31 de agosto de 2016

O Design da Escrita

O Design da Escrita
Antônio Suárez Abreu. Cotia. Ateliê Editorial. 2012. 128 páginas no formato digital.


Sinopse / Ponderação:
O Design da Escrita" oferece muito mais do que a ideia de um "manual" de como escrever, nele o autor resgata elementos que nos permitem repensar nossa comunicação, escrita e verbal, tomando consciência sobre diversos aspectos da construção das narrativas, desde as mais simples histórias compartilhadas no dia-a-dia, até os desafios de compor textos que ensinem algo, a partir da transmissão de valores reais. Lembranças das aulas de redação, estilística e outras centenas de palestras sobre o tema. Foi uma pena não ter tido tempo suficiente, enquanto eu lia, para realizar todos os exercícios propostos, uma estratégia para reforçar nossa capacidade de redigir um bom texto.  O livro, físico ou digital, agora, figura em nossa estante, no estúdio de criação, como referência para todos os nossos autores e também para os profissionais que fazem apresentações em reuniões, relacionando seus ensinamentos às práticas do storytelling para contar histórias cada vez mais envolventes.




29 de agosto de 2016

O Casamento

O Casamento
Nelson Rodrigues (1912 - 1980). Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 2ª ed. 2016. 268 páginas.

Sinopse:
O único romance de Nelson Rodrigues, publicado em 1966, e proibido pelo ministro da Justiça do governo de Castelo Branco por ser considerado subversivo e indecoroso, conta a história de um noivo que é flagrado em um incidente homossexual. Esse é o ponto de partida para o mestre Nelson Rodrigues desfilar sua genialidade irônica e o humor negro tão característicos de sua narrativa.

Ponderação:
A coisa boa neste livro é a agilidade nos diálogos, nada de muito rebuscado. Resumindo, são de fato 24 horas antes do casamento da filha; o fato principal é esquecido, dando lugar às lembranças, episódios de vida, onde todos os temas estão 'atualíssimo'; Simples e bizarro, fatos sórdidos, falso moralismo ao extremo, genialidade, degradação moral, tragédias com ações picarescas, pedofilia, homossexualidade masculina e feminina, estrupo, falso pudor...




19 de agosto de 2016

Adorável Heroína

Adorável Heroína
Thunder Dog. Michael Hingson e Susy Flory. Trad. Maurício Tamboni. São Paulo. Universo dos Livros. 2012. 203 páginas no formato digital.

Sinopse:
Nenhum alarme soou no 78º andar da Torre Norte do World Trade Center e ninguém sabia o que tinha acontecido às 8h:46 do dia 11 de setembro de 2001 – uma manhã que teria sido de um dia normal de trabalho para milhares de pessoas. Cego desde o nascimento, Michael também não via nada naquele dia, mas conseguia ouvir os sons de vidro estilhaçado, destroços caindo e pessoas aterrorizadas se reunindo em torno dele e de sua cão-guia. No entanto, Roselle permaneceu calma ao seu lado. Naquele momento, Michael escolheu confiar nos julgamentos de sua cachorra e não entrar em pânico. Eles eram uma equipe. Adorável heroína possibilita ao leitor entrar no World Trade Center segundos após o ataque para vivenciar a experiência de um homem cego e de sua amada cão-guia na luta pela sobrevivência.

Ponderação:
Não me arrependo de ter selecionado esse livro, somente pela capa. Não é, simplesmente, uma exclusiva narrativa sobre cães; em verdade é uma, onde a tranquilidade canina pode salvar algumas vidas e a de seu dono. Relato de dentro para fora do 11 de setembro de 2001. O sangue frio combinado ao treinamento de emergência e aprendizado pessoal movido pela sua própria mobilidade em não ver a luz do sol. Michael e sua ecolocalização foi capaz de andar de bicicleta e deixar seus conhecidos de cabelos em pé, porque tais conhecidos não tinham ou têm conhecimento da sua capacidade de sobreviver com 'mobilidade reduzida', é uma capacidade mais intelectualizada do que física, propriamente dito. Mike deixou de discutir com o bombeiro, pois não era hora de grandes debates sobre sua capacidade de viver sendo cego. Muito, embora, a atitude do bombeiro é uma constante, em qualquer lugar do mundo, onde haja pessoas com problemas de locomoção reduzida. Sei disso, por experiência própria. Outro fato, a reclamação dele em companhia de amigos, em qualquer restaurante, nunca se dirigirem a ele, perguntando o que deseja. O mesmo, passo eu, quando em companhia de meus amigos, fazendo compras, não se dirigem a mim, sempre a quem esta a meu lado, o valor a pagar, já que sou eu quem irá fazer o pagamento. A cena do restaurante é hilária. Fiquei a imaginar a cara do gerente, quando ele voltou com 'mais cães' e seus donos para almoçar. Como ele, também, me sinto cidadã desclassificada. Mas, assim. como Mike, tive pais que foram a luta e preparou-me para a vida. Em nossa diferença, somos independentes.

Ponderação2:
Esse vídeo esclarece mais alguma coisa sobre o universo da cegueira humana, Dançando...




13 de agosto de 2016

Rousseau

Rousseau em 90 minutos
Rousseau in 90 minutes. Paul Strathern. Trad. Maria Lúcia de Oliveira. Rio de Janeiro. Zahar Editores. 2004. 55 páginas no formato digital.

Sinopse:
Esse volume oferece um relato da vida e das idéias de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Mesmo sendo contemporâneo de grandes pensadores, como Kant e Hume, sua obra teve um alcance popular bem maior que a de ambos. Autor de livros ao mesmo tempo profundamente inspiradores e contraditórios, em que o sentimento muitas vezes vence o argumento intelectual, Rousseau foi o primeiro a deslocar os temas da liberdade e da irracionalidade para um domínio menos intelectualizado.

Ponderação:
Os 90 minutos a que se refere a série de livros, onde há explicações, que seriam complicadas, direcionadas a leigos, pode-se dizer uma duração de alguns dias. Neste caso: Rousseau, um dos mentores, entre aspas da Revolução Francesa; das utopias sociais do século XIX; do comunismo do século XX. Com o seu "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" foi, antes de tudo um senhor rebelde, não compreendido e entendido, e pode ter influenciado Freud no desenvolvimento da descoberta da psicanálise e estudo dos sonhos e mente humana. Suas ideias por si só sobre Liberdade não são compatíveis com Igualdade e pode ter Fraternidade. É automático, para se ter Liberdade, não há possibilidade de ter-se Igualdade. São fatores naturais e humanos. Só a Liberdade possui a capacidade de evolução, enquanto a Igualdade caminha para a destruição. Seres humanos são diferentes por si só. Nos ensinaram essa ideologia, porém não nos disseram que a segunda palavra é incompatível na pratica e na convivência diária. Bem, minha mãe comenta uma filosofia simples de vida, que mostra-nos o que é Liberdade, Igualdade, Fraternidade deve ser seguido nos parâmetros do 10 Mandamentos, quando chegamos ao 11º Mandamento, já perdemos a Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Devemos seguir o bom senso.




Beethoven

Beethoven
Eduardo Rincón. Trad. Eliana Rocha. São Paulo. Publifolha. 2005. 59 páginas. {Coleção Folha de Música Clássica, vols. 3 e 25}

Ludwig Van Beethoven (1770-1827)
Sérgio Molina. São Paulo. Mediafashion. 2014. 48 páginas. {Coleção Folha, Mestres da Música Classica, vol. 1}

Sinopse / Ponderação:
Voltando a falar, mais um pouco,  da questão "Coleções", que foi o tema da postagem de 29/09/2014. Posteriormente, em 31/01/2015 com Vivaldi.
Na primeira, dava uma geral. Na segunda, mencionava que os dados biográficos não continham muita diferença entre as publicações; o mesmo ocorrendo com os livros de hoje, Beethoven.
Continuando, lendo atentamente, percebe-se a constante questão dos instrumentistas, isto é - a valorização da Orquestração, no primeiro e segundo caso para Royal Philharmonic Orchestra, a patrocinadora original da coleção.
A terceira é de Deutsche Grammophon, com texto de um jornalista especializado em música clássica. Sendo esse volume um pouco mais didático, pois apresenta um glossário de termos característicos das composições clássicas, deixando-nos, muitas vezes, perdidos. Resta uma indagação: para qual público é destinado esse tipo de obra?   Parece-me uma continuação de textos acadêmicos patrocinados e ganharam publicações pseudo refinadas para maior ganho do autor do texto. Continuo na busca de uma definição.