8 de fevereiro de 2014

Anos Rebeldes

Anos Rebeldes
Gilberto Braga. Adaptação: Flávio de Campos. São Paulo. Globo. 1992. 206 páginas.

Sinopse:
O passado recente dos primeiros anos da ‘ditadura militar’ no Brasil, tendo como personagens centrais jovens estudantes cariocas que enfrentam os dilemas impostos pela situação gerada pelo regime..

Ponderação
A trama central gira em torno do triângulo amoroso formado por Edgar Paranhos Ribeiro, Maria Lúcia Siqueira Damasceno e João Alfredo Galvão, sendo compartilhada com a família e amigos, aliada à situação em que se encontrava o país na época do que ficou conhecida como Ditadura Militar. Havia várias na América do Sul. O livro é diferente da minissérie e mais consistente. A história é contada através do diário de Maria Lúcia e cartas trocadas entre os personagens e narrada pelo Edgar. 
Desde que a minissérie saiu em DVd, criei o hábito de rever aquelas cenas, a cada quatro anos, em ano eleitoral geral, que, também, estão no livro, a carga emocional é maior e há uma espécie de dúvida! Em contrapartida criada pela chamada “Esquerda Festiva” narrada em prosa em verso fez o quê? Vivi, também, aqueles anos, sob uma ótica diferente, mas era mais agradável o ambiente. Quizá, tínhamos mais tranquilidade. Maria Lúcia amou João com todas as suas forças. Tentou seguir seus passos, afinal de contas, quando amamos, tentamos nos acomodar no que o outro faz. Maria Lúcia era chamada de alienada. Ora! Era uma alienada com os pés no chão, ela sabia exatamente que não servia para nada toda aquela história de militância de esquerda. Ela conhecia o outro lado da moeda. Maria Lúcia construiu aos trancos e aos barrancos uma vida sossegada com objetivos futuros a serem realizados.
A “Esquerda Festiva” daqueles anos fez um João Alfredo Galvão patético, igualmente a tantos outros pelo Brasil afora. Ele foi incapaz de perceber a necessidade de ser ‘presente’ para as pessoas que o amavam. Sim, João não construiu nada para ser lembrado. Sua preocupação era em exigir mais isso para os fulanos não sabia das contas, que não tinham nada a ver com a realidade dele e de seus amigos. Só sabia ser presente para não sabia das contas de quem quer que fosse. No momento, em que poderia ser feliz e construir uma vida e raiz, ele vai atrás não sei de que sabia das contas. Possivelmente, se houvesse continuidade, seria algum político, discursando pelo direito não saber das contas. João não aprendeu que não se pode acabar com os ricos na ânsia de melhorar os pobres, tirando dos ricos para dar aos pobres. Temos é que ensinar ricos e pobres na mesma proporção para terem condições de sobrevivência em igualdade.
Assim, como João e tantos outros pelo país afora, ditaram e gritaram tanto por direito disso, direito daquilo e, esqueceram-se do que há de mais importante em qualquer sociedade civilizada: Dever. Sim! Para uma sociedade equilibrada, para cada Direito há sempre um Dever e para cada Dever há sempre um Direito.
De tudo, a Esquerda Festiva tomou o poder e daí?



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