30 de abril de 2015

O Veleiro de Cristal

O Veleiro de Cristal
José Mauro de Vasconcelos (1920-1984). São Paulo. Melhoramentos. 2002. 97 páginas.

Sinopse:
O livro é um convite ao leitor para uma viagem a bordo do "Veleiro de Cristal", uma casa de praia que Edu, garoto de treze anos, transforma em um mágico navio. Após sofrer uma delicada cirurgia, o menino de cabeça grande, aleijado e esquecido pelos familiares luta para superar as dificuldades, velejando nos mares da fantasia, do sonho e da imaginação com a querida tia Anna e os amigos: o tigre Gabriel, a coruja Mintaka e o sapo Bolitrô. História sensível, repleta de poesia que resgata o encontro das coisas mais singelas da vida.

Ponderação:
É uma narrativa que leva a torcer pela vida e pelos sonhos, e esperar que algo nisso tudo valha a pena. Repleta de reflexões, aprendizado, consciência moral. Um alerta, comovente, para o isolamento social e familiar do deficiente. Colocar a mão no interior de nossa consciência. Ensinamento do quão tola a espécie humana é! Como somos tão ingenuamente esdrúxulos em nossa íntima existência. E, também, a tristeza e a dúvida que nem a Morte consegue apagar de nosso mundo.




Garoto encontra Garota

Garoto Encontra Garota
Boy meets Girl. Meg Cabot. Trad. Ana Ban. Rio de Janeiro. Record. 2006. 399 páginas. 2ª ed.

Sinopse:
Kate Mackenzie é assistente da TPM (Tirana, Perversa e Maldosa) Amy Jenkis, diabólica diretora de RH da empresa onde trabalha. TPM ordena que Kate demita a funcionária mais popular da empresa, o que a leva a ser processada pela demissão injusta. Mas, ao contrário do que todos imaginavam - que Kate ia se dar mal -, ela encontra o amor de sua vida no tribunal.

Ponderação:
Como sempre, neste tipo de narrativa na forma de e-mails e outras formas de recado, dou tremendas risadas. Para quem não estar acostumado, demora um pouco para entender. Converte numa leitura rápida, divertida e descontraída.





Você Deve Amar os Cães

Você Deve Amar os Cães
Must Love Dogs. Claire Cook. Trad. Gabriela Machado. São Paulo. Best Seller. 2004. 287 páginas.

Sinopse:
Após ser trocada por uma mulher mais jovem, a professora Sarah Hurlihy tenta construir uma nova vida. Seu primeiro passo é responder ao anúncio do "homem irremediavelmente romântico" que a esperaria num café, com uma rosa amarela nas mãos. O resultado é chocante: à mesa está a última pessoa que ela imaginaria - ou desejaria - encontrar.

Ponderação:
Bom, esse é um daqueles casos da compra só pela capa e da palavra cães. Comprei sem uma análise profunda da sinopse ou de alguma indicação. A história de um encontro às escuras, onde o resultado é tudo, menos quem está a sua frente seja 'alguém' impróprio para um romance adulto. E, Sarah tem que tentar controlar toda sua ira e ansiedade, até encontrar a pessoa que acredita ser correta.
Lá, pelas tantas, aparece um pequeno comentário bastante interessante, para quem assistiu a série - hoje, no DVd - Agente 86, e seu sapato telefone, poderia ser um sinal milimétrico do embrião do telefone celular de nossos dias...





27 de abril de 2015

A Sangue Frio

A Sangue Frio
In cold blood. Truman Capote (1924-1984). Trad. Sergio Flasksman. São Paulo. Companhia das Letras. 2003. 432 páginas. 8ª reimpressão. [Jornalismo Literário].  

Sinopse:
Relato de um brutal assassinato. Capote combina acurado estilo jornalístico com grande imaginação literária. E concretiza um antigo sonho: o romance de não-ficção. Para isso, preparou-se durante anos. Pesquisou, colheu pistas e impressões. Graças a esse extraordinário trabalho, A Sangue Frio constitui um impressionante documento. Mas é também uma obra-prima literária.

Ponderação:
Bom! {Casos: "Tim Lopes, Suzane von Richthofen, Isabela Nardoni, Rua Cuba, goleiro Bruno, Sandra Gomide/Pimenta Neves" e outros}, mais o chamado "Desequilíbrio Mental" teriam tido motivação no romance de não ficção de Capote? É uma pergunta para ser analisada. A única coisa esquecida, os assassinos da Família Clutter foram executados por ação judicial bem alicerçada na  legislação anti crime.
O livro trata de uma história real, sobre um assassinato de uma família inteira sem julgar os assassinos ou santificar a família. A descrição do crime não se prende ao fato em si. As personalidades dos assassinos são descritas, bem analisadas, dissecadas! O mesmo é feito com os integrantes da família morta. Aqui, temos como o crime ocorre, mas só depois, o leitor conhece quem são as pessoas envolvidas e a motivação ou a não motivação. Criminoso e vítima não se conheciam. Mas, de uma primeira vez, uma notícia daquelas que lemos no jornal sem dar muita importância mostrasse o que realmente significam as palavras que a compõem. Crime significa que alguém o cometeu. Assassino é alguém que teve uma motivação qualquer que o levou a tirar a vida de outrem. Assassinado é um ser que teve planos e sonhos desfeitos por alguém que não deu importância a nada disso. O que torna assustador é o caminho da narrativa e sua dimensão em contar os Fatos.
Em A Sangue Frio não foi só cometido o crime, mas foi escrito por um gênio das palavras e das letras, pois conseguiu prender a atenção do leitor.



26 de abril de 2015

Tempo de Lendas

Tempo de Lendas
Ives Gandra da Silva Martins. São Paulo. Pax & Spes. 2002. 67 Páginas.

Sinopse / Ponderação:
O autor apresenta uma versão, delicadamente poética, de três lendas, que falam da sutileza, do misterioso nas histórias, universais, de amor: Antar e Gul-Nazar; Dido e Enéas; e Eurídice e Orfeu, nos revelando a magnitude do Amor nas suas facetas alegres, trágicas e tristes, dentro do que há de mais sublime.






24 de abril de 2015

O Gênio do Crime


O Gênio do Crime
João Carlos Marinho Silva. São Paulo. Obelisco. 1977. 164 páginas. 13ª edição.

Sinopse:
Seu Tomé é um homem bom, proprietário de uma fábrica de figurinhas de futebol. Existem as fáceis e as difíceis, fabricadas em menor quantidade. Quem enche o álbum ganha prêmios realmente bons. Mas surge uma fábrica clandestina que fabrica as figurinhas difíceis e as vende livremente. O número de álbuns cheios aumenta e seu Tomé não tem mais capacidade de dar todos os prêmios. Há uma revolta, as crianças querem quebrar a fábrica. Edmundo, Pituca e Bolachão, e mais adiante, Berenice, entram em cena para descobrir a fábrica clandestina. Acontece que não se trata de simples bandidos, a quadrilha é chefiada por um gênio do crime, e os meninos terão de botar a cabeça para funcionar se quiserem resolver a situação.

Ponderação:
Há uma advertência sobre os bons livros paradidáticos na contracapa.  Há, sim, livros paradidáticos que são um horror. Mas há esse que serve para se dar gostosas risadas e serve de antídoto para as leituras sérias, aquelas que relatam parâmetros técnicos/históricos/filosóficos. Simplesmente dei risada leve e solta, imaginando o cidadão escocês recém chegado ao país, falar português como qualquer imigrante tentando se comunicar. Valeu pelo cenário, São Paulo! Mostrando que o lado clandestino das atividades empresariais e da vida sempre chega na polícia e prisão.



  

Coração de Vidro


Coração de Vidro
José Mauro de Vasconcelos (1920-1984). São Paulo. Melhoramentos. 2002. 80 páginas.

Sinopse:
Este livro narra o apogeu e o declínio de uma grande propriedade rural. São quatro histórias que se entrelaçam, contando a vida de um sabiá, de um peixinho dourado, de um cavalo e de uma árvore.

Ponderação:
Quatro histórias que se entrelaçam contando o apogeu e o declínio de uma enorme fazenda. Quatro personagens destruídas pela vaidade, insensatez e orgulho humanos: o pássaro azulão, o peixinho vermelho, o cavalinho de ouro e a mangueira-moça. "Coração de Vidro" é uma alerta de respeito à natureza. O homem, o maior predador do planeta, violenta sem remorsos o meio ambiente, intervindo na liberdade dos animais. Um livro comovente, uma lição de vida encantadora para crianças e adultos. Uma obra atemporal.




19 de abril de 2015

Tancredo

Tancredo
Augusto Nunes. São Paulo. Nova Cultural. 1988. 110 páginas. [Os Grandes Líderes]


Sinopse:
Biografia do líder mineiro que capitaneou a redemocratização brasileira nos anos 1980.

Ponderação:
Último da série "Tancredisse Aguda". Tal legal, convenhamos, daqui uns duzentos anos, esse livro possa ser útil como é hoje, qualquer coisa sobre a vida de Nero. Esse, o tipo de livro com três possibilidade de leitura: Ler só texto = uma interpretação. Ler as legendas = outra interpretação. Só as imagens e fotografias = diferente interpretação. No conjunto, pelo menos para a leitora, aqui, não trouxe nenhuma novidade. Ficou só um resumo da história.



O complô Que Elegeu Tancredo

O complô Que Elegeu Tancredo
Gilberto Dimenstein & outros. Rio de Janeiro. JB. 1985. 247 páginas.

Sinopse:
Este livro é uma ampla e minuciosa reportagem sobre os bastidores da sucessão do Presidente João Figueiredo. Serviram-lhe de roteiro as 1.600 linhas do Caderno Especial do Jornal do Brasil, intitulado "Como o Brasil faz um presidente", publicado a 13 de janeiro de 1985.

Ponderação:
Da série "Tancredisse Aguda", o presente volume deixou-me confusa, tamanha foi a contradição colocada em cima do Presidente João Figueiredo (15/01/1918-24/12/1999). Já na Leitura de "Castelo a Tancredo, foi enfocado uma análise geral e muito resumida, notando-se que na época da publicação do livro, considera-se um fato ultra recente e Sarney estava no meio de seu governo.
Para compreender melhor "Complô" fui buscar outras informações, por assim dizer, no volume 1 de "No Planalto com a Imprensa", os três últimos assessores de imprensa da Presidência, em especial Carlos Atila, faz uma abordagem do homem Figueiredo e do Figueiredo Político... Esses dois entraram em foque com as forças adversárias de então.
Infelizmente, o "Complô" analisou o lado bajulador, mesquinho, errático dos políticos aproveitando-se da postura negativa (correta para ele) de Maluf. Entraram em confronto direto. Daquele momento, considerado histórico e por quê não? - Sarney e Maluf, hoje com mais de 80 anos, vivem as algúrias de altos e baixos da vida e do poder político nas mãos de inexperientes ou alguma classificação não claramente definida. 
Se Figueiredo tivesse tomado as rédeas da sucessão, assim, como fizeram seus antecessores, estaríamos numa posição melhor? Pelo depoimento de Carlos Atila, o ex-presidente era um homem inteligente e não admitia traições. Os homens (políticos de então e alguns até hoje) na ânsia de estarem na arena visível do circo, atropelaram a democracia e todo um processo democrático que vinha sendo trabalhado de maneira continua.
Se na atualidade, estão fazendo valer os valores 'trabalhistas' empossados no início dos anos 1940, com Getúlio Vargas, então porque retirar da História o Presidente Figueiredo. sendo o que melhor representou a democracia e liberdade de expressão e de imprensa. Faço da revolta do homem João Figueiredo a minha revolta, porquê todo artista e todo profissional de imprensa é de esquerda? Não dar para entender! A autora, aqui, não é de esquerda, prático a democracia, sendo a mesma um exercício de como lidar com as diferenças.
Bem, de lá para cá, jamais esqueci a resposta que a Srª Silvia Maluf deu a uma repórter, quando indagada da perda da eleição de Paulo Maluf para Tancredo: - "Minha filha, quem sai na chuva é para se molhar."




2 de abril de 2015

Aviso 11





Um Novo Aviso, querido leitor, querida leitora! Sempre há um que está chegando pela primeira vez. Portanto: - Não sigo a tendência da moda literária, possuo meus próprios parâmetros de indicação de leitura. Visto que a memória é minha grande aliada nesta empreitada, porque estou postando sobre os livros lidos desde os meus 12 anos, quando já cursava a 5ª série do 1º Grau, com a chamada leitura obrigatória curricular. Quer dizer já somam mais de quarenta anos de leitura e as mais recentes. Neste ínterim, ficaria, imensamente, feliz com maior número de comentários, se gostaram dos livros ou do que eu escrevi.

O descrito em "Ponderação" pode e poderá ser considerado, sim, como uma visão e vivência de leitora comum, a consumidora e devoradora de livros e leituras. Não reflete opiniões pré-definidas de Direção de Redação ou Empresa Editorial. A maioria não estão, propriamente, em estilo jornalístico ou acadêmico. Abrange um rigor peculiar e particular em relação a memória. A leitura contemporânea, atual, virá com maiores ingredientes ou não. Muitas delas são frutos de indicações sugeridas no processo de leitura ou frase mencionada ou que corrobore com algum conceito exposto na convivência diária com outras pessoas.

Contratempo, Mês de Março, configurado com excesso de atividades, no campo social e alguns dissabores na vida cotidiana. Pequenas surpresas continuam acontecendo. Realmente, sentindo-me bastante Curiosa, pois um livro de Título - Diário da Morte, A Tragédia do Cessna 140 - está sendo visitado. Gostaria de obter informações desses leitores, eles não postaram nenhum comentário. Pergunto-me o que há de tão importante neste livro. A não ser, simplesmente, o relato da eterna burocracia brasileira e paraguaia, o motivo de não chegar a tempo de salvar o piloto com vida.

Preparando-me para enfrentar a corrida literária.