23 de outubro de 2018

Flores para Algernon

Flores para Algernon
Flowers for Algernon. Daniel Keyes (1927 - 2014). Trad. Luísa Geisler. São Paulo. Aleph. 2018. 288 páginas.

Sinopse:
Aos 32 anos, Charlie trabalha na padaria Donners, ganha 11 dólares por semana e tem 68 de QI. Porém, uma cirurgia revolucionária promete aumentar a sua inteligência, considerada gravemente baixa. O problema? Enxergar o mundo com outros olhos e mente pode trazer sacrifícios para a sua própria realidade. E resta saber se Charlie Gordon está disposto a fazê-los.

Ponderação:
É tudo muito óbvio: Assistir alguns vídeos-resenhas, onde as considerações focadas no enredo e na escrita inicial da narrativa com base na má escrita em português, porém esquecem de ser uma tradução, que acompanhou a má escrita no idioma original, em inglês. Talvez, tenhamos mais conhecimentos do que os atores dos vídeos-blogs. Encontramos uma pequena falha na revisão do texto/tradução, porque a narrativa passa-se no final e início dos anos 1959-1960, não era digitar o relatório e, sim, datilografar o relatório, pois Charlie aprendeu a datilografar e não digitar.
Sim, as pessoas maltratam deficientes, uma verdade cruel, a família tem dificuldade em aceitar e lidar com um deficiente, preconceito familiar/parentes, sim. Mas, ser deficiente inteligente, incomoda mais do que ser, simplesmente, normal. Ser inteligente não lhe garante amigos, na maioria das vezes só inveja, verdade seja dita, traz solidão. Não o faz feliz, foi o oposto, afinal o crescimento intelectual de Charlie não acompanhou o crescimento emocional, isto é: para se ter sucesso na experiência haveria de somar os dois crescimentos e não há uma abordagem científica no experimento realizado, neste quesito. Ficou claro que ignorância é uma benção e, muitas vezes, a inteligência produz pessoas que se sintam superiores e esnobes, isto se a inteligência for só acadêmica, humildade é incomum naqueles que 'acham que sabem muito', há poucos Sócrates - só sei que nada sei - neste mundo.




21 de outubro de 2018

Romeu e Julieta aos 60

Julie & Romeo
RAY, Jeanne. Julie e Romeo = 452 - 574 = 122 páginas, trad. Viviane Gouvêa. in Seleções de Livros da Reader’s Digest, edição 2001.

Sinopse / Ponderação:

O Texto, abaixo, foi publicado, originalmente, em 7/4/2012. No que será desativado: allagumauskas.blog.uol.com.br


O gosto que possuo pela leitura deve ser já questão genética, pois é difícil ficar sem ler pelo menos uma página por dia. Com esse gostar, eu já conquistei amigos, que sabedores desse meu prazer, verificam livros em bazares beneficentes e sebos. Bem, foi o que aconteceu em um.
Minha mãe foi em um destes e adquiriu três volumes, novos e dois ainda, envoltos na embalagem plástica original. Três exemplares da série “Seleções de Livros” da Reader’s Digest, são quatro histórias em cada.
No volume cuja 1ª edição brasileira, de 2001, 576 páginas, contendo quatro histórias de autores consagrados e principiantes. Encadernado em capa dura, na cor verde e sobre capa pratada e colorida, informando conteúdo e outros detalhes da obra.
Julie & Romeo, de Jeanne Ray, quarta e última história deste volume, chamou-me atenção de imediato. Amor e ódio caminham junto de geração a geração, sem explicação, remetendo à famosíssima ‘Romeo e Julieta’ de Shakespeare.
Será que Shakespeare imaginaria a possibilidade de colocar o seu Romeo e sua Julieta, em Boston, final do século XX? Ou na própria Verona, Itália? Difícil, mas há centenas de Julietas e Romeos espalhados pelo mundo, que não tiveram um trágico fim. Melhor, conseguiram viver e foram felizes.
Bom, Julie e Romeo se encontram na faixa etária dos 60 anos. Ambos administram a floricultura familiar de cada um. Romeo, viúvo com seis filhos e com a mãe idosa. Julie, divorciada com duas filhas e dois netos.
Durante anos se odiaram, de repente um encontro casual, percebem que não se odeiam, mas que havia simpatia entre eles. Jantam juntos e vários encontros até que os filhos descobrem.
Os filhos dos dois e o ex-marido de Julie resolvem atrapalhar esse relacionamento, os únicos que estão a favor são Plumy e Tony, filhos de Romeo. Ah! também há o caso de Tony e Sarah, ela filha de Julie, impedidos de se casarem motivado pelo ódio entre as duas famílias.
Mas, nem tudo é guerra para as duas famílias e, finalmente, a paz chega. No aniversário de 90 anos da mãe de Romeo, todos ficam sabendo a verdade. Embora os pais de Julie e Romeo estivessem casados e com filhos, o amor surgiu forte no coração da mãe de Romeo pelo pai de Julie. Por sua vez, o pai de Julie prometeu muita coisa a mãe de Romeo, só que ela cansada de esperar uma ação concreta de seu amor, passou a odiar a família de Julie e vice-versa.
Há duas frases que resumem bem a questão: “A menina do aniversário estava apaixonada pelo meu avô, minha mãe está apaixonada pelo seu pai e minha irmã está apaixonada pelo Tony, aqui.” E “Então a base dessa briga chata e interminável é que três gerações de Cacciamani e Roseman apaixonaram-se uns pelos outros”.