31 de maio de 2015

Ney Latorraca: uma celebração

Ney Latorraca: uma celebração
Tania Carvalho. São Paulo. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.  2004. 136 páginas. (Coleção Aplauso) 

Sinopse:
Embora já tenha havido um livro biográfico de Ney Latorraca, este não conseguiu captar um elemento fundamental no personagem: o senso de humor. Qualquer pessoa que tenha tido a sorte de trabalhar ou conviver com Ney sabe disso: ele é uma das pessoas mais engraçadas e divertidas que conheço. Tem expressões próprias, caretas, gestos, que são tão comunicativos que em pouco tempo todo o grupo o está imitando, sem se dar conta. Viramos todos pequenos Neys. 

Ponderação:
Gostei, mais uma biografia. Mais um contemporâneo para lembrar, principalmente, sua atuação em "Estúpido Cupido". Mais um para contar histórias paralelas e compor uma história do teatro, cinema e teatro. Do humor. Cada fotografia um fato vivido para contar, relembrar, divulgar as diferenças de hoje e ontem, com certeza do amanhã.



A Caldeira do Diabo

A Caldeira do Diabo
Grace Metalious. São Paulo. Nova Cultural. 1986. 414 páginas.

Sinopse:
Uma jovem e bonita viúva esconde um passado comprometedor. Sua filha, sensível e rebelde, procura aceitar e compreender as pessoas. Um milionário é capaz de tudo para manter seu domínio e esconder os desmandos de seu único filho. Um médico rude mas bondoso se envolve num caso de aborto clandestino. Uma jovem carente e solitária é cobiçada pelo padrasto, um bêbado cruel. São vidas que se entrecruzam num ambiente marcado pela rigidez moral e abalado pela tragédia.

Ponderação:
Os filmes baseados em romances são um terror para mim. Sempre fica faltando algo para entender. Esse livro foi um dos vários, se não for o primeiro. Sofreu uma forte censura nos EUA, quando de seu lançamento. Relata a respeito da hipocrisia de uma pequena cidade interiorana da Nova Inglaterra, onde os seus, amados, habitantes jogam para debaixo do tapete segredos como adultério, estupro e suicídio.
Narrada por Allison Mackenzie que vive com sua mãe Constance. Seus melhores amigos são o Norman e a Selena. A história começa com boatos de que Norman e Allison estão nadando nus no riacho. Depois de brigar com sua mãe, Allison vai embora para Nova Iorque, voltando um ano depois, quando Selena confessa um crime e acaba indo a julgamento.
As histórias dos moradores se misturam. Percebe-se que a máscara de bom cidadão é fachada e todos tem segredos para esconder.




A Insída

A Insídia
Jean Tenzate. Trad. José Maria Machado. São Paulo. Clube do Livro. 1968. 141 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Insídia significa demonstração ou sentimento de deslealdade. A história, como sempre, em história criada, sempre há um pequeno triângulo. Bem, a verdade, aqui, não foge a regra. 
A nota explicativa diz que o autor, arquiteta os capítulos de uma narrativa, plena de ângulos sentimentais, de situações romanescas, de desdobramentos avulsos, ora nos túneis do desespero, ora no azul dos esplendores. Entrechoque de várias fatalidades; envoltas por teias tênues e misteriosas. 
Bom, Cesar, Clara e Paulo. Cesar e Clara são casados e, a história começa com o nascimento de  Alba. Clara tem problemas sérios, fica entre a  vida e morte, recupera-se, mas Cesar não lhe da atenção necessária, quando ela tem alta médica, sempre ocupado com os negócios. Essa atenção, quem a preenche é Dr. Paulo, e vai ocupando lugar na vida de Clara. Clara e Paulo vão viver juntos e não há necessidade de duvidar o ocorrido. Ambos passam a viver com a insídia.
Como pesquisei a respeito do autor, pedi, inclusive, aos meus amigos, do Facebook, mestres em literatura e leitura, todos gentis, mas não conseguiram informar-me da vida e obra deste autor. Só espero, que uma alma bendita, que seja leitor deste blog, conheça alguma informação.  Estou pensando que seja um pseudônimo, caso seja, quem será o autor?




30 de maio de 2015

O que é ....???

O que é ...???
Jorge Coli. São Paulo. Brasiliense. 1981. 131 páginas

Arte:
Da harmonia grega ao kitsch de todos os tempos. Da Mona Lisa à Marilyn de Andy Warhol. Afinal, quem decide o que é e o que não é arte? Todos que tentaram definí-la criaram concepções parciais, limitadas no seu tempo e no seu espaço. Neste texto simples e direto Jorge Coli desvenda o enigma


Marisa Lajolo. São Paulo. Brasiliense. 1982. 100 páginas.

Literatura:
Será que é errado dizer que literatura é aquilo que cada um de nós considera literatura?  Então a pergunta, o que é literatura?


J. Jota de Moraes. São Paulo. Brasiliense. 1983. 106 páginas.
Música:
Música é, antes de mais nada, movimento. Por isso se pode perceber música não apenas naquilo que o hábito convencionou chamar de música.

Coleção Primeiros Passos. São Paulo. Círculo do Livro. 1991. 220 paginas.


Ponderação:
No início da década de 1980, surgiu no mercado editorial - livros - uma série intitulada "Primeiros Passos" com subtítulo: "O que é...?" da Editora Brasiliense, com temas variados desde "O que é Deputado" até astronomia e assim a fora.
Lembro-me, que a minha turma de 1982 e 1983, na Anhembi-Morumbi, discutimos alguns aspectos da novidade de então. Analisamos a diagramação e formato, podendo levar na bolsa ou no bolso do paletó, para ser lido no ônibus, trem ou metrô. Até porque seus textos são simples, não havendo necessidade de buscar auxílio em outros livros e dicionários. Dois ou três títulos desta coleção (há algo neste blog) serviram de base de estudo em determinadas matérias, anos mais tarde, em Jornalismo e Letras. Fora aqueles escolhidos pelo simples prazer da leitura e ampliação do conhecimento.
Diante dos textos destes, parece-me, diante da leitura, que possa ser incluída na conceituação, como leitora, ouvinte e apreciadora de arte, tal qual como escritora, produtora de som, e diretora de arte. Mas não há um ponto final na questão, sempre há uma nova abordagem a respeito dos assuntos, neste caso, a obra intelectual.




29 de maio de 2015

A Santa dos Impossíveis

A Santa dos Impossíveis
Hylton Miranda Rocha. São Paulo. Edições Paulinas. 1980.

Sinopse / Ponderação:
Rosas para Santa Rita. Santa Rita de Cássia. Em verdade, não uma biografia chata. Digamos, aqui, temos uma análise do que fora publicado a respeito de Santa Rita. A diagramação é leve, e num instante, ou numa tarde chuvosa é possível ler e assimilar os ensinamentos desta mulher, santificada, que viveu em uma época de grandes conflitos sociais, políticos e religiosos. Então, seu mundo não era nada diferente do nosso, dominado pela ambição, disputa de poder, privilégios, pela corrupção de famílias e empresas poderosas. Ela soube refugiar-se da violência e perigo a sua volta.
Rita de Cássia tornou-se religiosa após ficar viúva, ela nasceu em 22 de maio de 1381, falecendo em 22 de maio de 1457, aos setenta e seis de idade.




Minhas Leituras: Anátemas

Anátemas


  • "... ambos eram anátemas para os militares..." Livro Castelo a Tancredo.
  • "... A fala educada de Andrews e a qualidade formal de sua inteligência com formação universitária eram um anátema para Perry, que embora nunca tivesse passado da terceira série imaginava-se mais culto do que a maioria das pessoas que conhecia..." Livro A Sangue Frio.



No contexto apresentado nas leituras, entendemos o significado do vocábulo Anátema. Mesmo, assim, vale uma recordação nas enciclopédias e dicionários.


Anátema vem do grego ANATHENO / ANÁTHEMA. Pelo latim: Anathema.

Adjetivo de dois gêneros: Anatematizado / Amaldiçoado / Excomungado.

Substantivo masculino: Sentença que expulsa do seio da Igreja, excomunhão.

Condenação

Maldição /  Execração

Reprovação enérgica / Repressão solene

Anatemático (a): Adjetivo: Que contém anátema / Oferecimento em penitência para anular os efeitos de um anátema.

Anatematismo: Substantivo masculino: Burla ou Canône que contém anátema.

Anatematização:  Substantivo feminino: Ação de anatematizar.

Anatematizador (a):  Adjetivo e Substantivo: O que Anatematiza / Excomungador.

Anatematizar do latim Anathematizare: Verbo transitivo:
1 - Fulminar com anátemas / excomungar.
2 - Maldizer / Detestar.
3 - Condenar / Reprovar energicamente / Votar a execração.
4 - Excluir / Banir.


Conclusão:
 - Na leitura vale afirmar: Eram contra / Detestar o outro.


***  Minhas Leituras, como no caso da palavra em questão, será motivo de acréscimo, no momento de novas leituras.


  • ..."En unos pocos anõs", dijo Sienna, "Zobrist pasó de ser el niño mimado del mundo médico a un paria. Un anátema"... Livro Inferno [de Dan Brown].





28 de maio de 2015

A bolsa Amarela

A Bolsa Amarela
Lygia Bojunga Nunes. São Paulo. Círculo do Livro. 1976. 122 páginas.

Sinopse:
A Bolsa é a história de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela ) - a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação - por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio "criança não tem vontade" - essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.

Ponderação;
A bolsa amarela de Raquel é a bolsa nossa de cada dia depois, na fábrica, na escola, enfim,  durante a vida toda...



23 de maio de 2015

A Imprensa Informativa

A Imprensa Informativa
Luiz Beltrão (1918-1986). Informação. São Paulo. Editor Folco Masucci. 1969. 424 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Bom, esse é um livro digno de leitura constante. Principalmente, para o estudante de jornalismo. Embora, não contemple a evolução da tecnologia atual, serve de base para todo o processo informativo diário. Recentemente, realizei um curso de jornalismo, onde foi inserido na bibliografia, com finalidade específica na área cultural. Um dos muitos livros sempre a disposição na minha estante. Sempre útil!




O Livro de Ouro das Flores

O Livro de Ouro das Flores
Cecília Beatriz L. da Veiga Soares. Rio de Janeiro. Ediouro. 2002. 271 páginas.

Sinopse:
O Livro de Ouro das Flores representa um trabalho de extrema importância, um verdadeiro tratado sobre o assunto, que interessa, não só a estudiosos, mas, também ao público em geral, pela versatilidade do seu conteúdo.
A obra, elaborada com dedicação e competência, oferece ao leitor um histórico completo sobre as flores do mundo inteiro: nomes científicos e vulgares, origens, fatos históricos e sociais que as envolvem, formas de cultivo, incluindo lendas, crendices, músicas, poemas e qualidades terapêuticas. Assim, flores como o cravo, a rosa, o manacá, a íris, o edelvais, recebem um tratamento especial, tornando-as mais significativas para o leitor que se entusiasma com a transparência e leveza dos textos.
Considero-o, também, um valioso instrumento de pesquisa para os que se dedicam à botânica, à floricultura e, até mesmo, à jardinagem.
O tratamento poético dado a determinadas espécies enriquece a obra, oferecendo-lhe um toque romântico, pleno de criatividade. 

Ponderação:
Essa obra de não ficção consiste num manual, mas depois de ler continuarei a ter, uma certa, dificuldade no reconhecimento de flores! Vai continuar naquele esquema familiar, onde um determinado ente querido gostar de determinada flor - essa flor, seu avô adorava - e verdade, acontece com várias das "amarílis". Vai um exemplo:


Fotografia de 08.03.2015, no pátio da
Igreja de São José em Vila Zelina,
São Paulo, Brasil


Fotografia tirada em 24/05/2015, Eu e Mamãe, quando
estava exibindo os meus recém conhecimentos sobre as
flores depois da leitura do livro.







17 de maio de 2015

Segredos do Coração

Imagem da Internet
Meu exemplar esta com capa dura,
mandei fazer nova.
Segredos do Coração
Gibran Khalil Gibran (1883-1931). Trad. Emil Farhat. Rio de Janeiro. Record. 1957. 4ª edição. 253 páginas.

Sinopse:
Neste livro, Kahlil Gibran trata das questões da alma e da afirmação dos valores morais sem deixar de lado o questionamento do poder opressivo das instituições corruptas. Escrito originalmente em árabe, Segredos do Coração faz parte da primeira fase literária do grande autor de O Profeta. 

Ponderação:
Em 2012, tomei uma resolução que vinha acalentando há tempo - a de reler alguns livros - lidos e me haviam deixado impressionada ou o entendimento ficara para depois ou fora uma leitura salteada como deste livro.
Desde que fui apresentada a Gibran e a seus livros, nenhum deles foi leitura completa, porém a cada fragmento de sua obra, vem-me a mente, uma frase dita pelo jornalista, Alexandre Kadunc (1937-1989), em um de seus inúmeros programas na Rádio Bandeirantes, onde mencionava a infância do poeta e seus mestres: "- Aqueles pobres mestres não sabiam com quem estavam lidando... -" quando Gibran fazia uma pergunta em sala  de aula, os professores não tinham como responder. E da expressão: - "Nada posso lhe ensinar, mas posso fazer desabrochar aquilo que traz dentro de si." - com base em um capítulo de O Profeta.
O autor empreende, aqui, uma busca da verdade na qual as questões da alma e a afirmação dos valores morais não estão deparadas do questionamento do poder que dominava seu país, então subjugado pelo império turco-otomano... Mesmo sendo escrito no final do século XIX e começo do XX, seu texto, atemporal, está, digamos, super atual. Há uma resposta que nos surpreende, quando ouvimos a pergunta; e vem a resposta.

P= Há muito tempo que vieste para aqui?

R= Vim para este lugar quando a terra era sem forma e vazia!