28 de novembro de 2015

Marie Curie

Curie e a Radioatividade: em 90 minutos
Curie and Radioactivity. Paul Strathern. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editora. 2000.

Sinopse:
A contribuição de Marie Curie para a ciência lhe valeu dois prêmios Nobel. Sua pesquisa em radioatividade colocou-a entre as mais destacadas cientistas do século XX. Seu trabalho com o rádio fez avançar nossa compreensão da física nuclear permitindo enormes progressos no tratamento do câncer. Mas os perigos inerentes a esse trabalho eram desconhecidos. Curie morreu de leucemia em consequência de anos de exposição ao rádio.

Ponderação:
Fico a me perguntar, depois da leitura, desta breve biografia, analisando o jardim de infância da era atômica e da energia nuclear, se os atuais estudantes de medicina de fato conhecem o trabalho dessa mulher extraordinária, exemplo de capacidade de sobrevivência, provando que só com leitura e estudo num aprendizado constante, é possível a evolução sem ficar mendigando migalhas dos alheios. A sorte vem do céu, mas é necessário colaborar com os céus, fazendo a nossa parte.




21 de novembro de 2015

Três Amigas

Três Amigas, todos os domingos
The Supremes at Earl's all-you-can-eat. Edward Lelsey Moore. Trad. Ana Deiró. Rio de Janeiro. Rocco. 2013. 330 páginas (digital)

Sinopse:
Apelidadas de "Supremes" pelos colegas de colégio durante os tumultuados anos 1960, Clarice, Bárbara e Odette seguiram vidas diferentes ao longo de quatro décadas, mas nunca abandonaram o hábito de se reunir todos os domingos no restaurante Coma-de-Tudo. Em meio a pratos deliciosos, risadas, fofocas e, eventualmente, lágrimas, Três amigas, todos os domingos acompanha as alegrias e dissabores do trio com sensibilidade.

Ponderação:
Opa! Esse livro fez-me voltar no tempo, aquele tempo, onde a professora pedia para lermos um livro e depois vinha: 
- Qual o personagem principal? 
R - Coma-de-Tudo do Earl.
- Qual o personagem secundário?
R - Odette, Clarice e Barbara.
- Qual o Enredo?
R - Luta pela liberdade para preservar a Amizade.
Dei exemplos de como era a leitura ensinada, no meu tempo de estudante. Mas acredito que ainda continua dessa maneira. Mas, estou com uma inveja danada da Odette, Clarice e Barbara Jean. É claro, no boníssimo sentido. Felizmente, não realizei a leitura em lugares públicos, como dentro do ônibus ou no táxi, fatalmente, assustaria o motorista com as cenas, pelas quais dei risadas ao ponto de doer o corpo e lembrar das risadas dadas ao assistir a cena dos botões do vestido e Carlitos vai para apertar. Há momentos bastante tristes. Uma obra que é a valorização da 'Amizade", pois ela não tem raça, tempo, cor, consegue driblar as fofocas e relações estranhamente do contar tudo ao mundo sobre tudo a sua volta. Detalhes invejados entre elas são apresentados como simples desejos sonhados não realizados ou não apreendidos na convivência exterior ao grupo.
Earl Grande, todos o procuravam para aconselhamento e assim iam vivendo suas vidas. Mestre da sabedoria da época. Odette, mulher forte com fama de destemida, possui temperamento explosivo. Seu relacionamento com James é baseado no amor mútuo. Clarice, a famosa por ser ótima no piano, muito ligada aos preceitos religiosos e da mãe. Seu casamento é um fracasso, conhecedora das traições do marido, levando a vida em banho-maria. Barbara Jean considerada a mais infeliz, sendo a mais bela. Alcoólatra como a mãe, e manteve valores deturpados para sobreviver até encontra Lester. Tudo iniciado naqueles anos conturbados de 1960 e prossegue até hoje. A questão dos fantasmas considera-se um mistério. Recomendo.



20 de novembro de 2015

O Poder do Mito

O Poder do Mito
Joseph Campbell  (1904-1987) e Bill Moyers. {Não lembro a editora, a imagem, tirei da Internet}. 

Sinopse:
O Poder do mito" é uma animada conversa entre o jornalista norte-americano Bill Moyers e seu entrevistado, o professor Joseph Campbell, uma das maiores autoridades mundiais em mitologia. Uma discussão sobre os mitos antigos e modernos, tais como o casamento,  a trajetória do herói, o sacrifício ritual e até os personagens heroicos do filme Guerra nas Estrelas , que estão na base psíquica de todo ser humano. O livro analisa como os mitos passados nos influenciam e ajudam a compreender o presente e a nós mesmos.


Ponderação:
No início dos anos 1990, assisti a uma série denominada 'O Poder do Mito' no canal 2, TV Cultura. O capítulo ou episódio sobre o mito do amor, ficou martelando em minha cabeça até consegui comprar o livro. Que por sinal é muito bom. Realmente podemos nos compreender de fato.




16 de novembro de 2015

O Livro dos Vilões

O Livro dos Vilões
Cecily Von Ziegesar, Diana Peterfreund, Carina Rissi, Fábio yabu. Trad. Ryta Vinagre. Rio de Janeiro. Record. 2014. 223 páginas digitais. (EB)

Sinopse:
Pessoas boazinhas são tão chatas. Não há nada melhor do que um bom vilão. Sei do que estou falando. Também tenho meus momentos de maldade, vocês me conhecem bem...
Por isso mesmo estou certa de que vão se divertir muito com este livro: Irmãs que amam sapatos e odeiam a meia-irmã - muito natural, é claro; uma madrasta hilária viciada num app para iPad e em experiências com venenos, huahuahua; um bruxa que me lembrou muito dos tempos do colégio; e um lobo com crise de consciência... vai entender!

Ponderação:
A edição em português possui ilustrações de Rafael Nobre, não posso dizer se é a mesma na edição original, no caso dos contos de Cecily e Diana. São quatro contos: "#Stepsistes - Sobre sapatos e slefies"; "Menina Veneno"; "Quanto mais afiado o espinho" e "A Menina e o lobo".
Vejamos, Como é classificado um para faixas etárias? Porque encontrei esse livro, em vários sites de venda na internet, com a classificação 'Infantil' ou 'Infanto-Juvenil'. Visto, no meu entender de leitora, não tem nada de infantil, pode-se, sim ser para jovem leitores, isto é acima dos dezoito anos, ou aqueles que possuem uma atividade intelectual/leitura precoce. Se os contos de fada serviram para moldar a sociedade para o lado bom. Os vilões eram vistos como a negatividade da humanidade. Infelizmente, as  ações, tidas como más, são sua maioria, mas são barradas por ações legais e jurídicas. O lado dos vilões, aqui, reflete a modernidade e todos os demais aspectos a ela impostos ou derivados.
Em suma: os contos vão da superficialidade ao narcisismo, do bullyng e hipocrisia ao sentimento humanitário. Releitura um pouco complexa dos clássicos contos de nossa infância.



12 de novembro de 2015

A Restauração das Horas

A Restauração das Horas
Tinkers. Paul Harding. Trad. Diego Alfaro. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 2011. 122 páginas.

Sinopse:
Paul Harding conta-nos a história de um relojoeiro chamado George Washington Crosby, que em seu leito de morte começa a ter alucinações, e vê as paredes e o teto de seu quarto se destruírem, sendo seguidos pela queda do céu e das estrelas. Aos poucos George vai percebendo que o tempo se desprendeu do relógio, permitindo que ele faça uma viagem de volta a sua infância, recuperando memórias de um passado sofrido, em que foi abandonado pelo pai – um homem doente e sem rumo. 
A restauração das horas, é uma obra que lida com as diferenças entre gerações, e que reafirma, de forma simples e bela, que a perda de um ente querido, faz parte de uma feroz, e inevitável, poesia da natureza.

Ponderação:
Maneira interessante de tratar a questão da perda. Perdas constantes na e da vida, onde o simples não é aceito como forma de ser feliz. Mostra, também, o mau que os pais fazem ou faziam em não dialogar com os filhos a respeito dos fatos da vida. George se recupera da má influência herdada dos pais, no momento em que, segundo dizem alguns antigos, na viagem feita por nós, naquele frágil instante de horas, minutos e segundo são eternizados e partimos, posteriormente, para o nada do tempo.





10 de novembro de 2015

Palavras Aladas


Palavras Aladas
Rodolfo Konder (1938-2014). São Paulo. João Scortecci Editora. 1992. 133 páginas.

Sinopse /Ponderação:
Esses 'snaiges' da capas são os sentidos da frieza do tema ou da teimosia em seguir por aí uma ideologia? Bom. o autor terminou por perceber que aquela ideologia foi falha e falhou mesmo sua aplicação. São 37 crônicas e um perfil, que publicadas em jornais e revistas no período de 1988 a 1992. Justo, quando o mundo apresentava as mudanças da nova ordem do planeta. São crônicas recheadas de amarguras e de reclamações. Muito do que foi dito, caiu no esquecimento e não houve pedido de perdão.
..."Os jornalistas Gintautas Iesmantas,  Vytautas Skuodis e Povilas Pacelinas, da Lituânia, União Soviética, estiveram detidos por publicar literatura, poemas e  artigos, pedindo a independência da Lituânia; Gintautas ainda está confinado, por se recusar a pedir perdão ao governo por um 'crime' que não cometeu."
..."No ano passado (1988), quase 2 mil pessoas foram executadas em 35 países. Penduradas pelo pescoço, decapitadas pelo aço frio de uma lâmina, fuziladas, apedrejadas, eletrocutadas, eliminadas em câmaras de gás ou através de misteriosas injeções letais, que exigem sempre a ajuda de um médico. Desarmadas, indefesas, elas foram assassinadas pelo Estado. Justiça?"... Agora, quando essas 2 mil pessoas entram e assassinam um trabalhador desarmado e indefeso dentro de seu lar, a quem devemos acusar, o Estado? A Justiça?

Por diversos momentos, o autor cita a atuação da Anistia Internacional, órgão se lá de que e para que tem finalidade, a não ser fazer denuncias. Vejamos, então, a situação da Índia, um país que não obteve melhoras na sua condições de sobrevivências. Pergunta, o que a Anistia Internacional fez para aquele país? Somente fez denuncias, mas apresentar soluções  práticas, nenhumas.

Anistia Internacional e Anistia no Brasil continuam nas denuncias! Mas trabalharem soluções de melhoria às condições socio-cultural, mais cultural; a Anistia não está nem aí?!...



Um Porto Seguro

Um Porto Seguro
Safe Haven. Nicholas Sparks. Trad. Ivar Paanazzolo Júnior. Ribeirão Preto. Novo Conceito. 2012. 414 páginas.

Sinopse:
Quando uma mulher misteriosa chamada Katie aparece repentinamente na pequena cidade de Southport, na Carolina do Norte, questionamentos são levantados sobre seu passado. Linda, mas discreta, Katie parece evitar laços pessoais formais até uma série de eventos levá-la a duas amizades relutantes: uma com Alex, o viúvo, com um coração maravilhoso e dois filhos pequenos, a outra com sua vizinha muito franca, Jo. Apesar de ser reservada, Katie começa a baixar a guarda lentamente, criando raízes nessa comunidade solícita e tornando-se próxima demais de Alex e de sua família. No entanto, quando Katie começa a se apaixonar, ela se depara com o segredo obscuro que ainda a assombra e a amedronta: o passado que a deixou apavorada e a fez cruzar o país para chegar no paraíso de Southport. Com o apoio simpático e insistente de Jo, Katie percebe que deve escolher entre uma vida de segurança temporária e outra com recompensas mais arriscadas... e que, no momento mais sombrio, o amor é seu único refúgio.

Ponderação:
Aos poucos, vou descobrindo esse autor, que vem chamando a minha atenção pela maneira a qual apresenta, romanticamente, o poder do amor e a transformação necessária em cada ser que o vivencia. 
Aqui, conhecemos Katie/Erin, uma mulher com um passado que a atormenta a tal ponto de faze-la cruzar o país e ir parar em uma cabana em péssimo estado. Em paralelo conhecemos Alex, viúvo e pai de um casal de filhos que se apaixona pela nossa heroína logo de primeira. Ele vai descobrindo e revelando, a nós, os segredos de Katie e vamos começando a odiar esse terrível passado, como também sua inteligência em como arrumar uma solução sólida para escapar da vida que levava. Somos apresentados a Jo/Carly, a melhor amiga que Katie faz na nova cidade e que nos mostra que a melhor amizade pode estar onde a gente menos espera. Kristie e Josh são os filhos de Alex, e crianças que todo mundo adoraria conhecer. Carly/Jo a doce esposa morta de Alex, que tem papel significativo (um anjo da guarda) e Kevin, a parte principal do passado de Katie, ele é do tipo pelo qual resolve encarnar você como alvo de sua malvadeza e não se contenta na destruição de outras coisas para atingir o objetivo. De certa forma, uma denúncia à violência doméstica, não só nos parâmetros da pobreza, mas no meio da classe média e em qualquer lugar do mundo.



7 de novembro de 2015

Agildo Ribeiro

Agildo Ribeiro: O Capitão do Riso
Wagner de Assis. São Paulo. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2007. 248 páginas. [Coleção Aplauso]

Sinopse:
Agildo Barata Ribeiro Filho, carioca da gema, brasileiro d’alma, português de outras encarnações provavelmente, é figura tão marcante e importante na vida cultural brasileira – e, de certa forma, no país de Camões pelas últimas décadas – que este relato pode ser perfeitamente interativo e acompanhando da memória do público que o assiste por mais de meio século, completado em abril de 2004. Por isso, não é difícil ouvir sua voz quando dá palhinhas de personagens; também pode-se facilmente imaginar as reações do rosto, os gestos, os movimentos das mãos, que sempre pertenceram aos inúmeros tipos que ele protagonizou – e provocam a mesma reação: uma deliciosa gargalhada. Quem não se lembra do Coisa horrorosa! Posso esclarecer? Todos inesquecíveis. Dos bonecos do Cabaré do Barata, com a mais completa e inusitada reunião de políticos brasileiros; ou o maravilhoso ratinho Topo Giggio. Quem não recorda, não viveu no Brasil na época. Não viu televisão. Não riu com Agildo.

Ponderação: Enquanto minha lembrança de Agildo Ribeiro está, intimamente, ligada ao ratinho Topo Giggio, e sua estrutura mercadológica de então - irei colocar uma foto do ratinho como astronauta, em um copo, que ganhei em meu aniversário do ano em que o Brasil foi tricampeão de futebol. Lá pelo capítulo 17, ele narra um episódio de uma entrevista que ele deu em um programa do Jô Soares (aqui, fala do temperamento arredio do Jô.) sobre um instrumento utilizado por médicos na época em que ambos eram adolescentes. O tal de "biliquê"! Durante a leitura da descrição dada por Agildo, fiquei pensando no seguinte: - Será que os estudantes de medicina de hoje sabem o que é esse instrumento e para que era utilizado? E pela descrição, não era a toa que até hoje, há quem tem pavor de fazer exame médico.  

Preservei um presente que foi me dado
por minha professora de 4ª série.