27 de abril de 2019

A Retornada

A Retornada
L'Arminuta. Donatella di Pietrantonio. Trad. Mario Bresighello. São Paulo. Faro Editorial. 2019. 176 Páginas.

Sinopse:
Aos 13 anos, a narradora desta novela é tirada da família que até então considerava sua para viver com seus parentes de sangue. Pega de surpresa, ela encontra um grupo grande de e caótico de pessoas que parecem fazer tudo, menos acolhê-la. Assim começa sua nova vida, marcada por sofrimento, tensão e conflito, especialmente entre ela e sua mãe. Entretanto, é no carinho de dois de seus irmãos, Adriana e Vincenzo, que ela encontrará força para entender o que aconteceu e, assim, poder recomeçar.

Ponderação:
Assim como a mudança na vida da protagonista o livro termina, abruptamente. Emociona de uma maneira não tão boa. Trata de um tema incômodo, a adoção. O casal leva para criar, pois não podem ter filhos. Quando a menina aos 13 anos é devolvida sem nenhuma informação de sua condição e da separação de seus pais 'adotivos' é acometida de uma enorme violência emocional, sendo abrandada com a convivência de Adriana, habituada com as dificuldades da vida. Simplesmente, a menina passa a acreditar que ninguém é  digno de sua confiança e amor.



19 de abril de 2019

A Caça

A Caça
S.T.A.G.S. M.A. Bennett. Trad. Alves Calado. São Paulo. Arqueiro. 2018. 240 páginas.

Sinopse:
O ano letivo começou e Greer ­MacDonald está se esforçando ao máximo para se adaptar ao colégio interno onde ela entrou como bolsista. O problema é que a STAGS, além de ser a escola mais antiga e tradicional da Inglaterra, é repleta de alunos ricos e privilegiados – tudo o que Greer não é.
Para sua grande surpresa, um dia Greer recebe um cartão misterioso com apenas três palavras: “caça tiro pesca”. Trata-se de um convite para passar o feriado na propriedade de Henry de Warlencourt, o garoto mais bonito e popular do colégio... e líder dos medievais, o grupo de alunos que dita as regras.
Greer se junta ao clã de Henry e a outros colegas escolhidos para o evento, mas esse conto de fadas não vai terminar da maneira que ela imagina. À medida que os três esportes se tornam mais sombrios e estranhos, Greer se dá conta de que os predadores estão à espreita... e eles querem sangue.
Que a caçada comece!

Ponderação:
Um thriller bem chatinho, tentando mostrar o óbvio em diferença de classe social. Atração pelos opostos com alto grau de preconceito. O velho embate entre o manual e a máquina. A evolução natural das coisas. O uso da tecnologia pode ser benéfico ou maléfico, a questão reside na maneira como for utilizada. 
O narrador-personagem, devemos dizer: -  a narrativa, da narradora-personagem, não tem muita personalidade, constantemente faz comparações com filmes e divagações cinematográficas.


À Cidade

À Cidade
Mailson Furtado Viana. Fortaleza. Expressão Gráfica e Editora. 2017. 72 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Longo. Não iremos fazer análise poética das estrofes e suas correspondentes. Também não é épico, talvez seja poema monólogo. Seria um bom texto.
À Cidade narra como é ou sente qualquer cidade do país, do sertão nordestino. Mas poderá ser o sertão interior de cada um de nós.
À Cidade destruída e construída pela história e por nós.




18 de abril de 2019

O Capote

O Capote
Nikolai Gógol. Trad. Roberto Gomes. Porto Alegre. L&PM Pocket / TAG. 2017. 48 páginas.

Sinopse:
Escrita em 1842, é considerada a obra prima da literatura russa. É a história de um pobre funcionário público que, a grandes custos, consegue comprar um novo capote e é roubado no mesmo dia em que o inaugura. Segue-se então, uma via-crúcis pela burocracia russa.

Ponderação:
O Capote desenvolve uma visão realista até se findar em uma conclusão completamente absurda. A jornada social e desesperada de Akaky, um copista do governo, em busca de dinheiro para comprar um capote novo. O homem consegue cumprir com seus objetivos. Daí, tudo corre por água abaixo. O Capote desaparece e se submete a várias tentativas de reaver seu capote, não o consegue de volta. 
Incrível como é atual no que se trata das relações humanas. O conto é bem bacana e atual. Temos abuso de poder. E burocracia então? Apesar de ser uma ficção russa de meados do século XIX, poderíamos dizer que há muito de burocracia verde-amarela.




Fúlvio Stefanini

Fúlvio Stefanini: Abrindo as Gavetas.
Nilu Lebert. São Paulo. Imprensa Oficial. 2010. 248 páginas no formato digital. {Coleção Aplauso}

Sinopse:
Nos palcos e nas telas há mais de cinco décadas, Fúlvio Stefanini é um artesão de tipos inesquecíveis. Seus trabalhos no cinema, teatro e televisão renderam-lhe diversos prêmios da crítica especializada e de um público fiel. Criador de tipos inesquecíveis como o galã Tonico Bastos (na novela Gabriela), Fúlvio é um verdadeiro artesão de personagens - nos quais imprime uma humanidade capaz de torná-los íntimos do espectador.

Ponderação:
Depois de meses, lendo um pouco de cada rincão literário do planeta; ler esse perfil, foi maravilhoso. Retornar ao tempo da ociosidade bendita da adolescência! Conhecer o outro lado da produção da telenovela,  do cinema e teatro. Verificar a mesma opinião, no conceito, sobre obras literárias em outro suporte/meio, de um professor de jornalismo cultural mencionou, tem valor de  ser outra obra, podendo significar melhoria ou desastre. Como exemplificado em "Tonico Bastos" de Fúlvio ser melhor do que o de Jorge Amado em 'Gabriela, cravo e canela' .