29 de junho de 2014

Por que os cães são assim?

Por que os cães são assim?
Why dogs do that. Tom Davis. Trad. Otacílio Nunes. Ilustr. Peter Ring. São Paulo. Publifolha. 2003. 95 páginas.

Sinopse:
Por que os cães adoram roer móveis? Por que eles insistem em dormir na cama com você? Por que andam em círculos antes de se deitar? Este livro oferece fascinantes explicações sobre o comportamento dos cães, respondendo a diversas dúvidas com um texto bem-humorado e desenhos detalhados.

Ponderação:
Na primeira leitura foi de forma aleatória, desta vez possibilitou fazer avaliações e comparações. Fico me perguntando se John Grogan chegou a ler para entender melhor o seu Marley? Já estou conformada, não poderei mudar a Perrita, mas dará para tentar acalmá-la. 
O livro é composto de 42 perguntas e suas 42 respostas. Da página 8 a 95, compreende a seguinte diagramação: páginas pares - Ilustração e nas ímpares - Texto formatado em duas colunas com informação básica da herança genética dos cães no seu comportamento remonta ao lobo. Quer dizer: o básico científico.
A ilustração da página 94 corresponde, humoristicamente, aquela pessoa que tem horror ou odeiam cão. Algumas explicações encontradas neste livro, proporcionou-me lembranças relacionadas ao Babalú (como no dia em que ele correu atrás do Pe. Franco - virou fato hilário.).



Las Luces de Septiembre

Las Luces de Septiembre
Carlos Ruiz Zafón. Barcelona. Planeta. 2010. 317 páginas.

Sinopse:
Un misterioso fabricante de juguetes que vive recluido en una gigantesca mansión poblada de seres mecánicos y sombras del pasado... Un enigma en torno a extrañas luces que brillan entre la niebla que rodea el islote del faro. Una criatura de pesadilla que se oculta en lo más profundo del bosque... Estos y otros elementos tejen la trama del misterio que unirá a Irene e Ismael para siempre durante un mágico verano en Bahía Azul. Un misterio que los llevará a vivir la más emocionante de las aventuras en un laberíntico mundo de luces y sombras.

Ponderação:
Enquanto lia esse volume que é a complementação da Trilogía de la Niebla, foi necessário fazer uma pausa e ler as anotações feitas durante a leitura dos cinco livros anteriores de Zafón. O nome Andreas Corelli não pareceu-me estranho, o que de fato ele seria utilizado mais tarde e com certa importância em 'El Juego del Ángel'.
Bom, para quem está pegando o bonde agora, vale lembrar que as postagens feitas: Em 14/09/2013, "A sombra do vento" e "La Sombra del Viento"; em 19/09/2013, "El Juego del Ángel" e "El Prisionero del Cielo" são considerados da fase adulta ou amadurecimento do autor. Em 27/10/2013, "El Príncipe de La Niebla" e "El Palacio de la Medianoche", obras tidas como juvenis.
Em contrapartida, no blog allagumauskas.blog.uol.com.br, em 27/10/2013, "Zafón duplo"; em 03/03/2013, "Jogo do Angel"; em 09/06/2013, "Prisioneiro do Céu"; em 15/07/2012, "Livros Esquecidos" há mais algumas considerações.
Agora, a considerar,  o fato de o autor gostar de aventuras, mistérios e segredos, parecendo conjugar com a imortalidade, poder e riqueza próximo de um Dorian Gray. Diz que não devemos fazer pacto a cegas como mostra essa trilogia e só é possível eliminar a malignidade com orações e o sinal da cruz, fator que os nossos personagens não se habilitaram a fazer e nem o autor conduz a isso. Poderá-se-ia concluir que o verdadeiro amor, também, leva a destruição da negatividade humana.



Brasil: Histórias, costumes e lendas

Montagem do principal que há no
livro, pois a Capa original ficou
estragada.
Brasil: Histórias, costumes e lendas
Alceu Maynard Araújo. São Paulo. Editora Três. 1973. 326 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Brasil, histórias, costumes e lendas possui ilustrações de José Lanzellotti. É o tipo de livro que você adquiri semana a semana e, neste caso, formou um único volume. Na verdade, deseja apenas que você saiba mais sobre sua terra ou simplesmente conferir aqui seu conhecimento de Brasil.
É um livro, este, que procuramos mostrar o homem, o seu ambiente, seu trabalho, as suas diversões, as suas crenças, região por região, pedaço por pedaço deste Brasil.
São histórias, costumes e lendas que tem a idade de nossa terra e do  homem que fez a nossa terra. Tipos e costumes que muitas vezes somente sobrevivem no nosso folclore ou na nossa fantasia.
Olhando e verificando as imagens e texto, penso no que foi perdido e esquecido nesta terra, com a desculpa de integrar o mundo globalizado. Pequenas coisas que faziam a diferença do cotidiano deste meu país-continente. Que cresceu, mas tudo morreu...



23 de junho de 2014

Estorvo

Estorvo
Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque). São Paulo. Companhia das Letras. 1991. 142 páginas.

Sinopse:
Primeiro romance do compositor, aclamado pela crítica como a grande revelação de nossa literatura. A campainha insiste, o olho mágico altera o rosto atrás da porta e o narrador inicia uma trajetória obsessiva, pela qual depara com situações e personagens estranhamente familiares. Narrado em primeira pessoa, Estorvo se mantém constantemente no limite entre o sonho e a vigília, projeções de um desespero subjetivo e crônica do cotidiano. E o olho mágico que filtra o rosto do visitante misterioso talvez seja a melhor metáfora da visão deformada com que o narrador, e o leitor com ele, seguirá sua odisseia. 

Ponderação:
Na onda de Chico Buarque há cinco dias, já que o escrito, aqui, tem muito haver com memória das leituras, de mais longe e de mais perto. O distanciamento da crítica e de outros leitores, promove uma abordagem diferenciada. Portanto: A percepção foi completamente diferente apesar de eu ter experimentado a mesma sensação de confusão mental gerada pela leitura de Ópera do Malandro. A narrativa na primeira pessoa acompanha um ritmo que pareceu ser o das ideias, sem muitas explicações, como se já estivéssemos na mente do protagonista e pudéssemos saber exatamente quem eram aquelas pessoas, o que faziam, que lugar era aquele e o que havia sido o passado; o legal no livro é não ter dado nome a ninguém e lugares.



Ópera do Malandro

Ópera do Malandro
Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque). São Paulo.  Círculo do Livro.   1978. 248 páginas.

Sinopse:
Escrita em 1978, a peça retrata através da época Getulista os mecanismos da expansão capitalista no Brasil. Identificando o modo como isso se estrutura através da malandragem, Max Overseas, malandro carioca e bom vivant, acaba sucumbindo por não acompanhar esse processo de modernização. 

Ponderação:
Gosto de texto teatral, dando a oportunidade de criar o cenário ao meu belo prazer, mas o livro em questão não me foi possível esse trabalho criativo, já que tinha conhecimento das músicas e sucesso das mesmas. É fantástica a cena de Geni e o Zepelim, sendo a Geni uma representante do que há de mais digno no ser humano. Ela toda mal-vista pela sociedade, porque não se encaixava no parâmetros exigidos, faz o salvamento de todos. 



22 de junho de 2014

A Garota Americana

A Garota Americana
All american girl. Meg Cabot. Trad. Ana Ban. Rio de Janeiro. Record. 2004. 347 páginas.

Sinopse:
O cotidiano de Samantha, uma típica garota americana, que leva uma vida muito parecida com a de tantas outras meninas de sua idade. Até que um dia resolve matar aula de arte e, por acaso, salva o presidente americano de uma tentativa de assassinato. Samantha logo vê sua vida virar de cabeça para baixo ao ser nomeada embaixadora da ONU, sem saber exatamente o que o cargo significa.

Ponderação:
Embora um pouco chato, mais uma história da crise existencial da/na adolescência, a autora enfocou a questão do filho do meio, filho-sandwich. É ele que leva sempre a pior e nunca é reconhecido pela suas capacidades físicas, intelectuais e culturais. Também passa por cima do chamado protocolo de evento do qual Samantha passa na ONU. É divertido o texto.




Vídeo 1993

Vídeo 1993
Celso Arnaldo de Araújo. São Paulo. Nova Cultural. 1993. 896 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Mais um da série 'Guia' da Abirl/Nova Cultural. Esse foi mais uma publicação, visando a apresentação do vídeo cassete, posterior DVd e antes do 'Google'. A capa anuncia "O mais completo guia dos filmes nas locadoras"; bom para aquele ano e, hoje, serve de referência para quem não encontra na internet (não há tudo na internet). Diz ainda: - 7.839 filmes com resumo e cotação (não encontrei o que ando buscando) e 1.189 filmes novos, em 1993, sendo 160 melhores do ano. Tudo isso num universo de quase 8.000 títulos. Aqui, há uma novidade, para quem como eu, gosta de assistir filmes e falar sobre eles não por seus diretores, mas sim, por atores e atrizes, com uma listas de 560 atores, 6 atrizes e 163 diretores.
La na página 405, na seção Drama há o verbete A Princesa e o Plebeu filme de 1987, uma refilmagem de 1953, mencionando o belo trabalho de Audrey Hepburn e Gregory Peck. Mas a cidade de Roma continuava sempre bela, tanto em 1953 como 1987. 



21 de junho de 2014

Astros & Estrelas

Astros & Estrelas e seus filmes em Vídeo
Luciano Ramos e colaboradores. São Paulo. Nova Cultural. 1990. 488 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Para início de conversa, nenhuma obra deste tipo pode ser vista como completa, pois sempre há algo faltando e se o leitor tiver a mesma experiência que tenho, com certeza vai encontra uma falha. E, esse Guia não vai ser diferente.
A era do vídeo cassete e, mais tarde, do DVd estava no início, neste volume encontramos 540 biografias de artistas do  cinema mundial, juntamente com 1941 filmes com cotação.
Quando se vai folheando, sem ler, só olhando, vamos observando atores e atrizes que vimos uma vez só no cinema ou em algumas série, percebe-se, então, que são aqueles cuja luz dos holofotes brilharam rápido demais para uma longa carreira.



Ídolo Teen

Ídolo Teen
Teen Idol. Meg Cabot. Trad. I. Alves Callado. Rio de Janeiro. Record. 2006. 270 páginas.

Sinopse:
Jenny Greenley, estudante do ensino médio, é boa em solucionar problemas... tão boa que se tornou a conselheira anônima do jornal da escola. Ainda que resolver os problemas dos outros não faça os seus desaparecerem - como o de não ter namorado -, é uma tarefa muito divertida. Mas quando o jovem Luke Striker, ídolo das telas, vai à cidadezinha de Jen fazer "laboratório" para um personagem, cria um tumulto que nem mesmo a sensata Jenny sabe se pode consertar... Principalmente porque está mais do que envolvida na história. Será que Jen, a confidente de todas as horas, que sempre consegue ajudar todo mundo, vai aprender a seguir o próprio conselho e finalmente encontrará o verdadeiro amor?

Ponderação:
Geri Lynn vivia falando sobre o papel vital dos jornalistas na criação ou destruição da carreira das celebridades, ao passo que Luke (Lucas) não se esforçava para esconder sua opinião de que os jornalistas são uns enxeridos, que dão facadas pelas costas e só querem ganhar um troco. Curioso é como a Autora remete a assunto que foram esquecidos. Caso de o Martelo de Lúcifer, ela analisa a maneira pela qual vamos à busca da informação.



20 de junho de 2014

Bar Don Juan

Busquei a Imagem na Internet, realmente não
lembro-me da capa e da edição.
Bar Don Juan
Antônio Callado (1917-1997). Civilização Brasileira. 1974. 218 páginas.

Sinopse:
Marcado pela desilusão e pela amargura dos projetos de luta armada entre os setores da esquerda na classe média, o autor narra a vida de um grupo de amigos que se envolve no combate à ditadura em meio à discussões políticas na boemia carioca. Envolvidos na luta armada, mas nas relações amorosas, enredados em conflitos pessoais e políticos, os personagens são autênticos, revelando um quadro bastante rico sobre a resistência contra a ditadura militar brasileira. Com um sentido de crítica às experiências da luta armada, o livro se propõe a pensar quem eram, afinal, esses homens e mulheres que pegaram em armas para lutar pela democracia.

Ponderação:
O texto, a seguir, é o resultado de análise coletiva com mais ideias do mestre do que dos alunos. Naquele ano, de 1995, - Cursava o segundo ano de Letras-Espanhol/Português e não li a obra de Jorge Amado, citada abaixo e Quarup, - o que li foi muito a contra gosto, pois minha fase de aperfeiçoamento estava tumultuada por excessos de fora do mundo literário.

Bar Don Juan
Consiste em uma guerra de bar, isto é, o processo histórico fora interrompido... Havia a necessidade que se associava ao tédio, que era o de abrir um bar.
Entre o Leblon e as selvas da Bolívia, no romance de Callado, havia pelo menos uns dez botequins, um pequeno número de personagens desorientados, uma guerrilha de aparência sacrossanta e um problema sem solução: - o dia seguinte da esquerda festiva. Houve anos mais tarde esse dia. A clandestinidade da esquerda durante o /Estado Novo fez com que um de seus militantes, Jorge Amado, escrevesse o conto roto, porém serem pretensões épicas, em "Subterrâneos da Liberdade", os projetos esquerdistas da década de 1960 levaram "o doce radical" à essa história. O comunista de Jorge  Amado, escupido no granito do stalinismo, é um herói grego de caráter e coragem. Os guerrilheiros de Callado, desenhados pelo traço leve e irônico do seu próprio liberalismo político, são uma espécie de exército de Brancaleone alimentado pelos conflitos "nouvelle vague" do cinema.
Nesse "Bar Don Juan" há um clima permanente insanidade. As personagens se movem de uma forma tão desordenada que as situações vão parecendo normais, até que estão embrenhados na selva boliviana a um passo da morte, como se estivessem em Ipanema, porém.
Todos esperavam a revolução que um Messias haveria de impulsionar e todos acreditam que, se 'o comandante' Che Guevara resolveu fazer guerrilha na Bolívia, o sinal dos céus demonstra que a libertação do mundo haveria de ter começado, no século XX, na Bolívia.
A história, porém, acaba como fora noticiada nos jornais: o comandante, com as mãos decepadas, foi depositado sobre dois tanques de lavar roupas dentro de uma escola da cidadezinha de Higueras.
No "Bar Don Juan" sente-se falta de uma personagem como o padre Nando, de "Quarup", romance anterior e bem sucedido. As longas discussões intelectuais para guerrilheiros e exageradamente primárias para intelectuais. Como todas as discussões da esquerda festiva que Callado, impassível, nunca cortejou.
Contudo, o livro perdeu a oportunidade de ter servido como uma crônica dos usos e costumes dos revolucionários de beira de praia, pois as personagens de Callado conhecem demais as boas marcas de uísque para poderem se permitir combates fora dos bares que frequentam, lotam e lotaram na vida real.
Do ponto de vista literário, o "Bar Don Juan" está além das outras obras do autor, mas como uma tentativa de narração do caos da festa esquerdista, se não for um romance louvável, é e fora pelos menos, apenas uma boa advertência.




Prazer

Prazer, Instantes de Reflexão
Renan Camará, org. São Paulo. Melhoramentos. 1995. 64 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Coletânea inesquecível das mais belas frases da sabedoria universal, provérbios, máximas e pensamentos de autores ilustres reunidos em grande tema: Prazer. Taí, um daqueles livrinhos, que em algum momento da vida, se carrega na bolsa ou na pasta. Para aqueles dias, quando se está de baixo astral, onde pensamos e dizemos a nós mesmos - Hoje não devia ter saído da cama. As vezes, um provérbio, uma máxima ou uma frase consegue levantar aquele sentimento de desagrado e inutilidade. Alguns exemplos:

"Beber a grandes tragos extingue a sede; beber em pequenos goles prolonga o prazer da bebida. Assim é também com relação ao prazer do amor. E com tudo o mais na vida." = Provérbio Lituano

"Se escolheres o prazer, conscientiza-te que atrás dele há alguém que só te trará atribulações e arrependimento." = Leonardo da Vinci

"A liberdade me ensinou e mutio bem que nela se concentra todo o prazer possível." Margarida de Angoulème, rainha de Navarra



19 de junho de 2014

Um Olhar Diferenciado

Um Olhar Diferenciado com proposta interdisciplinar: Dirigido aos pesquisadores da educação
Ivete Maria Rocha Ferreira. São Paulo. Joim. 2006. 103 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Ops! Quero dizer algo, esse livro é um daqueles em que foi feita a leitura antes de sua publicação oficial. Edição pequena. E, até hoje, não entendi o prefácio, pareceu-me sem conexão com o conteúdo exposto no tema central.
O conteúdo deste livro não é novidade na revolução cultural, na educação e na comunicação. há alternância na linha de raciocínio, usando palavras chave dentro da 'linguística', escrevendo sobre técnicas de treinamento ou técnicas de ensino, tecendo comentários sobre alguns fundamentos sobre ideias e artigos sólidos, agindo estudiosos, grandes mestres na arte de ensinar, cada um com sua técnica e seu brilhantismo, na profissão, mais antiga na arte de transmitir conhecimento e a mais bela, na carreira de qualquer pessoa, ouvir as primeiras letras ou palavras, pronunciadas por um ex-analfabeto, não importando a sua idade, se é criança, adolescente ou adulto.
Depois, não sei qual foi a reação das leitoras e dos leitores, do trabalho da autora e do meu trabalho  na Coordenação Editorial.



Sorte ou azar?

Sorte ou azar?
Jinx. Meg Cabot. Trad. Ivanir Alves Calado. Rio de Janeiro. Galera. 2008. 285 páginas.

Sinopse:
A falta de sorte parece perseguir Jinx onde quer que ela vá — e por isso ela está tão animada com a mudança para a casa dos tios, em Nova York. Talvez, do outro lado do país, Jinx consiga finalmente se livrar da má sorte. Ou, pelo menos, escape da confusão que provocou em sua pequena cidade natal. Mas logo ela percebe que não é apenas da má sorte que está fugindo. É de algo muito mais sinistro... Será que sua falta de sorte é, na verdade, um dom, e a profecia sob a qual ela viveu desde o dia que nasceu é a única coisa que poderá salvá.

Ponderação:
Meg Cabot quer evidenciar que a história se repete? OU está fazendo sátira dos romances ditos "espiritualistas"? Sempre dou boas risadas com a maneira de escrever e narrar os fatos da autora. Vale lembrar o trabalho tradutório que facilita a trajetória da leitura.



Com licença, eu vou à luta

Com Licença, Eu vou a luta
Eliane Maciel. São Paulo. Círculo do Livro. 1983. 260 páginas.

Sinopse:
Em Nilópolis Eliane, uma jovem de 15 anos que é filha de um casal de classe média baixa, se apaixona por Otávio, um desquitado com 33 anos. Ao saberem do namoro Eunice e Mílton, os pais de Eliane, a proíbem de ver Otávio. Porém Eliane continua o namoro e fica grávida. Seus pais descobrem a situação, tendo início pressões psicológicas acrescidas de prisão domiciliar imposta pela família, que tinha levado o caso à justiça e o juiz ordenara que Eliane e Otávio podiam regularmente se ver até que a situação deles se legalizasse. Além disto uma agressão do pai a faz abortar. Eliane procura ajuda legal e descobre que sem a presença dos pais não pode reclamar por seus direitos. Desta maneira o casal decide fugir, pois esta é a única saída que resta.

Ponderação:
Li esse livro após ter assistido ao filme e a entrevista da autora, quando do lançamento do livro. Bem, o texto parece ser de amador, mas em primeira hipótese é, pois deixa claro uma denuncia para a sociedade, quando os parâmetros dos bons costumes são quebrados. Até hoje, pais da classe média sentem-se envergonhados quando sua filha de quinze anos namora um homem bem mais velho e divorciado (desquitado, então). Esse é o fio da meada do livro, tem momentos confusos, pois a autora escreve com emoção. E denuncia os padrões de ajuda legal (da época) para seguir sua liberdade de escolha. Ao fugir de casa, com o homem amado, nunca mais olhou para trás. Esse homem deu a ela o que não tinha dentro de casa, compreensão, afeto e liberdade de opinião. Também foi um alerta ao preconceito de opiniões e padrões vigentes.



15 de junho de 2014

Fernão Capelo Gaivota

Busquei a imagem da capa na Internet,
mas não é aquela lida por mim há anos...
Fernão Capelo Gaivota
Richard Bach. Trad. Antonio Ramos Rosa e Madalena Rosalez. São Paulo. Nórdica. 152 páginas.

Sinopse:
Para as pessoas que inventam suas próprias leis quando sabem ter razão; para quem tem um prazer especial em fazer as coisas bem feitas, nem que seja só para elas; para as que sabem que a vida é algo mais do que aquilo que os nossos olhos vêem.

Ponderação:
Tomei contato com Richard Bach, em 1982, justo com Fernão Capelo Gaivota, que li em dois dias, dentro do ônibus, no percurso de casa até a faculdade. Mas precisou do espaço temporal de 32 anos para a segunda leitura e compreender a filosofia do texto.
Gostaria de mencionar a tradução, a edição anterior fora outro tradutor, não tenho em mãos, foi-me emprestado. Seria um bom exercício de crítica e, quizás, o não entendimento anterior. Porém, as entrelinhas possam dizer mais - comparativamente.
- A repressão, sociedade impõe-se a regras, não permite o desenvolvimento individual de seus membros. - Hierarquia  - Ancião - Reunião do Conselho - Julgamento sumário. Torna-se um Pária, ousou pensar e desafiar a Lei do Bando (algo perto de "Admirável Mundo Novo"). E nada é mais do que o próprio pensamento. A liberdade está na fé (algo bem próximo das conversas de Jesus Cristo com seus discípulos, no Novo Testamento).
O voo está na certeza do livre pensar, acreditando na sua própria capacidade de aprender até tornar-se uma luz de ida e volta.



13 de junho de 2014

Você tem Sete Mensagens

Você tem Sete Mensagens
You Have Seven Messages. Stewart Lewis. Trad. Claudio Blanch. Belo Horizonte. Gutenberg. 2013. 251 páginas.

Sinopse:
Luna é uma adolescente que perdeu a mãe em um acidente há cerca de um ano, atropelada por um táxi nas ruas de Nova York. Ela, o pai e o irmão ainda estão vivendo a dor e tentando superar o luto. Quando Luna vai ao estúdio em que sua mãe trabalhava para recolher seus pertences, surpreende-se ao encontrar o celular dela com sete mensagens de voz não ouvidas.
A jovem começa a ouvir as mensagens uma a uma. Depois de escutar a primeira, fica intrigada e decide investigar. Com a ajuda de seu vizinho Oliver – por quem sempre nutriu uma paixão secreta –, vai ouvindo as outras mensagens e descobre segredos chocantes e fatos inesperados, reconstruindo, assim, um quebra-cabeça que revelará algo que ela nunca sonhou existir.
Seu coração, porém, experimenta um turbilhão de sentimentos. Pode a dor de uma perda tão importante conviver com o nascimento do primeiro amor? As descobertas sobre seu passado, que mudam o que ela sabia em relação a si mesma, devem ser um obstáculo para a intensa paixão que ela ousa sentir?

Ponderação:
Quatro noites e uma tarde! O Tempo da leitura. A sinopse foca no primeiro amor, mas a temática esta na perda e como enfrentar. Quando se tem 14 para 15 anos, torna-se difícil encarar as percas, mas as suportamos no momento que encontramos apoio emocional num pai, numa mãe. Sim, temos um alento e a vida segue em frente.
Luna esta há um ano sobrevivendo a perda de sua mãe. Uma morte envolta em mistérios. Ela resolve fazer uma faxina no studio que sua mãe usava, fechado desde então. Descobre o celular da mãe e outras coisas. Ao ouvir a primeira mensagem, Luna percebe algo estranho e vai a cada mensagem reconstruindo os últimos passos da mãe e descobrindo a fragilidade da relação existente entre seus pais. Um mundo imperfeito com heróis humanos e falíveis, mas solidários. A garota tenta afastar seu irmão dos problemas, talvez por ter vivido algum tempo com a avó, o menino assimilou melhor a perda, como bem mostra: - "A Borboleta Prateada" - porque quem partiu é e será sempre parte de nós numa ausência sempre presente.
O livro apresenta o lado obscuro, básico, do cinema, das modelos profissionais e das exposições disso ou daquilo. E, nem todo adolescente de classe média alta é fútil e alienado.



12 de junho de 2014

Castro Alves

Castro Alves
Marisa Lajolo e Samira Campedelli.
São Paulo. Nova Cultural. 1988. 2ª ed. 159 páginas. [Literatura Comentada]


Poesias de Castro Alves
Rio de Janeiro. Editora Conduta. 1972. Três volumes com 135 páginas cada. 



Oh! Bendito o que semeia 
Livros... livros à mão cheia... 
E manda o povo pensar! 
O livro caindo n'alma 
É germe — que faz a palma, 
É chuva — que faz o mar.

Ponderação:
Sempre gostei de poesia, mas nunca decorei nenhuma. Meus poetas preferidos são: Castro Alves, Olavo Bilac, Vinicius de Moraes, Guilherme de Almeida, Paulo Bonfim e outros menos conhecidos. Em 1998, realizei um trabalho como complemento do término do curso de Letras – Espanhol-Português com o poema de Castro Alves intitulado “O Livro e a América”, não saiu exatamente como planejei, mas foi aprovado pela mestra de então. Nas últimas semanas, lembrei-me do trabalho e do poema como também da história de vida de Castro Alves. Aí, me dei conta de como o poeta foi um contestador e nunca precisou usar de greve e depredação para conseguir o desejado, infelizmente não viveu para ver suas palavras de ordem serem usadas na forma da lei, dando liberdade àqueles oprimidos e desfavorecidos que trazidos a força, conquistaram a nossa terra. Só com o uso correto do livro e suas palavras, teremos progresso e harmonia.



7 de junho de 2014

O Amigo Fiel

O Amigo Fiel: Verdades simples de um cãozinho sabido
Dogmas Simple Truths from a Wise Pet. Bill Zirmmerman. Trad. Alípio Correia de Franca Neto. São Paulo. Pensamento. 1999. 95 páginas.

Sinopse:
Deleite-se com as experiências que a vida tem a oferecer seguindo alguns conselhos de nossos amigos caninos. Repleto de desenhos divertidos e de mensagens revigorantes, este livro se concentra nos prazeres simples da vida - do ponto de vista canino. Ache tempo para brincar mais, questione os fatos e olhe bem à sua volta para descobrir as coisas boas da vida.

Ponderação:
Já mencionei, aqui, em um dos seis livros sobre histórias caninas, que sempre há um dono disposto a narrar as peripécias dos pets. Pois bem, esse o autor homenageou o cão adotado por sua filha. É divertido, com o bom trabalho de Tom Bloom como ilustrador. Na verdade, usa momento do cotidiano colocando-se na 'possível' maneira de um cão pensar. Acredito que um cachorro pense, mas não como nós, os humanos.