29 de agosto de 2019

Brilhantes

Brilhantes
Brilliance. Marcus Sakey. Trad. André Gordirro. Rio de Janeiro. Galera / Record. 2015. 474 páginas.

Sinopse:
A partir de 1980, um por cento das crianças começou a apresentar sinais de inteligência avançada. Essa parcela da população, chamada de “brilhantes”, é vista com muita desconfiança pelo restante da humanidade, que teme a forma como esse dom será usado. Nick Cooper é um deles, um agente brilhante, treinado para identificar e capturar terroristas superdotados e levá-los para a custódia do governo. Seu último alvo está entre os mais perigosos que já enfrentou, um líder responsável pelo maior ataque terrorista dos últimos tempos e que pretende começar uma guerra civil. Mas para capturá-lo, Cooper precisa se infiltrar em seu mundo e ir contra a tudo o que acredita. Denominado pelo Chicago Sun-Times como o mestre do suspense moderno, Markus Sakey criou um universo ao mesmo tempo perturbador e incrivelmente semelhante ao nosso, onde um dom pode se tornar uma maldição.

Ponderação:
A diagramação permite uma leitura ágil. Entretanto, a história é um conjunto de receitas literárias e cinematográficas. Bem, assim:

- Uma xícara de "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley;
- Uma xícara de "Fahreneit 451" de Ray Bradbury;
- Uma xícara de "Doador de Memória" de Lois Lowry;
- Uma xícara de "Ponto de Impacto" de Don Brown e sua teoria sobre a quebra de segurança ser de dentro para fora;
- Uma xícara de "007" e o Satânico Dr. No." de Ian Fleming;
- Uma pitada de 11 de setembro;
- Uma pitada de serial killer;
- Uma pitada de poder governamental;
- Uma pitada de poder manipulador;
- Uma colher de sopa de chantagem política;
- Uma colher de sopa de chantagem emocional;
- Uma xícara de ódio;
- Uma xícara de preconceito;
- Uma xícara de violência pura;
- Uma xícara de controversa espionagem.

O que torna a história não tão brilhante como quer o título é a narrativa conter excesso de barriga, onde nada possui coerência.


28 de agosto de 2019

Lo mejor de mí

Lo mejor de mí
The Best of Me. Nicholas Sparks. Trad. Iolanda Rabascall. Barcelona. Roca Editorial. 2014. 320 páginas.


Sinopse:
Durante la primavera de 1984, cuando todavía iban al instituto, Amanda Collier y Dawson Cole se enamoraron para siempre. Aunque pertenecían a estratos sociales muy diferentes, el amor que sentían el uno por el otro parecía capaz de desafiar cualquier [ ... Pero el verano después de su graduación a la peraja y los llevaría por caminos radicalmente opuestos.
Ahora, transcurridos veinticinco años, Amanda y Dawson tienen que volver a verse para el funeral de Tuck Hostetler, el mentor que encubrió y protegió su historia de amor adolescente. Ninguno lleva la vida que imaginó... y ninguno de los dos ha podido olvidar el apasionado primer amor que cambió sus vidas para siempre. En el curso de un solo fin de semana, se preguntarán: ¿puede el amor reescribir el pasado?

Ponderação:
[ ... ]
"- Es por mí. Los dos lo sabemos. - Dawson dio una patada ao suelo -, Si amas a alguien, has de ser capaz de sacrificarte por ese alguien y dejar que se marche, ¿no?"
[ ... ]
"- ¿Adonde? ¿Con qué? Yo no tengo nada. ¿No lo entiendes? - Dejó las palabras suspendidas en el aire. Ella no contestó, así que continuó -: Solo intento ser realista. Estamos hablando de tu vida... y... ya no puedo seguir formando parte de ella."
[ ... ]
"- No lo sé. Entre vosostros dos hay algo especial, no puedo negarlo.  Y esa magia habrá que no te resulte fácil olvidarla."
[ ... ]

Dawson Cole é honesto consigo mesmo. Não quer levar a vida a margem da lei. Não gosta de  pertencer a uma família de criminosos. Vive recluso por essa razão. Todos com quem manteve um contato social ou profissional, o definem como uma pessoa íntegra. Acredita, fielmente, no poder do amor, no que ele pode curar. Mas, também, destrói!
Amanda acredita no poder dele, porém traça um caminho mais comodo. Com o tempo percebe seu erro em não lutar por aquilo que acredita.
Entre ficção X realidade, o final foi até apropriado, Dawson permaneceu ao lado de seu amor pelo tortuoso caminho de Deus.



27 de agosto de 2019

A Arte de Ler

A arte de Ler
L'art de lire. Émile Fraguet. (1841-1916). Trad. Adriana Lisboa. Rio de Janeiro. Casa da Palavra. 2009. 143 páginas.

Sinopse:
Certa vez, o escritor e filósofo francês Voltaire disse: “Lê-se muito pouco. E, entre os que desejam se instruir, a maioria lê muito mal.” Voltaire talvez repensasse essa afirmação se soubesse que essa maioria que “lê muito mal” simplesmente o faz por não saber como ler. Isso quer dizer que a leitura nada mais é do que técnica? Sim, e não apenas uma, mas um conjunto delas — é o que afirma Émile Faguet.
Escrito no início do século XX, o livro permanece atual quase 100 anos após sua primeira publicação (1911), principalmente quando se leva em conta o excesso de informação dos dias atuais, em que a otimização da leitura se faz oportuna. “A arte de ler é a arte de pensar com um pouco de ajuda”, disse Faguet. Dessa forma, o autor sugere o primeiro passo para um melhor aproveitamento de qualquer livro: identificar os objetivos da leitura e os diferentes tipos de livros, bem como suas particularidades.

Ponderação:
Embora todos os exemplos citados, em sua maioria, pertencem ao mundo literário francês, a conceituação do processo de leitura, bem como, de se ler,  pode ser considerado atualíssimo, no meio de toda essa parafernália de eletrônicos e cibernéticos de nossa vida. Pode ser utilizado como produto didático em cursos de letras. Bastante interessante. Estamos a meio caminho de tornarmos um leitor mais consciente de nós mesmos. A presente edição recebeu um tratamento digno no tocante as notas de rodapé, dando-nos informações precisas de elementos citados no texto, mas com pouco conhecimento do grande público.



26 de agosto de 2019

Todos nós adorávamos caubóis

Todos nós adorávamos caubóis
Carol Bensimon. São Paulo. Cia. das Letras. 2019. 196 páginas.

Sinopse:
Cora e Julia não se falam há alguns anos. A intensa relação do tempo da faculdade acabou de uma maneira estranha, com a partida repentina de Julia para Montreal. Cora, pouco depois, matricula-se em um curso de moda em Paris. Em uma noite de inverno do hemisfério norte, as duas retomam contato e decidem se reencontrar em sua terra natal, o extremo sul do Brasil, para enfim realizarem uma viagem de carro há muito planejada. Nas colônias italianas da serra, na paisagem desolada do pampa, em uma cidade-fantasma no coração do Rio Grande do Sul, o convívio das duas garotas vai se enredando a seu passado em comum e seus conflitos particulares: enquanto Cora precisa lidar com o fato de que seu pai, casado com uma mulher muito mais jovem, vai ter um segundo filho, Julia anda às voltas com um ex-namorado americano e um trauma de infância.
Todos nós adorávamos caubóis é uma road novel de um tipo peculiar; as personagens vagam como forasteiras na própria terra onde nasceram, tentando compreender sua identidade. Narrada pela bela e deslocada Cora, essa viagem ganha contornos de sarcasmo, pós-feminismo e drama. É uma jornada que acontece para frente e para trás, entre lembranças dos anos 1990, fragmentos da vida em Paris e a promessa de liberdade que as vastas paisagens do sul do país trazem. Um western cuja heroína usa botas Doc Martens.

Ponderação:
"Cora deve fazer parte do clube dos ateus. Garota chata... Tudo para ela é ponto de melancolia e coisa sem ou com muito valor. Descreve um Rio Grande do Sul longe dos pontos turísticos, consideramos uma grande valia. As duas amigas não sabem o que desejam mesmo da vida, não enxergam algo positivo no futuro.


25 de agosto de 2019

O sentido de um fim

O sentido de um Fim
The Sense of an ending. Julian Barnes. Trad. Léa Viveiros de Castro. Rio de Janeiro. Rocco / TAG. 2019. 175 páginas.

Sinopse:
Tony Webster vive em Londres. Um dia, recebe uma pequena herança e o fragmento de um misterioso diário de um de seus melhores amigos, Adrian Finn, que cometeu suicídio aos 22 anos. A partir dessa lembrança, Webster revisita sua juventude na Inglaterra dos anos 1960 e tenta decifrar os escritos herdados, confrontando sua própria memória, a inexata versão dos fatos e o seu papel na cadeia de eventos que resultou na morte do brilhante amigo Adrian.

Ponderação:
Esse livro faz com que pensamos e repensar nas questões de nossas ações enquanto jovens; podendo virar remorso na nossa velhice. Aborda o tema de suicídio e como encarar a liberdade, sendo, ela, livre para, até, negar viver a vida. As conceituações de História permite-nos avaliar as diversas teorias, fazendo-nos encarar novas perspectivas das histórias por nós vividas ou ouvidas ou lidas.