30 de abril de 2014

O Encontro Marcado

O Encontro Marcado
Fernando Sabino (1923-2004). Rio de Janeiro. Record. 284 páginas.

Sinopse:
Principal livro do ficcionista mineiro Fernando Sabino, "O encontro marcado" é um romance ao mesmo tempo de formação e de costume que retrata a juventude de Eduardo Marciano e de seus amigos na Belo Horizonte dos anos 40.

Ponderação:
A mensagem mais reconfortante e inspiradora do livro é a de continuar vivendo, não importando as dores, dúvidas. Eduardo tinha dúvidas sobre sua carreira, seu amor, seus amigos, sua sexualidade, sua religião, sobre si mesmo! Mas ao final, o que nos resta. Deveríamos ter um encontro com nós mesmo e com nossos amigos. Quem sabe por onde anda aquele(la) colega mais afim, será que se deram bem na vida? O encontro marcado? Tempo?



Avalon High

Avalon High: Coronation: The Merlin Prophecy. 120 pages. Volume 1.
Avalon High: Coronation: Homecoming. 180 pages. Volume 2.
Meg Cabot. Illustrated: Jinky Coronado. New York. Harper Collins. 

Sinopse:
Volume 1
Depois do livro Avalon High, a autora Meg Cabot dá continuação a história de Will e Ellie em forma de mangá.
A mágica história do lendário rei Arthur ganha uma nova cara, quando Mega Cabot torna uma nova aluna de um colégio, com o curioso nome de Avalon High, chamada Ellie, o foco de uma luta épica entre o bem e o mal. 
Ellie é uma perfeita estudante, boa aluna e uma estrela na equipe de corrida, além de namorada do astro do futebol da escola Will. Que alguns acham ser a reencarnação do Rei Arhtur.
No entanto, essa dúvida, mas de Will que a dos que o cercam, pode se tornar um problema, dada a uma antiga profecia. Onde a falta de fé do rei poderá impedir que a nova era de Iluminismo chegue ao mundo.
Então será responsabilidade de Ellie convencê-lo que realmente é a reencarnação do rei Arthur. "Então, sem pressão."

Volume 2
Cabot's tale of Arthurian legend relived by modern-day teenagers continues. Ellie—still not entirely convinced that she is the Lady of the Lake—wants to reunite Will (the reincarnation of King Arthur) with his estranged parents, but her plans are interrupted by the appearance of Will's half-brother Marco. Recently released from a mental hospital, Marco claims to no longer believe he is Mordred, but is he telling the truth? Or is it all a ploy to keep Will from accepting his true identity in time to save the world? And, in the meantime, will mean girl Morgan's schemes force Ellie out of the running for Homecoming Queen? Coronado's black-and-white illustrations add details not spelled out in the text, allowing readers to see (literally) the past and present incarnations of the characters. A promising series from a proven author.

Ponderação:
Meu primeiro contato com Mangá e é bem interessante, visto que a leitura, no idioma inglês, está focada no meu aprendizado da língua mais falada do Planeta.




29 de abril de 2014

Em Algum Lugar do Passado

Em Algum Lugar do Passado
Richard Matheson (1926-2013). Trad. Luísa Ilbañez. São Paulo. Nova Cultural. 1988. 269 páginas.

Sinopse:
Richard Collier é um jovem teatrólogo do século XX que se apaixona obsessivamente por uma fotografia de Elise McKenna, atriz de sucesso que viveu no século XIX, em Chicago. Richard fica tão encantado com a imagem de Elise que decide fazer uma pesquisa sobre a vida da artista, e descobre que eles têm muitas afinidades. Numa tentativa de se desligar do presente para viver essa paixão intensa, ele se submete a uma auto-hipnose que o transporta no tempo. Mas há um elemento-surpresa na regressão ao passado - Richard tem de enfrentar o empresário ciumento da atriz, William Fawcett.

Ponderação:
Filme primeiro. Livro Depois. Amor Impossível. Tá legal. Não entendi. Essa estória de conhecer o passado pessoalmente deixou uma pedra no contexto narrativo. Pura fantasia.



Discurso sobre o Método

Discurso sobre o Método
René Descartes (1596-1650). Hemus. 1975. 100 páginas.

Sinopse:
"Penso, logo existo." Tal proposição resume o espírito de René Descartes (1596-1650), sábio francês cujo Discurso do método inaugurou a filosofia moderna. Em 1637, em uma época em que a força da razão tal qual a conhecemos era muito mais do que incipiente, e em que textos filosóficos eram escritos em latim, voltados apenas para os doutores, Descartes publicou Discurso do método, redigido em língua vulgar, isto é, o francês. Ele defendia o "uso público" da razão e escreveu o ensaio pensando em uma audiência ampla. Queria que a razão – este privilégio único dos seres humanos – fosse exatamente isso, um privilégio de todos homens dotados de senso comum.
Trata-se de um manual da razão, um prático "modo de usar". Moderno, Descartes postulava a idéia de que a razão deveria permear todos os domínios da vida humana e que a apreciação racional era parâmetro para todas as coisas, numa atividade libertadora, voltada contra qualquer dogmatismo. Evidentemente, tal premissa revolucionária lhe causaria problemas, sobretudo no âmbito da igreja: em 1663, vários de seus livros foram colocados no Index. Razão alegada: a aplicação de exercícios metafísicos em assuntos religiosos. Discurso do método mostra por que Descartes – para quem "mente", "espírito", "alma" e "razão" significavam a mesma coisa – marcou indelevelmente a história do pensamento.

Ponderação:
Quando li foi para o acompanhamento das aulas de Metodologia da Pesquisa, na primeira faculdade. De lá para cá, tive novamente aulas de Metodologia e simplesmente, não consegui avaliar, se eu não entendi ou se o professor não passou corretamente a matéria em questão. Uma coisa, sei hoje, qualquer pesquisa que se faça, nós não vivemos na época de Descartes, que podia ficar horas a fio pensando em uma determinada lógica... Hoje, existem várias lógicas e nenhuma podemos ficar observando e, claro, a vida continua...




Avalon High

Avalon High
Avalon High. Meg Cabot. Trad. Ana Ban. Rio de Janeiro. Record. 2007. 350 páginas.

Sinopse:
Avalon High pode não ser exatamente o lugar onde Ellie gostaria de estudar, mas até que não é tão ruim assim. Uma escola americana normal, freqüentada pelos mesmos tipos de sempre: Lance, o esportista; Jennifer, a animadora de torcida; e Will, o presidente da turma, jogador talentoso, bom moço... e muito charmoso! 
Mas nem todos em Avalon High são o que parecem ser... nem mesmo Ellie, como ela logo vai descobrir. Depois de um esbarrão durante uma corrida no parque, os destinos de Ellie e Will parecem estar irremediavelmente entrelaçados. 
Ela começa a notar uma série de estranhas coincidências entre o seu cotidiano e a lenda do Rei Arthur – nomes similares, triângulos amorosos, sociedades secretas – mas qual seria seu verdadeiro papel nessa história? Como em Camelot, estariam seus novos amigos fadados a um trágico destino? E pior, o que ela pode fazer para impedir que uma profecia milenar se cumpra mais uma vez? 
Misturando fantasia, história e romance, Meg Cabot acerta mais uma vez. Uma versão inteligente e bem-humorada da lenda arthuriana,

Ponderação:
Gosto da maneira como Meg Cabot escreve, pelo menos a tradução ao português de suas obras tem-se mantido com a mesma tradutora, isso é bom. Esse é outro dos vários livros que dou verdadeiras e sonoras risadas.



O Maior Milagre do Mundo

O Maior Milagre do Mundo
Og Mandino (1923-1996). Trad. Affonso Blacheyre. Rio de Janeiro. Record. 1983. 131 páginas.

Sinopse:
Nesta obra, Og Mandino ultrapassou a meta alcançada em o maior vendedor do mundo. Graças às suas experiências pessoais, conseguiu criar para os leitores um personagem cuja intervenção é decisiva na vida de todo homem, sobretudo nas circunstâncias mais difíceis de nossa existência. O maior milagre do mundo revelará ao público os horizontes da felicidade, da segurança e da realização pessoal apresentados em o maior vendedor do mundo. Onde termina o vendedor começa o milagre.

Ponderação:
Sem dúvida, O Memorando de Deus, é a síntese de tudo. Mas o gerânio de vidro; o cavalheiro, no meio da neve em Nova York, alimentando pombos foram as imagens marcantes, até hoje, da leitura.



28 de abril de 2014

A Arte de Amar

A Arte de Amar
Erich Fromm (1900-1980). Trad. Milton Amado. Itatiaia. 1976. 126 páginas.

Sinopse:
A Arte de Amar apresenta um desafio aliciante: estamos ainda longe de compreender a radicalidade do amor - o que poderemos fazer para amar verdadeiramente? Esta pergunta é tão fundamental e inovadora para o leitor contemporâneo como o era para os primeiros leitores desta obra, em 1956. Para encontrar a resposta, o conceituado psicanalista Erich Fromm elabora uma reflexão profunda mas acessível sobre as riquezas e os riscos das diversas formas de amor (materno, paterno, filial, fraterno, erótico, romântico, religioso, místico), baseando-se na sua experiência como psicanalista e nas principais tradições religiosas e filosóficas do Ocidente e do Oriente. Traduzido para mais de vinte e oito idiomas e com mais de cinco milhões de exemplares vendidos só nos Estados Unidos, A Arte de Amar é um clássico do século XX, indispensável à compreensão do mundo em que vivemos e do nosso próprio comportamento como indivíduos. Uma leitura que ajudará definitivamente a tomar consciência do desafio que é amar e como a arte de amar poderá realmente transformar o mundo.

Ponderação:
A leitura desta obra foi coqueluche nos anos 1960 e 1970. Em "Anos Rebeldes" há uma cena, quando mostra uma das personagens lendo-o. Estou pensando em ler novamente.



27 de abril de 2014

A Pérola

A Pérola
John Steinbeck (1902-1968) trad. Pinheiros Lemos. Rio de Janeiro. Record. 114 páginas.

Sinopse:
A Pérola é uma fábula sobre um índio mexicano que encontra uma pérola maravilhosa que só lhe traz infortúnios.

Ponderação:
A Pérola foi lido por indicação de mamãe, após ter assistido um especial na TV Globo, com Dina Sfat no papel da mãe do menino picado por escorpião. Já faz um bom tempo isso. Mas o teor é ser feliz com pouco e ser destruído com muito. E a mesquinhez humana.
O livro que li, sumiu na casa de uma amiga; ela procurou um novo para devolver, mas não encontrou. Eu mesma, tive que esperar vários anos para ter uma nova edição. Até hoje, lembro da boa interpretação de Dina.



A Filha do Silêncio

A Filha do Silêncio
The Daughter of Silence. Morris West (1916-1999). Trad. Brenno Silveira. São Paulo. Nova Cultural. 1987. 329 páginas. (Best Sellers) # São Paulo. Klick Editora. 1997. 241 páginas. (Coleção Supertítulos/Estadão) .

Sinopse:
Em A Filha do Silêncio, um crime aparentemente frio e incompreensível é cometido em plena luz do sol em uma aldeia na Toscana, na Itália. A assassina vai a julgamento. É aí que vem á luz uma conspiração de silêncio feita por várias pessoas, todas ligadas a outro crime, cometido 16 anos antes. Morris West não brilha apenas por relatar o trâmites legais de um julgamento extremamente complicado, mas também por entremear com maestria os dramas pessoais do advogado de defesa e dos membros de sua família. 

Ponderação:
O direito foi pervertido pela política, pelo poder, pela conspiração deliberada.”, qualquer semelhança com o Brasil atual não será mera coincidência? Ou será? Deixemos as divagações filosóficas e políticas de lado, a frase citada é, também, aplicada aos seres humanos.
Divertido, sim, foi ler a história em duas edições e tratamento gráfico diferenciado e como na vida tem sempre uma primeira vez, eis o ocorrido: - A edição de 1987, quando chega “... uma dedicação ...” última palavra da página 174 não terá continuação lógica na 175, porque há um erro gráfico (montagem das páginas), retornando à página 127 (127-158 – ficam duplicadas); consequentemente, o texto compreendido nas páginas 175 a 206 fica ausente. Ao comentar o fato com a dona da locadora, minha amiga, ela providenciou outro exemplar para poder ter a visão completa da obra.
O salvador dos fatos e da história é Peter Landon, médico psiquiatra, em férias e convidado a auxiliar em um processo criminal. Ele faz o elo de ligação do presente, passado e futuro de todas as personagens nesta eletrizante narrativa de West. Juntamente com Ninette, devolve o senso humano a Carlo e Valeria Rienzi, Alberto Ascolini.
Sendo leiga, encantou-me o teor narrativo descritivo da aplicação da lei e os valores das provas (passado e presente), isto é, a vida da vitima e da ré tinham que ser investigadas, na tentativa de fazer justiça e tão somente justiça. Seria bom, que os reitores de faculdades de ensino das Ciências Jurídicas começassem a pensar e a avaliar a possibilidade de que esse livro fosse leitura obrigatória aos alunos dos primeiros anos de curso, para enriquecimento cultural de futuros advogados.


22 de abril de 2014

Zélia, uma paixão

Zélia, uma paixão - Romance da figura mais surpreendente da vida pública nos últimos tempos
Fernando Sabino (1923-2004). Rio de Janeiro. Record. 1991. 267 páginas.

Sinopse:
Zélia, Uma Paixão, biografia autorizada de Zélia Cardoso de Mello, Ministra da Fazenda no governo Collor, com tratamento literário. Os escândalos em sua vida privada e sua saída do governo foram motivo de grande repercussão entre os brasileiros, criando clima hostil ao escritor.


Ponderação:
Tem a cadência e o vocabulário que só um mestre poderia ter. Livro-exaltação sobre os dias de Zélia Cardoso de Mello como Ministra da Economia do governo Collor. Seu equívoco final de uma longa série de outros; algo que é tudo, exceto literatura. Tem algo nesta história que é pura fantasia, sabe, naquela base do que você vê não é o que você vê. Eu dei muita risada durante a leitura. Duas pessoas já na maturidade se comportarem da maneira como os protagonistas assim fizeram.



O Caminho das Borboletas

O Caminho das Borboletas: Meus 405 dias ao lado de Ayrton Senna
Adriane Galisteu. São Paulo. Caras. 1994. 224 páginas.

Sinopse:
Este livro é resultado de trinta horas de depoimentos, gravados em Sintra, Portugal. E de um mergulho num baú repleto de cartas, bilhetes, papéis rascunhados, agendas profusamente anotadas - sim, Adriane Galisteu ainda conserva aquela doce mania de transformar suas agendas em diários teen, engordados com recortes e fotografias e recheados de divagações.

Ponderação:
Bom, dizem que morto não fala e não se defende. Tudo pode ser encarado do jeito que se queira ou quisera ou quiseram as más línguas! Estratégia de Marketing que possibilitou Adriane para chamar a atenção da Mídia. Seu próprio namoro foi uma jogada de Marketing. Ao lado de Sena era podia conseguir contratos de trabalho. Com isso ela tem um programa de TV e somou muita coisa a sua vida. Ainda persiste a pergunta - Qual é o real talento profissional ou artístico de Adriane Galisteu?



20 de abril de 2014

As Pontes de Madison


As Pontes de Madison - Os caminhos da lembrança
Robert James Waller. Relume Dumará. 1993. 199 páginas.

Sinopse
O possível amor impossível de Robert Kincaid e Francesca Johnson já conquistou mais de 12 milhões de leitores em todo o mundo. Vividos no cinema por Clint Eastwood e Meryl Streep, os personagens criados por Robert James Waller em ´As Pontes de Madison´continuam a impressionar pela verdade que transmitem de uma paixão ao memso tempo madura e sonhadora, vivida nas cinematográficas paisagens de Iowa.
Fotógrafo da ´National Geagraphic´, Robert Kincaid corre mundo, solitário, tendo como único objetivo capturar as belas imagens de que vive. Em suas andanças, bate à porta da fazenda de Francesca. Em busca de informações sobre a região, ele encontra um amor que vai mudar completamente seus valores - e também o seu destino. Bastam quatro dias, o tempo que passam juntos, para que suas vidas jamais voltem a ser as mesmas. 

Ponderação:
Quando assisti ao filme, não entendi absolutamente coisa nenhuma. Muito menos a presença de Clint Eastwood e Meryl Streep ajudou. Não são meus astros preferidos. A questão findou.
No ano de 2012, precisamente em abril, enquanto lia “O ano da leitura mágica”, a autora fez menção à obra e de certa forma, ela não gostou da história. O que chamou-me a atenção, pelo grau de conhecimento que ela possui em termos de leitura. Fui em busca do livro.
Dois fatos, talvez, passam despercebidos: - a entrevista de Nighthawh Cumming, livre, leve e solta; simples como o cair da chuva. O outro é a carta testamento de Robert, deixando os seus pertences (equipamento fotográfico) à ela. Em contra partida, a carta de Francesca aos filhos e a frase de Richard: “ – Francesca, sei que você tinha seus próprios sonhos, também. Lamento não ter conseguido realizá-lo para você.”
Estamos falando de amor e respeito, sim, para a existência desta história, mesmo sendo improvável, impossível, acontece uma em um milhão. Houve qualidade e não quantidade; muitas vezes, cinco minutos com qualidade em atitudes valem pela vida toda.
Cada um seguiu o seu caminho, até, novamente, se encontrarem na mesma ponte, onde estacionou o cometa para levá-los.
Sim! Renunciar e respeitar os sentimentos e decisões da pessoa amada e ter que observá-la de longe, sabendo-se que ela escolheu rumos equivocados. Dureza. O mais importante, Robert pode dedicar-se, exclusivamente, a amá-la, porque era sozinho no mundo, não precisava dar conta de suas idas e vindas, somente a ele. Morreu só, mas amando Francesca.



O Que é Deputado

O que é deputado
Francisco Weffort São Paulo. Brasiliense. 1986. 60 páginas.

Sinopse:
A política do Império era feita sem o povo, a da Velha República acima do povo e a do regime militar contra o povo. Portanto, a desconfiança popular tem lá suas razões para existir. Neste livro Francisco Weffort explica as origens históricas dos deputados e discute o papel destes no atual momento político. Com isso, desempenha a necessária função de procurar restabelecer a confiança da população no congresso, na atividade política e, principalmente, nos seus representantes.

Ponderação:
Só para elucidar! Deputado não é Profissão, assim como Vereador ou Governador ou Prefeito ou Presidente. Essas são Funções Públicas Eletivas.  No mais, sem comentários, só história.



Em Busca do Príncipe Encantado

Em Busca do Príncipe Encantado
Looking for Mr. Right. Bradley Trevor Greive. Trad. Cora Ronai. Rio de Janeiro. Sextante. 2002. 120 páginas.

Sinopse / Ponderação:
O bom neste exemplar está no tom da eterna contradição, paradoxo das relações humanas, entre um homem e uma mulher e vice-versa. Ele procura a Princesa Encantada e Ela procura o Príncipe Encantado.
As fotografias, em preto e branco, são de situações limites, tornando-se cômicas, algumas são para rir, completando e imaginando a cena no momento do clic. Para os momentos de pura distração.



Nota Falsa

Nota Falsa.
Leon Tolstoy (1828-1910). Trad. Tatyana Zabanova. Curitiba. Arte e Letra. 2010. 128 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Não sou fã da literatura russa, além do mais, o pouco que já li e/ou do que assisti em termo de adaptações a respeito da Rússia (URSS[1]) deixou-me, tremendamente, antagonizada com seus princípios e crenças. Daquele país, só a música de Tchaikovsky me agrada. Há uns trinta anos, mais ou menos, li Crime e Castigo de Dostoiévski, uma edição de bolso, versão adaptada ao português pela Ediouro.
Mas, Nota Falsa de Tolstoy chamou meu senso de curiosidade primitiva a sua leitura após o comentário de Nina Sankovith[2] e da fala da personagem, do livro, Maria Semiónavna ao seu assassino – ”Grande pecado. Como pode. Tenha dó de você mesmo. Arruinar as almas dos outros, e mais ainda arruinar a sua... Oh!”
Maria; Afímia; Alfaiate Coxo; Mitia; Isidor; Filip; Fiodor; Ivan; Guerassim; Mikháilovitch; María Vassilievna; Tchúiev; Kátia; Krasnopúzov; Livientsov; Liza; Czar e sua mãe; Makhin; Matriona e seu marido; Makhorkin; Malânia; Missal; Natália; Pchka; Piótr; Piotr[3]; Prochka; Sofia; Stepan; Tiúrin e Vassili estão ligados entre si, direta ou indiretamente, através de uma pequena atitude desesperadora e impensada, motivada pela ganância de ser algo sem ter condições de ser.
Ao falsificar uma nota, Mitia não previu o encadeamento de situações desastrosas futuras a partir de sua ação. O comerciante, quem primeiro recebeu, passa adiante com objetivo de livrar-se do prejuízo e, o segundo, passa adiante. A partir deste ponto, uma a uma as conseqüências da fraude/falsificação e da injustiça se prolongam conectando vidas sem ligação alguma numa sucessão de ambição, traição, desilusão, ódio, chegando ao assassinato.
Através da leitura do Evangelho e da frase da última vítima, Stepan reconheceu seus atos errôneos e vai espalhando a rendição e bondade a sua volta. Encontra Mitia, esse por sua vez, ao ouvir a história de vida de Stepan, repensa sua vida e resolve viver de maneira simples.
A fala de Maria Semiónavna poder-se-a interpretar: - “Destrói a todos e tudo. Sugando a alma de todos e destruindo a si próprio” – Destrói o amor e a confiança. E há pessoas que estão neste parâmetro e quanto mais o tempo passa, cada vez mais vai destruindo e destruindo, sugando e destruindo sem preocupar-se. Destrói até a possibilidade de render a si próprio na reparação dos seus próprio erros.


______________
[1] URSS – União das Repúblicas Socialista Soviética. 
[2] Nina Sankovith.‘O ano da leitura mágica!’ (Tolstoy and the purple chair. My year of magical reading) 
[3] Piótr e Piotr são dois personagens, o que muda e a grafia parcial do nome.



13 de abril de 2014

Uma Carta de Amor

Uma Carta de Amor
Message in a Bottle. Nicholas Sparks. Trad. Eliana Sabino. São Paulo. Arqueiro. 2014. 288 páginas.

Sinopse:
Há três anos, a colunista Theresa Osborne se divorciou do marido após ter sido traída por ele. Desde então, não acredita no amor e não se envolveu seriamente com ninguém. Convencida pela chefe de que precisa de um tempo para si, resolve passar férias em Cape Cod. Durante a semana de folga, depois de terminar sua corrida matinal na praia, Theresa encontra uma garrafa arrolhada com uma folha de papel enrolada dentro. 
Ao abri-la, descobre uma mensagem que começa assim: “Minha adorada Catherine, sinto a sua falta, querida, como sempre, mas hoje está sendo especialmente difícil porque o oceano tem cantado para mim, e a canção é a da nossa vida juntos.” 
Comovida pelo texto apaixonado, Theresa decide encontrar seu misterioso autor, que assina apenas “Garrett”. Após uma incansável busca, durante a qual descobre novas cartas que mexem cada vez mais com seus sentimentos, Theresa vai procurá-lo em uma cidade litorânea da Carolina do Norte. Quando o conhece, ela descobre que há três anos Garrett chora por seu amor perdido, mas também percebe que ele pode estar pronto para se entregar a uma nova história. E, para sua própria surpresa, ela também. 
Unidos pelo acaso, Theresa e Garrett estão prestes a viver uma história comovente que reflete nossa profunda esperança de encontrar alguém e sermos felizes para sempre. Texto encontrado na última (ou 4ª ) capa.

Ponderação:
A lenda de carta de amor colocada em garrafa, jogada ao mar. Encontrada por alguém em uma praia qualquer, consiste no fio condutor desta história. Mas, o encontrar carta de amor perdida,  remeteu-me a outra história. Resta saber qual autor utilizou a ideia primeiro.
Em "A última carta de amor" de Jojo Moyes, Ellie Haworth, jornalista tal qual Theresa Osborne, ambas encontram cartas de amor escritas por homens apaixonados. Essas cartas mexem com os valores íntimos das duas. E a coincidência termina aí. A história de Ellie Haworth, mencionada aqui no blog, tem final feliz, não ocorrendo o mesmo com Theresa Osborne.
Com a publicação da carta encontrada, Theresa descobre a existência de mais duas. Consegue encontrar o autor delas, Garret Blake. Do momento inicial, até o desfecho do relacionamento, cada um vai entrar e sair do dilema que ambos estavam mergulhados já há três anos: - como aceitar a perda e como aceitar viver um novo amor. Enquanto Theresa vai, aos poucos, reavaliando o que perdera, voltando a ter a capacidade de viver um novo amor. Garret cada vez mais vai se fechando em sua felicidade perdida. Ele não consegue quebrar o elo, até ser tarde demais.
A narrativa é leve, com diálogos rápidos, muito semelhante aos produzidos por Sidney Sheldon, mais para tela cinematográfica. É fácil visualizar um tormenta em alto mar.




As Sandálias do Pescador

As Sandálias do Pescador
The Shoes of the Fisherman. Morris West (1916-1999). Trad. Fernando de Castro Ferro. São Paulo. Abril Cultural. 1975. 395 páginas. <Coleção Clássicos Modernos, vol. 27.>

Sinopse:
As sandálias do pescador foi escrito no limiar dos anos 60, no auge da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética. Considerado "profético" por alguns, pois sua trama antecipa em cerca de 20 anos (1963) a eleição de um Papa vindo de um país comunista do leste europeu, que assume o Vaticano praticamente no mesmo ano que seu torturador chega ao poder na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviética). Entre ambos se estabelece um diálogo de grande transcendência sobre a convivência pacífica dos povos. Os perigos de um conflito atômico, o debate entre ciência e religião, amor e pecado são temas que se entrelaçam neste livro. É como se West, ao escrever As sandálias do pescador, idealizasse uma possibilidade de paz num momento politicamente tão difícil.

Ponderação:
Aí está! Colocar-me na ocasião do lançamento do livro - Não deu certo! Buscar referências com o ocorrido em 1978 e 2005. - Não deu certo! Ouvi, quando adolescente, comentários sobre um filme com o título do livro, sem associações com o texto de West. Hoje, vejo alguma ligação.
Verdade seja dita, o livro fora escrito em uma época, quando só haviam três poderes ideológicos práticos: O Capitalismo (Democracia); Comunismo (Socialismo/regime super fechado) e Vaticano. O último mantém seu poder, não oficial, constante, baseado na fé e na crença de Deus. A sua administração perdeu-se no caminho, pela inércia, mas mantêm-se em Pé.
O Comunismo caiu! Cuba, China e Coréia resistem. O materialismo e a promessa de fartura foi-se para o ralo, porque alguns se achavam no direito de só mandar e serem obedecidos sem reservas por todos. O Capitalismo venceu, embora seja, ainda, injusto, mas trouxe progresso.
Dai sobressai o poder - um paradoxo - com sistemas impostos e incontestáveis ao pensamento e o agir do homem.
O Papa Kiril, George Faber e Corrado Calitri são exemplos simples e complexos do paradoxo do poder que cada um possui ou pensa exercer. Bem exemplificado nas palavras de Kiril à Calitri: - "De uma ou outra forma, todos nós temos de nos adaptar a nós mesmos e ao mundo, tal como é. Eu nunca acreditei porém, que para o fazer tenhamos de destruir a nós próprios... ou, o que é mais importante, de destruir aos outros."
Retirando a interpretação política do texto, há a questão da unidade da crença única da Fé e do relacionamento dos crentes com a identificação com Deus. Duelo fascinante é o discurso de Jean Télemond, invocando os primeiros capítulos de Gênese versus a Teoria de Darwin e a constante mutação da consciência e da fé. Somos, real, insignificantes ao menor grão de areia.
Esse texto deveria ser leitura obrigatória aos postulantes à vida religiosa (carreira religiosa), para o conhecimento do que significa render-se a comunhão da alma e fé no tratamento do rebanho de Deus. Quando o autor diz Igreja, não está só referindo a Igreja Católica, mas a todas as Igrejas. Sim, o homem tornou-se uma matéria diabólica e corrupta, e carne igualmente diabólica e corrupta, porque se considera mais e melhor que Deus. 



Aviso 7

Aviso 7


Estou, mais uma vez, dando um Aviso, querido leitor, querida leitora! Sempre há um que está chegando pela primeira vez. Portanto: - Não sigo a tendência da moda literária, possuo meus próprios parâmetros de indicação de leitura. Visto que a memória é minha grande aliada nesta empreitada, porque estou postando sobre os livros lidos desde os meus 12 anos, quando já cursava a 5ª série do 1º Grau, com a chamada leitura obrigatória curricular. Quer dizer já somam quarenta anos de leitura e as mais recentes. Neste ínterim, ficaria, imensamente, feliz com maior número de comentários, se gostaram dos livros ou do que eu escrevi.
O descrito em "Ponderação" pode e poderá ser considerado, sim, como uma visão e vivência de leitora comum, a consumidora e devoradora de livros e leituras. Não reflete opiniões pré-definidas de Direção de Redação ou Empresa Editorial. A maioria não estão, propriamente, em estilo jornalístico ou acadêmico. Abrange um rigor peculiar e particular em relação a memória. A leitura contemporânea, atual, virá com maiores ingredientes ou não. Muitas delas são frutos de indicações sugeridas no processo de leitura ou frase mencionada ou que corrobore com algum conceito exposto na convivência diária com outras pessoas.

Agradeço a visita e seu comentário...