Histórias de Paris

Histórias de Paris

Histórias de Paris. Mario Benedetti (1920-2009). Trad. Ari Roitmann e Paulina Wacht. São Paulo. Globo. 2013. 63 páginas. [Ilustrado por Antonio Segui]

Sinopse:

Os quatros contos de Mario Benedetti (1920-2009) que compõem este livro são como fotografias de personagens transitórias e frágeis, cristalizadas em um movimento passageiro. De 1973 a 1985, o Uruguai viveu sob uma ditadura militar, como, em períodos similares, a Argentina, o Chile e o Brasil, fazendo com que milhares de intelectuais, políticos, artistas e poetas sul-americanos vivessem fora de seus países. Paris foi um desses destinos.

O que vemos na capital francesa descrita por Benedetti são cenas do exílio, em que as dúvidas e a falta de concretude regem vidas incertas, sem deixar de apontar em cada uma das situações e das personagens a beleza de um mundo que ainda espera um tempo melhor.

Ponderação:

Realmente, Paris é uma festa! Todos os incomodados em seu interior correm para lá. Fantasia? Mistério do sonho de  Liberdade? Quem sabe? Está no livro uma geografia, propriamente, dita das impressões longínquas de uma vivência livre e da nova desconhecida, longe dos amados terrenos de nossa pátria, passando fome. Simples consequência do exílio - auto ou imposto -, novos relacionamentos, amorosos ou não, expectativas, desilusões de um - vários - exilado intelectual.

Vida Alves

Sem Medo de Viver

Nelson Natalino. São Paulo. Imprensa Oficial. 2013. 288 páginas.

Sinopse:

Atriz de rádio e TV, entrou para a história das comunicações por ter encenado com Walter Forster o primeiro beijo da televisão brasileira, na telenovela Sua vida me pertence de 1951. Também, participou da peça Calúnia (teleteatro do Grande Teatro Tupi), onde deu o primeiro beijo homossexual da TV brasileira, na atriz Geórgia Gomide, em 1963, na TV Tupi de São Paulo. Desde 1995, quando foi fundada a Pró-TV, Vida é presidente do Museu da TV, que tem o objetivo de preservar a memória dos pioneiros da televisão nacional. O Museu da TV é um projeto de criação da Pró-TV - Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira.

Ponderação:

Sua história se mistura a história da Televisão Brasileira. Ao desenvolvimento da novela, que hoje, é produto de exportação. Pioneira em quase tudo que há na Televisão...

Nota:

Vida Amélia Guedes Alves = 15/04/1928-03/01/2017, com 88 anos.

Como Defender a Ecologia

Como Defender a Ecologia.

Guias Práticos Nova Cultural. São Paulo. Nova Cultural. 1991. 256 páginas.

Sinopse:

Em casa, na rua, no trabalho, nas compras, em tudo o que faz no dia-a-dia você está tomando decisões que afetam, para bem ou para mal, a vida do Planeta. O que você come, o modo como guia o carro ou se diverte, mesmo ao tomar banho ou arrumar seu jardim, a cada momento é possível adotar uma atitude criativa - fazendo preciosas economias, poupando os escassos recursos do Planeta, mantendo as cidades limpas ao invés de entupi-las de plástico ou lixo.

Ponderação:

Olhando a data da publicação, acredito que esse guia foi uma maneira de preparar a ECO-92, no Rio de Janeiro. Lembro-me, que catorze anos antes, já havia lido um livro sobre Ecologia, para uma tarefa da escola. Hoje, parece que ninguém aprendeu nada destas publicações, pois novamente falam da Ecologia e nada foi resolvido. Tudo o indicado neste guia, é hoje recomendado. E, para falar a verdade, eu prefiro roupas de algodão ou malha de algodão, agridem menos a minha pele e são mais quentinhos, quando uma blusa de lã é colocada por cima. 

A arte de Ser Feliz

A Arte de Ser Feliz: Orientações práticas para alcançar a paz interior, o sentido da vida e a alegria de viver.

El Arte de ser feliz. Inácio Larañaga. Trad. Maria Luisa Garcia Prada. São Paulo. Paulinas. 2004. 140 páginas.

Sinopse:

A arte de ser feliz - É um saber como resgatar a tranqüilidade da mente, deixar o impossível para trás, libertar-se das angústias, através do relaxamento e da união com Jesus na oração. Viva com sabedoria: Acredite em você mesmo e na sua capacidade de Ser Feliz.

Ponderação:

É uma obra de auto-ajuda, sim. Mas com enfoque diferenciado dos demais, pelo simples fato de abordar temas considerados emblemáticos como por exemplo: a Depressão. Aqui, faz um alerta, aos amigos e parentes, de que a pessoa depressiva precisa mais de apoio e carinho, do que crítica. Os sintomas, são vários, podem ser mascarados com o sentimento de angústia e tristeza.  Gostei e recomendo.