30 de março de 2024

Ela se chama Rodolfo

Ela se chama Rodolfo
Julia Dantas. São Paulo. Dba Editora. 2023. 263 páginas.

Sinopse:
Murilo acaba de se mudar para um apartamento no qual a antiga moradora, Francesca, deixou uma tartaruga. Seguindo ordens recebidas por e-mail, tenta entregar o animal por meia Porto Alegre. A peregrinação parece inocente, mas a escritora Julia Dantas sabe que não há nada mais radical e transformador do que o encontro entre pessoas, quando minimamente desarmadas.

Ponderação:
O bom do livro encontra-se na agilidade da leitura, onde o capítulo mais curto é um paragrafo  e o mais longo não passa de cinco páginas.  As peregrinações de Murilo poderiam ser evitadas, se ele  ao encontrar a tartaruga de nome Rodolfo, a levasse ao Centro de Zoonose da cidade. Assim, Murilo, um ser conformista com a vida que leva, não ficaria tão incomodado com as atitudes alheias. Ao menos, ele aprendeu a não ir atrás de portas fechadas. Mesmo assim, a estória reflete o que somos através do afeto, traumas e nossa identidade.

Esse trecho/diálogo é um bonito significado sobre saudade. E o melhor no livro.  
[...]
- A alegria, que cor tem?
Ela abre os olhos, acordada pela pergunta. Fica séria.
- Verde. A alegria é verde.
- E a felicidade?
- Azul.
- Tristeza?
- É branca.
- O medo?
- Um cinza sem fim.
- E a saudade?
Francesca sorri de novo.
- A saudade é quente. A saudade abraça, acarinha, sussurra, canta baixinho e  nos coloca pra dormir.
- Como o amor?
- Saudade é um dos nomes do amor.
- Tu acha que o amor tem muitos nomes?
- Alguns. O meu  preferido é atenção. 
[...]



13 de fevereiro de 2024

Fevereiro em chamas

Fevereiro em Chamas
Adriano Dolph. São Paulo. RC Editores. 2022. 278 páginas.

Sinopse:
Os incêndios dos edifícios Andraus (1972), Joelma (1974) e Grande Avenida (1981) são o tema do livro “Fevereiro em Chamas”. O autor é o jornalista Adriano Dolph, repórter que atuou na TV Gazeta por mais de 20 anos, que desenvolveu a produção da obra durante 15 anos. “Foi um trabalho jornalístico fruto de uma intensa pesquisa, após a revisão de quase dez mil páginas de documentos de fóruns, jornais e até arquivos da Ditadura Militar, mais de 2 mil fotos foram consultadas, e quarenta entrevistas realizadas. Foram diversas informações para checar, analisar e que contribuíram para revelações e informações inéditas”, afirma o escritor. O prefácio foi escrito pela jornalista e pesquisadora Cilene Victor, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e referência na área de comunicação de riscos de desastres e jornalismo científico e ambiental. “Quando recebi o convite do jornalista Adriano Dolph para escrever este prefácio, já sabia que teria em mãos uma obra de fôlego, resultado de um trabalho incansável de pesquisa e apuração.” Segundo Dolph, muitas informações passaram por uma detalhada análise e investigação. “Quando iniciei a pesquisa, encontrei muitas informações e dados confusos, que geraram uma série de distorções na imprensa, e até lendas urbanas. A ideia é restabelecer uma conexão entre os dados disponíveis e a informação correta, de qualidade. E os documentos analisados foram fundamentais.”

Ponderação:
Volta e meia, temos notícias de algum incêndio de grandes proporções, com ou sem vítimas fatais. Bem, a verdade, neste caso, sempre teremos vitimas fatais, em virtude da destruição física, psicológica e histórica do acontecimento, na maioria das vezes, motivado por mãos 'invisíveis' humanas.
A leitura deste livro reflete a busca de outro, resultado de uma conversa com uma colega de trabalho, a respeito do Edifício Joelma, localizado na proximidade da Praça das Bandeiras, aqui no centro da cidade de São Paulo
Todos os três edifícios sinistrados, sobreviveram e continuam de pé. Após longa reforma e, em constante, fiscalização. O mais triste é o Joelma. A vida, alí, parece não renascer.
O autor realizou uma densa pesquisa, focalizando o trabalho da mídia, rádio e televisão, mais a imprensa escrita, o trabalho obstinados dos homens do Corpo de Bombeiros, que, então, não tinham recursos físicos e materiais para impedir a propagação do sinistro. Até, hoje, trabalham mais com a coragem do que propriamente o dever de salvar vidas.


26 de janeiro de 2024

Aviso 25

                                                          Querido leitor, querida leitora!


Labas Rytas! Good Morning! ¡Buenos Días! Bom Dia!


2023, continuou sendo mais um ano de desestabilização emocional no processo de leitura, pelo nosso envolvimento em obras de cunho político e, não nos motivou a realização de resenhas. O momento pelo qual estamos vivenciando não é propício nas abordagens do chamado 'politicamente' correto ou incorreto. E, aliado, a pequenos problemas em nossa saúde. Mais, confronto tecnológicos, no aspecto de conexão com a vida online. Assim sendo, continuamos, com várias obras, parcialmente, lidas. Totalizamos 29 livros lidos com 7.827 páginas. Não contabilizados os digitais...

Até...