22 de dezembro de 2019

Os Garotos Dinamarqueses que desfiaram Hitler

Os Garotos Dinamarqueses que desfiaram Hitler
The  Boys Who Challenged Hitler: Knud Perdesen and the Churchil Club. Phillip Hoose. Trad. Elisa Nazarian. São Paulo. Vestígio. 2019. 224 páginas.

Sinopse
Profundamente envergonhado com os líderes de seu país, que se renderam sem resistência aos ocupantes alemães na Segunda Guerra Mundial, o jovem dinamarquês Knud Pedersen, de 15 anos, se juntou a seu irmão e a um punhado de colegas da escola para tomar uma atitude contra os nazistas, já que os adultos não o fariam.
Batizando seu clube secreto com o nome do impetuoso líder britânico, os jovens patriotas do Clube Churchill cometeram incontáveis atos de sabotagem, despertando a fúria dos alemães, que acabaram identificando e prendendo os garotos. Mas seus esforços não foram em vão: as façanhas do clube e a captura de seus membros ajudaram a desencadear uma resistência generalizada na Dinamarca.
Intercalando sua narrativa com as memórias em primeira pessoa de Knud Pedersen, Phillip Hoose conta neste livro a história inspiradora desses jovens heróis de guerra.

Ponderação:
Aqueles, que vivenciaram o horror de perto naqueles anos de 1939 a 1946, e sobreviveram estão indo embora. Suas histórias ficaram a cargo de memórias familiares e amigos chegados. São histórias que não foram parar em nenhum documentário ou filme ou livro. Ainda há história para ser relatada. 
Esse mostra como a inteligência de um grupo de garotos pode desestabilizar um poder destruidor. Eles arriscaram tudo, mas perderam muito. Também é um poderoso testemunho de coragem, onde sua bravura de aventurar no perigo, dando a vida pelo bem do país.


21 de dezembro de 2019

Tragedia en tres Actos

Tragedia en tres Actos
Three Act  Tragedy. Agatha Christie (1890 - 1976). Trad. de E. M.. Barcelona. Editorial Planeta. 2019. 222 páginas.

Sinopse:
Un reconocido actor realiza una fiesta en su mansión, en la cual muere un anciano párroco al parecer por causa naturales, hasta que el envenenamiento de un reconocido médico hace surgir la sospecha de un doble asesinato.
El caso queda en manos de uno de los invitados de la fiesta, Hércules Poirot, el cual gracias a sus células grises resuelve el misterio.

Ponderação:
Quando se ler a sinopse em diferentes edições, podemos imaginar que Charles Cartwright é uma vítima. Porém ao passarmos página a página, vamos descobrindo alguns segredos e pequenos pontos soltos formam uma rede de suspeitas. Outros pontos são unidos, quando Poirot após uma montagem de quebra-cabeça resolve explicar cada ponto inerente a cada pergunta feita durante as investigações "amadoras" de miss Lytton Gore e do próprio Charles. Sendo, assim, o ator ia e vinha de uma série de evidências na contra mão de sua proposta de elucidar o caso. Para cada ato, há uma morte. Cada uma remete a outra, tentando ligar ao dito suspeito. A cena da descoberta do verdadeiro assassino é fenomenal. Surpreendente!!!


A Última Mulher

A Última Mulher
Luiz Alfredo Garcia-Roza. São Paulo. Cia das Letras. 2019. 117 páginas.

Sinopse:
Ratto é um cafetão da Lapa, coração do Rio de Janeiro, que, acompanhado de seu sócio, Japa, consegue tirar uma pequena fortuna todo mês. Quando um violento policial resolve chantageá-lo, querendo abocanhar parte do quinhão, Ratto precisa desaparecer dali e arranjar um jeito de sobreviver. Refugiado em Copacabana, ele conhece Rita, uma prostituta jovem e muito inteligente que vira sua protegida, mas logo ambos se veem em meio a uma caçada pelas ruas e becos escuros da cidade. O delegado Espinosa, que conhece Ratto dos seus tempos de inspetor da 1ª DP, no Centro, é forçado a entrar no caso quando começam a surgir mulheres mortas com requintes de crueldade. Auxiliado pelos inspetores Welber e Ramiro, Espinosa precisa entender quem é a mente por trás de crimes tão brutais para impedir que Rita seja a próxima vítima.

Ponderação:
Podemos acreditar que não teremos uma próxima aventura de Espinosa como um pseudo investigador sábio, esta sempre um passo atrás do suposto criminoso. Deixa algo sem resposta ou simples, sem uma  definição concreta, não havendo solução do caso ou casos.
Novamente, como nos dois livros já lidos com anterioridade, a motivação dos crimes não ficou clara. Que papel, realmente, Wallace representa? A força bruta? Corrupção? Proteção?

"[ ... ] Em algum momento, trombou com um homem. No lado esquerdo as ondas passavam molhando a mureta; à direita, apenas a imensa pedra escura que subia dezenas  de metros acima de seu corpo miúdo. Não tinha como fugir.
 - Wallace manda lembranças - o homem disse.
\Rita se desesperou e olhou para todos os lados à procura de Ratto, mas ele não estava lá." [ ...  ] 

Neste trecho, da narrativa, transcrito acima, permite nas entrelinhas que Rita, a vilã e não tão vítima, é eliminada a mando de Wallace. Ou há outra possibilidade? Não é possível visualizar a garota sendo a "protegida" do policial.   


Observação:
O autor faleceu em 16 de abril de 2020.