30 de julho de 2015

100 Artistas

100 Artistas Que Mudaram a História do Mundo
100 Artists who shaped world history. Barbara Krystal. Trad. Marise Chinetti. Rio de Janeiro. Ediouro. 2003. 214 páginas.

Sinopse:
Biografias concisas, esta obra levará o leitor a uma viagem através do mundo das artes. O artista é um contador de histórias que, ao utilizar fatos - ou ficção - interpreta e ilustra sentimentos e idéias por meio da tinta, do bronze, do filme fotográfico e de outros materiais. Ao revelar a pessoa por trás da obra, descobrimos as influências que moldaram suas vidas e orientaram suas aspirações artísticas. Cada um dos artistas citados nesta obra representou um marco na pintura, escultura ou fotografia, definindo os movimentos que revolucionaram a arte. O livro traz ainda as lutas pessoais e profissionais que cada um destes homens e mulheres teve que enfrentar pelo caminho, superando críticas, convenções e outras inúmeras dificuldades. Um livro para ser usado como consulta ou simplesmente como leitura esclarecedora e divertida.

Ponderação:
O entendimento sobre arte consiste em dificuldade, mas afinal, qual o conceito mesmo de arte. Esse reunião 100 nomes, 100 artistas, que por algum ponto transformaram em obra celebrada em dado momento histórico. É um livro básico, devendo ficar sempre a disposição na prateleira da estante, pois a qualquer momento surgirá uma pequena dúvida.




Beatriz Segall

Beatriz Segall: Além das Aparências
Nilu Lebert. São Paulo. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2007. 200 Páginas. {Coleção Aplauso}

Sinopse:
Todo mundo sabe, todo mundo vê o magnetismo e o talento de Beatriz nos palcos e nas telas. Todos reconhecem sua classe, seu refinamento. E eu, que tive o privilégio de ir com ela bem além das aparências, agora posso revelar algo a mais sobre uma das mais importantes figuras do nosso cenário artístico. Um privilégio, sem dúvida.

Ponderação:
Meu Deus! Que Mulher! Enquanto lia fui pensando em como escrever algo pelo livro e pela personalidade que é, mas ao terminar, pensei: "E, agora! -  Et Maintenant!"
A respeito de cultura, conhecimento geral e conhecer um pouco melhor aquilo que se quer realizar. Deu-nos uma lição de ética e moral. Critica e autocritica, fundamental para nossa evolução profissional. No capítulo 7, Teatro São Pedro, há perguntas que não querem calar. Porquê? Maurício Segall? 

Exemplo: 
"No Brasil é muito comum um ator ir fazer Shakespeare sem conhecer a história da humanidade, sem nunca ter ouvido falar em Elizabeth I. Já vi atores chegando ao primeiro ensaio de uma peça de Pirandello e perguntando: E esse Pirandello aí, quem foi? Não dá, não dá. Ele pode até fazer bem um determinado papel, mas o conjunto não sai bom, não adianta, é preciso ter uma base cultural boa para fazer certas coisas. E observar. Sempre e muito. Para fazer, por exemplo, uma peça como essa que eu acabei de fazer (Quarta-feira, sem Falta, lá em Casa), do Mário Brasini, que foi escrita nos anos 60, portanto 45 anos atrás, você tem que – ou ter vivido isso – ou se lembrar de coisas ou ir consultar pessoas da época, porque senão você vai fazer absurdos, como os que freqüentemente vemos acontecer na televisão."

Nota:
Beatriz de Toledo Segall = 25/07/1926-05/09/2018, com 92 anos.


Minhas Leituras: Gianni Ratto

Desde o momento da descoberta, oportuna, da possibilidade de leitura da Coleção Aplauso, alguns dos títulos, já postados, pude observar a citação de alguns nomes, que permanecem obscurecidos para a maioria de nós, mas teve suma importância no desenvolvimento no teatro brasileiro, levando o produto do seu trabalho a outras áreas culturais de Brasil colossal.


Gianni Ratto

Imagem do blogvisão.wordpress, de
10/08/2007, por Livia Deodato, do Estadão.
Em Retrospectiva Homenageia Gianni Ratto.


Gianni Ratto, natural de Milão, Itália, 27 de agosto de 1916. Participou como cenógrafo, iluminador, figurista, escritor e ator, em nossa terra, a partir de 1954, a convite de Maria Della Costa para dirigir um espetáculo e por aqui ficou até 30 de dezembro de 2005.

Palavras de Sábato Magaldi, definindo seu perfil: “De todos os encenadores estrangeiros que decidiram, a partir da Segunda Guerra, atuar entre nós, Gianni Ratto foi, sem dúvida, quem mais se identificou com o Brasil. Ninguém como ele se associou de forma tão consciente e consequente à dramaturgia brasileira”.

Mais informações em Funarte: Gianni Ratto





28 de julho de 2015

Sertão do Boi Santo


Sertão do Boi Santo
Paulo Dantas (1922-2007). São Paulo. Clube do Livro. 1968. 143 páginas.

Sinopse/ Ponderação:
Em verdade, são duas histórias e, de certa forma, a reinvenção do folclore nordestino. O chamado beato Zebedeu seria o antecessor dos chamados 'profetas mediáticos' do final do século XX e início do XXI? Possui a mesmíssima fala de enrolação dos pobres ignorantes em busca de solução  para os seus próprios males. Mas Paulo Dantas nos mostra  uma literatura, de quadros humanos, onde a amargura se  entrelaça com o riso, o antigo com o moderno, o particular com o nacional, a inocência com a malícia,  o vernáculo com o regionalista, e acima de tudo, onde o colorido do chão se confunde, às vezes, com o cintilar do firmamento, nos planos celestes do sertão sofrido e milagroso. Esse mesmo sertão que continua sofrido e não tão milagroso, pois os milagres só ocorrem, quando há rios de dinheiro e não de água e vontade do trabalho.
" - Eu vi a sua face e os seus cascos sujos de sangue e eu não posso ver sangue, por isso que chorei - disse-me o homem pardo do sertão, conhecido como o vaqueiro Piauí, todo esmolambado e coberto de flores e amuletos, todo cheio de gestos e espantos, falando sempre como um grande culpado, porque o sertão também tem os seus grandes culpados:
 - O boi se conhece pelo chifre e todo homem tem direito de adorar um boi, tornando-o santo.
Mas seria um enredo, necessário adaptá-lo para roteiro cinematográfico ou novela de televisão, as cenas são bem descritas. 
A segunda parte apresenta a visão não oficial do que foi a Guerra de Canudos, com a menção ao escritor e jornalista, Euclides da Cunha. Uma certeza, eu tive, se tivesse lido esse volume antes de 1995, com mero merecimento, teria conseguido ler "A Guerra do Fim do Mundo" de Vargas Llosa, narrando a saga de Antonio Conselheiro. Onde nenhum lado saiu vencedor.




18 de julho de 2015

O menino que queria ser palhaço


O Menino que queria ser palhaço
Waldemar Seyssel, "Arrelia"  (1905-2005). São Paulo. Cia. Ed. Nacional. 1992. 142 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Outro livro, que me foi dado por pessoas, que tem um péssimo habito de jogar livros no lixo. Só pelo fato de ser velho. Ah! livro velho tem um sabor e aroma de boas histórias. E, o Palhaço, tem um resultado muito cativante. Realmente, confunde-se com a própria história de vida do autor e a  vivência circense no Brasil. Palhaço é para fazer rir e muito, adultos e crianças. A narrativa é iniciada por volta de 1930, em Bauru, Estado de São Paulo, chegando em Barretos após a longa viagem, já no local, onde ficaria o circo para nova temporada, é encontrado em meio às lonas, um menino de uns seis ou sete anos, dizendo que queria ser palhaço. Eduardo, o dono do circo.
"- Olha, Eduardo, essas crianças que fogem não têm amor, carinho, bons tratos nas casas de onde vêm. Ainda mais quando não têm pai nem mãe. É natural que estejam à procura daquilo que lhes faz falta. Como não temos filhos, quem sabe esse menino não veio para completar nossa alegria?"
Assim o menino, apelidado de Quinzoca, torna-se filho de Eduardo e Izabel. O Brasil vai transformando-se, juntamente com as inovações tecnológicas, enquanto que o circo mantém sua áurea de inocência. Quinzoca a cada nova temporada vai ficando famoso e se ouve falar dele, no exterior. As poucas vezes, quando ausente do circo, o espetáculo não tinha sucesso.
O bom deste livro esta no respeito as experiências dos mais velhos, orientando os mais jovens. Sim, foi isso que o Palhaço Quinzoca aprendeu, depois passou isso aos seus filhos. Fidelidade ao trabalho e não abrir mão de seu sonho, por mais estranho que fosse. E, finalmente, o amor a família, fidelidade aos amigos.
"- Mamãe, o Quinzoca não vai mais ser palhaço? Nós não vamos mais ver ele fazer palhaçada?
 - Não, filha. Ele agora vai fazer palhaçadas para os anjinhos! Lá no céu!"
"Aqui jaz o Menino que Queria Ser Palhaço".
E, respeitável público, o circo deve continuar assim, como o espetáculo.




A Terapia da Amizade

A Terapia da Amizade: A Cura pelo Amor Universal
Eduardo Lambert. São Paulo. Pensamento. 2002. 80 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Este é um livro para todas as idades. Ideal para presentear os amigos, este livro de louvor à amizade nos mostra a importância, os fundamentos e os benefícios desse valioso sentimento.
Bom, é o tipo de livro que jamais se termina, realmente, de ler. Sempre estamos dando uma foleada e recordando algo adormecido ou para trazer a memória fatos relacionados a um ou dois amigos especiais. As ilustrações que, João Alves da Silva, usa - o cão - faz-nos rir e até chorar. Porque esse animal representa fidelidade e amor incondicional. Mas, também, mostrar-nos os cuidados com o meio ambiente e outros fatores relacionados ao nosso cotidiano. O livro indica a necessidade e as vantagens que se tem ao cultivar esse sentimento, Amor Universal e Amizade, e os cuidados de que devemos cercá-lo para conservar esse tesouro inestimável que torna nossa vida muito mais saudável e feliz. A história de Jock e Bobby é um bom exemplo de uma amizade sólida, duradoura até que a morte os separe.




16 de julho de 2015

O Palácio Japonês

O Palácio Japonês
José Mauro de Vasconcelos (1920-1984). São Paulo. Melhoramentos. 2004. 96 páginas.

Sinopse:
Pedro, um pintor solitário, há muito não produz um quadro. Em uma de suas freqüentes visitas à Praça da República, em São Paulo, descobre um magnífico palácio oculto onde vive um pequeno príncipe japonês chamado Tetsuo. O menino, acometido por uma doença incurável, descobre em Pedro um aliado de seu destino. O pintor começa a recriar em seu ateliê as paisagens e os elementos do misterioso mundo de seu sonho. E o faz com tal força e beleza que suas obras são consideradas dignas de uma exposição, reabrindo ao pintor as galerias de arte da cidade.

Ponderação:
Depois de ler o livro, vá até a Praça da República, fique perto do laguinho e sinta de leve as palavras mágicas desta história, que traz uma forma branda, terna, a questão de se falar da morte, do morrer, igual uma flor que murcha... Entre o fantástico de se viver e tudo que podemos ter na vida, os sonhos, as fantasias, os abraços, as alegrias... a nossa morte chega para um fim, a única certeza que ela chegará um dia.





13 de julho de 2015

Sérgio Cardoso

Sérgio Cardoso
Nydia Licia. São Paulo. Imprensa Oficial. 2004. 180 páginas. {Coleção Aplauso}

Sinopse / Ponderação:
Sérgio Cardoso está baseado em imagens de sua arte, proporcionadas pelas reportagens e evolução cinematográfica e televisiva, pois sem elas, sua história no cenário brasileiro do teatro, fatalmente, encabeçaria o imaginário de muito de nós. Na verdade, Um Roteiro Iconográfico organizado e comentado pela autora, que foi intima desse ator de maior grande em nosso país.
A memória de um povo é colhida pela semeadura de sua arte, como um todo, cultura em todos os ângulos. Nesta primeira postagem do trimestre, devo informar, que estarei com o intuito de divulgar a Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Uma Coleção feita com o objetivo de resgatar a memória cultural nacional: biografando atores, atrizes, diretores, escritores e técnicos que compõem a cena brasileira nas áreas do teatro, cinema, dança, música e televisão.
Creio, a única parte chata, torna-se repetitiva, apresentado em todos os volumes, está na "Apresentação (governador), Coleção Aplauso - (o porque) e a lista dos títulos publicados em sete páginas mais ou menos. Fácil leitura, numa tarde ou numa noite, começar e terminar.
Neste, Sérgio Cardoso, reavivou a minha memória, cultural (particular e familiar) da importância do Hamlet brasileiro. Precariamente, da sua morte e repercussão - folclore em torno - da mesma e do fato do personagem 'Pai Tomás' em A  Cabana do Pai Tomás: "- Onde já se viu pintar um branco de negro." - Se esse era o desejo do próprio Sérgio Cardoso, inclusive para provar sua evolução artística teatral, de como um ator deve estar preparado a representar qualquer papel que lhe apresente a fazer.
Descobre-se, aqui, um profissional que pode ser, comparativamente, equiparado a Charles Chaplin.
Nas páginas 108 e 109, mostra uma parcial do que foi a encenação de "Vestido de Noiva" de Nelson Rodrigues, só Delírio.