31 de julho de 2020

A Bela e a Fera

A Bela e a Fera
Beauty and the Beast. Elizabeth Rudnick. Trad. Cely Couto. São Paulo. Universo dos Livros. 2017. 208 páginas.

Sinopse:
Na cidade provinciana de Villeneuve vive Bela, uma garota que se destaca na multidão. Ela é independente, apaixonada por livros e dona de um ponto de vista único. Bela deseja viajar e viver aventuras muito maiores do que o lugar onde vive pode oferecer, ela anseia por uma vida tão empolgante quanto as histórias que lê.
Tudo isso muda quando seu amado pai é preso por uma fera em um castelo encantado e Bela decide arriscar sua liberdade e futuro assumindo o lugar dele - e prometendo escapar em segredo. Porém, quanto mais conhece a Fera e seu misterioso castelo, mais Bela percebe que há muito a ser descoberto sobre a história dele - e sobre a sua própria.

Ponderação:
Seres inanimados! Monstros vegetais, corujas falantes, feras andantes nos assombram enquanto somos crianças... Esse já não nos assusta. Traz-nos a memória - o filme - desenho e riqueza das cores. Em verdade, é uma fábula sobre a beleza. Uma beleza profunda. O aprender a enxergar o que realmente importa! - A bondade no coração. Essa bondade não tem nada haver com Síndrome de Estocolmo.



29 de julho de 2020

Sul da Fronteira, oeste do sol

Sul da Fronteira, oeste do sol
Kokkyo no Minami, Taiyo no Nishi. Haruki Murakami. Trad. Rita Khol. Rio de Janeiro. Alfaguara. 2020. 230 págnas.

Sinopse:
Na primeira semana do primeiro mês do primeiro ano da segunda metade do século XX, ao protagonista, que também faz as vezes de narrador, é dado o nome de Hajime, que significa início. Filho único de uma normal família japonesa, Hajime vive numa província um pouco sonolenta, como normalmente todas as províncias o são.
Nos seus tempos de rapazinho faz amizade com Shimamoto, também ela filha única e rapariga brilhante na escola, com quem reparte interesses pela leitura e pela música. Juntos, têm por hábito escutar a coleção de discos do pai dela, sobretudo South of the Border, West of the Sun, tema de Nat King Cole que dá título ao romance. Mas o destino faz com que os dois companheiros de escola sejam obrigados a separar-se.
Os anos passam, Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, vinte anos mais tarde, Shimamoto reaparece certa noite na vida de Hajime. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco.

Ponderação:
Temos pouco contato com a literatura japonesa. Quando esse chegou, colocamo-nos de guarda. A nossa experiência com ela não tem uma áurea positiva. Mas, essa edição possui uma informação interessante: - o posfácio da tradutora!
O texto, embora, bastante pessoal, permite extrair lições e traz-nos lembranças de leituras realizadas - de obras traduzidas, - onde era difícil prosseguir na leitura - (abrimos esse parênteses - principalmente - obras da chamada 'técnico-didático', as quais somos obrigados a ler.). Ela tem razão, a opção do tradutor no processo tradutório, na adequação  da língua original para a  final (português) poderá definir aceitação ou não da obra pelo leitor. Colocamos, também, outro item: o projeto gráfico, ponto inerente no desenvolvimento da leitura.
Hajime é irritante como personagem de ficção, é tedioso, fruto da indignação vazia. Procura fora o que há dentro de si próprio. Narra de forma subjetiva ou seria objetiva  as transformações locais, universais dos anos 1960 até 1990.
O romance merece atenção, em parte no primeiro capítulo, depois arrasta, perde o encanto. Desmotiva ou emerge da filosofia; aposta na escolha de cada um ou desqualifica.
Ao chegar no capítulo final, percebe-se um "talvez" de possibilidade sobre a existência "real" de Shimamoto, enquanto sua real existência  no início. Izumi foi ou é uma miragem. Yukiko é pé no chão. Pela janela, ele "sempre" observa o cemitério. Talvez seja o ponto desértico da relação de Hajime com o Universo.

"Tudo o que tem forma física cedo ou tarde desaparece. Mas há um tipo de sentimento que dura para sempre."

24 de julho de 2020

Origen

Origen
Origin. Dan Brown. Trad. Aleix Montoto y Claudia Conde. Barcelona. Planeta. 2017. 637 páginas.

Sinopse:
Robert Langdon, profesor de simbología e iconografía religiosa de Harvard, llega al ultramoderno Museo Guggenheim Bilbao para presenciar un importante anuncio —la revelación de un descubrimiento que “cambiará la historia de la ciencia para siempre”. El anfitrión del evento esa noche es Edmond Kirsch, un billonario y futurista de cuarenta años cuyos deslumbrantes inventos tecnológicos y audaces predicciones lo han convertido en una figura de renombre a nivel mundial. Kirsch, quien hace dos décadas fue uno de los primeros alumnos de Langdon en Harvard, está a punto de revelar un asombroso hallazgo... que dará la respuesta a dos preguntas fundamentales de la existencia humana.
Tras el comienzo del evento, Langdon y cientos de invitados se encuentran cautivados por una presentación totalmente original, que — Langdon luego comprenderá — será mucho más polémica de lo que jamás se imaginó. Pero la función, que ha sido meticulosamente orquestada, de pronto irrumpe en caos y el valioso descubrimiento de Kirsch está al borde de ser perdido para siempre. Frente a una inminente amenaza, Langdon se ve obligado a escapar desesperadamente de Bilbao. A su lado está Ambra Vidal, la elegante directora del museo que trabajó con Kirsch en la organización del provocativo evento. Juntos huyen a Barcelona y emprenden la peligrosa búsqueda de la clave encriptada que revelará el secreto de Kirsch.
A través de los oscuros pasillos de la historia oculta y la religión extrema, Langdon y Vidal deben eludir a un atormentado enemigo cuyo interminable poder parece emanar del propio Palacio Real de España... No se detendrá ante nada para silenciar a Edmond Kirsch. En un recorrido marcado por el arte moderno y los símbolos enigmáticos, Langdon y Vidal descubrirán pistas que finalmente los pondrán cara a cara con el sorprendente descubrimiento de Kirsch... y la asombrosa verdad que nos ha eludido a todos desde hace mucho tiempo.

Ponderação:
Robert Langdon já poderia ter feito um tratamento para sua claustrofobia. Qual sentido em sermos um ser humano sintético? Um Robot? Caráter apocalíptico? Darwin e sua teoria? Continua nos dizendo sobre a quebra da segurança, continua de dentro para fora. Professor continua bastante ingênuo. Até a página 200, a leitura segue num bom ritmo, depois a narrativa entra em  declínio, os personagens não convencem. A obra possui paradoxos filosóficos. Pensar em cada verdade que temos construídos por toda a vida, nos faz refletir sobre o futuro de nossa sociedade. Dar a entender que o autor quer destruir de qualquer maneira o poder religioso do Vaticano, utilizando instituições e instituições religiosas e suas possíveis ações desesperadas para manter seus segredos ainda secretos. A tecnologia é outra arma do escritor.


22 de julho de 2020

Um corpo para o crime

Um corpo para o crime
A Place of Execution. Val McDermid. Trad. Dayse Batista. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil. 2017. 504 páginas.

Sinopse:
Inverno de 1963: duas crianças desaparecem em Manchester, na Inglaterra. É o começo da trajetória de homicídios praticados por Myra Hindley e Ian Brady. Em um dia gélido de dezembro, Alison Carter, de treze anos, desaparece de um vilarejo isolado na região central da Inglaterra. Para o jovem George Bennett, recém-promovido a inspetor, este é o começo de seu caso mais difícil — um assassinato sem corpo e uma investigação cheia de becos sem saída e lábios selados, com consequências que repercutirão ao longo de muitos anos. Um Corpo para o Crime é um romance policial tenso de Val McDermid, cujas obras foram aclamadas internacionalmente e receberam importantes prêmios. Um livro de suspense psicológico pleno de tensão, que explora, expõe e elimina a fronteira entre realidade e ilusão.

Ponderação:
Segundo a editora, o exemplar contém 504 páginas. Nossa experiência em leitura comprova a equação de ao terminarmos foram aproximadamente umas 450 páginas.

Agradecimento - 01 página
Dedicatória - 01 página
Pensamento - 01 página
Livro 1 - 11 até 363
Introdução - 02 páginas
Prólogo - 01 página = Alison desaparece ... Desenrolar dos acontecimentos em torno desse fato.
Primeira parte: O Começo de tudo
Nota de jornal - 01 página = As demais notas, que não citam Alison, são de fatos reais e foram vítimas de Ian Brady e Myra Hindley, ambos foram condenados e  faleceram, ela em 2002 aos 60 anos, ele em 2017 aos 79 anos.
Capítulo 1 - 11 páginas
Capítulo 2 - 12 páginas
Capítulo 3 - 15 páginas
Capítulo 4 - 13 páginas
Capítulo 5 - 15 páginas
Capítulo 6 - 19 páginas
Capítulo 7 - 17 páginas
Capítulo 8 - 14 páginas = A importância da tradição/história oral de uma localidade por antigos moradores. Sensacionalismo da imprensa, às vezes, sai, da própria polícia. Desejos de glória e fama. Vidente francesa. Buscar um culpado a qualquer custo. Atitude do padrasto deixa muito a desejar. Sempre ele em primeiro lugar, suas divagações são bem teóricas.
Capítulo 9 - 14 páginas
Capítulo 10 - 13 páginas
Capítulo 11 - 13 páginas
Capítulo 12 - 12 páginas
Capítulo 13 - 13 páginas
Capítulo 14 - 13 páginas = A cada passo protocolar da polícia na tentativa de elucidar os fatos, aparecem rugas desafiadoras num constante mistério.
Segunda parte: A longa espera
Nota de jornal - 02 páginas
Capítulo 1 - 12 páginas
Capítulo 2 - 11 páginas = Mamãe Lomas parece divertir-se na "ajuda" à polícia. Estranho é o aparecimento das provas em locais, supostamente, já inspecionados pelos policiais. Há algo bastante estranho no comportamento das mulheres da família Lomas. 
Capítulo 3 - 14 páginas = Metade do livro. Policiais e  dramas externos entre todos. Como pode uma mãe agir da maneira de Ruth? Hawkin também é dissimulado. As provas são fáceis demais para incriminá-lo. Os policiais não percebem. É possível começar a matar a charada. Muito claro todas as não possibilidades ou todas.
Capítulo 4 - 10 páginas
Terceira Parte: Julgamentos e aflições
Prisão Preventiva - 5 páginas
A acusação de homicídios - 6 páginas
À espera do julgamento - 11 páginas
Julgamento - 1 a 7 ; O Veredito; O lugar da execução - somadas as páginas dão 77. Vidente francesa, jornalistas, esparadrapos.
Livro 2 - 365 até 501
Livro 2 - Segunda Parte
Carta - 2 páginas
Livro 2 - Primeira Parte = 35 anos depois, 1998 - redescobrindo os fatos.
Capítulo 1 - 6 páginas
Capítulo 2 - 8 páginas
Capítulo 3 - 5 páginas
Capítulo 4 - 7 páginas
Capítulo 5 - 10 páginas
Capítulo 6 - 9 páginas
Capítulo 7 - 7 páginas = O caso continua "sem uma solução", o corpo jamais fora encontrado. Continua um segredo. A vidente francesa vem a luz novamente.
Capítulo 8 - 7 páginas
Livro 2 - Terceira Parte
Capítulo 1 - 9 páginas
Capítulo 2 - 6 páginas
Capítulo 3 - 7 páginas
Capítulo 4 - 11 páginas
Capítulo 5 - 7 páginas
Capítulo 6 - 5 páginas
Capítulo 7 - 8 páginas
Capítulo 8 - 9 páginas
Capítulo 9 - 3 páginas
Capítulo 10 - 2 páginas
Opa! A vidente francesa estava certa. O trabalho jornalístico é maravilhoso, entretanto a verdade pura e simples não poderá vim a luz. Nem tudo pode ser divulgado, se o for, poderá ter consequências impróprias. Então, é melhor deixar semi sepultado.