29 de outubro de 2013

Dolores

Dolores
Jacqueline Susann (1918-1974). New York. Bantam Books. 1977. 175 páginas.

Sinopse:
It is the intense, tragic story of Dolores Ryan, the beautiful and fashionable young widow of an assassinated American President. After his death, Dolores finds herself too poor to sustain her extravagant tastes and too lonely to be fulfilled as a woman. The novel details her quest for money and for men.

Ponderação
‘I want to know how President Kennedy was buried.’ – Frase que encerra o capítulo 7, e, também, a primeira parte do romance. – Bingo! – Quando li por primeira vez esse livro – em Inglês – como parte de exercício na identificação de Phrasal Verbs, ficou-me a sensação de estar lendo a biografia de John e Jacqueline Kennedy.
Relendo, agora, a sensação sentida na primeira leitura prevalece.


28 de outubro de 2013

João XXIII

João XXIII
Mylton Severino da Silva. São Paulo. Nova Cultural. 1988. 103 páginas. Coleção “Os Grandes Líderes”.

Sinopse:
Biografia do mais querido papa de toda História da Igreja Católica, pontífice que, em seu curto reinado, convocou o Concílio Vaticano II, uma tentativa de atualizar a Igreja e criar uma ponte com outras denominações cristãs além de outras religiões.

Ponderação
Efetivamente, a partir de hoje, dou a mão à palmatória! Quando em 24/09/2013, postei “Marley & Eu”, dizia que estava tentando não fazer comparações de fatos reais (cotidianos e compartilhados). Histórias ouvidas. Só se concentrando no livro há um certo risco. Igualmente, ao confrontar com outros fatos. Biografia é uma delícia. Ela é escrita em outros tempos e com outros olhos, ou simultaneamente. São baseadas nas informações de outrem (se for pessoa publica, nas intermináveis publicações impressas ou nas vozes, pouco, confiáveis de quem quer aparecer, dizendo conhecer a fundo o biografado.). 
Ele será canonizado no próximo dia 27/04/2014. Quando da eleição do Papa Francisco, em 13/03/2013 começaram algumas especulações de sua semelhança com João XXIII. Só se for na ‘simplicidade e proximidade com o povo e o bom humor'.
Pela terceira vez, fui ler o João XXIII, depois de mais de vinte anos da primeira leitura. Pois bem! Cresci ouvindo que 28/10/1958, tinha caído em uma terça-feira. Ouvi, quando fazia o catecismo, as primeiras novidades do Vaticano II. Ouvi coisas de João XXIII, o reformador.
O Grupo Abril Cultural/Nova Cultural possui certa tradição na criação de coleções vendáveis em bancas de jornal. E essa é uma que só comprei o volume que interessou-me. Curiosidade a flor da pele. Lá no primeiro capítulo descobri um erro: - “Na segunda-feira, 28/10/1958, minutos ...” – grafei a correção – a data com dia da semana correto, terça-feira. Na cidade de São Paulo, chovia. Em Roma, tempo quente. Emoção maior. O mundo conhecia o novo Papa. Hoje, sabemos que sua eleição foi tida como um papado temporário/breve pelo fator: idade. Todos estavam enganados. Brincadeiras a parte, até São Judas Tadeu deu uma forcinha.
Pois bem, Angelo G. Roncalli levou para o trono de São Pedro sua experiência de sacerdote humilde. O padre, o bispo, o cardeal Roncalli que praticava o ecumenismo, sem o conhecimento de Roma ou Roma sabia de suas atividades? Com espírito ecumênico e pacificador. Progressista ao promover dialogo com os cristãos, os não cristãos e os não fiéis (os que não acreditam em Deus), Ele convocou o Concílio Vaticano II, que já é cinquentenário, num esforço para modernizar as antiquadas estruturas da Igreja Católica e para promover a harmonia internacional e inter-religiosidade.
Tudo que há nas relações inter-religiosas de hoje, devemos ao “Sou José, seu irmão.”, como se apresentava a qualquer pessoa. “Para unir-se é preciso amar-se. Para amar-se é preciso conhecer-se. Para conhecer-se é preciso ir ao encontro um do outro.” Ele dizia.



27 de outubro de 2013

A última carta de amor

A última carta de amor
The Last Letter From Your Lover. Jojo Moyes. Trad. Adalgisa Campos da Silva. Rio de Janeiro. Intrínseca. 2012. 384 páginas.

Sinopse:
Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. Novamente em casa, com o marido, ela tenta sem sucesso recuperar a memória de sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por “B”, e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante. Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido — em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado —, Ellie começa a procurar por “B”, e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas de seu próprio relacionamento. Com personagens realísticos complexos e uma trama bem-elaborada, A última carta de amor entrelaça as histórias de paixão, adultério e perda de Ellie e Jennifer. Um livro comovente e irremediavelmente romântico.



Ponderação
Uma pasta arquivada de forma errônea é encontrada, quase 40 anos depois. Ellie encontra-a, dentro há uma carta de amor. Ellie vive uma fase conturbada em sua vida profissional, pessoal e sentimental. Sua relação com John está por um fio. Está a ponto de perder seu emprego e sai em busca dos autores – os amantes – da carta. O Reencontro dos autores da última carta e motivo da matéria de Ellie, sucesso que devolvendo-lhe a credibilidade, parcialmente, perdida.
Além da boa construção da história, temos a questão histórica sobre a África, que continua em constante disputa interna e externa. A capa da edição é uma volta ao tempo das nossas avós e bisavós, que guardavam suas cartas amarradas com uma fita. Sua leitura é difícil de largar, porque é fantástica.



El Palacio de la Medianoche

El Palacio de la Medianoche
Carlos Ruiz Zafón. Barcelona. Planeta. 2012. 340 páginas.

Sinopse:
Calcuta, 1932: El corazón de las tinieblas. Un tren en llamas atraviesa la ciudad. Un espectro de fuego siembra el terror en las sombras de la noche. Pero eso no es más que el principio. En la víspera de cumplir 16 años, Ben, Sheere y sus amigos deberán enfrentarse al más terrible y mortífero enigma de la historia de la ciudad de los palacios.

Ponderação
Tem algo haver com El Príncipe de la Niebla? Fica suspenso! Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha toda a filosofia. Só o amor e a bondade pura podem brecar qualquer atitude negativa/vingativa. E Ben provou.



El Príncipe de la Niebla



El Príncipe de la Niebla 
Carlos Ruiz Zafón. Barcelona. Planeta. 2011. 230 páginas.

Sinopse
El nuevo hogar de los Carver esta rodeado de misterio. En el aún se respira el espíritu de Jacob, el hijo de los antiguos propietarios, que murió ahogado. Las extrañas circunstancias de esa muerte sólo se empezan a aclarar con la aparición de un diabólico personaje: el Príncipe de La Niebla, capaz de conceder cualquier deseo a una persona a un alto precio. 

Ponderação
A primeira obra de Zafón, já estava trabalhando as histórias com boa dosagem de mistério, suspense. No final mostra que o verdadeiro valor da sólida amizade, resolve todos os problemas e o amor derrota qualquer inimigo.



24 de outubro de 2013

La Conspiración

La Conspiración
Dan Brown. Trad. Alejandro Palomas. Barcelona. Umbriel. 2003. 603 páginas

Sinopse:
En los hielos eternos del Ártico duerme el más fascinante descubrimiento de la historia de la humanidad... y también un intrigante juego de mentiras y engaños. Descubrir la verdad puede exigir un precio demasiado alto. La analista de inteligencia Rachel Sexton y el oceanógrafo Michael Tolland forman parte del equipo de expertos enviados por la Casa Blanca a un remoto lugar del Ártico, con la misión de autentificar el fabuloso hallazgo que ha realizado la NASA. Un descubrimiento que cambiará el curso de la historia y, de paso, asegurará al presidente su reelección. Sin embargo, una vez allí descubren indicios de que se enfrentan a un fraude científico de proporciones gigantescas. Aislados en el entorno más hostil del planeta, perseguidos por unos implacables asesinos equipados con los últimos adelantos tecnológicos, lucharán por salvar la vida y averiguar la verdad. Mientras tanto, en los pasillos de Washington se libra otra oscura batalla, un juego de traiciones y mentiras donde nadie es lo que parece.

Ponderação
La Conspiración de Dan Brown possuem capítulos curtos e longos, bem ao estilo do autor, uma característica. Descrição das personagens vai sendo adicionada de maneira crescente, levando o leitor acreditar que a vítima tem tudo a ver com a culpa e a personagem mais calma, cordial e solidária transforma-se na mente doentia, sem escrúpulos para atingir seus méritos e objetivos. A Nasa é a principal personagem, embora não seja uma pessoa, é ela o centro das ações da história.



El código da Vinci

El código da Vinci
The Da Vinci CodeDan Brown. Trad. Juanjo Estrella. Barcelona. Umbriel. 2003. 557 páginas.

Sinopse:
Antes de morir asesinado, Jacques Saunière, el último Gran Maestre de una sociedad secreta que se remonta a la fundación de los Templarios, transmite a su nieta Sofía una misteriosa clave. Saunière y sus predecesores, entre los que se encontraban hombres como Isaac Newton o Leonardo Da Vinci, han conservado durante siglos un conocimiento que puede cambiar completamente la historia de la humanidad. Ahora Sofía, con la ayuda del experto en simbología Robert Langdon, comienza la búsqueda de ese secreto, en una trepidante carrera que les lleva de una clave a otra, descifrando mensajes ocultos en los más famosos cuadros del genial pintor y en las paredes de antiguas catedrales. Un rompecabezas que deberán resolver pronto, ya que no están solos en el juego; una poderosa e influyente organización católica está dispuesta a emplear todos los medios para evitar que el secreto salga a la luz.

Ponderação
Não sei porquê, mas quando saiu a edição em português não me interessei por ler. Foi só a partir do momento em que um amigo emprestou-me, em inglês, que surgiu um pouco de interesse. Quando comecei a fazer o curso de Teologia para leigos comecei a pensar em ler. A questão Maria Madalena ficou-me na mente. Mas houve momentos de tentar ler, mas ficou para adiante... Vi a possibilidade de ler em espanhol, juntaria o querer e gostar do idioma espanhol e curiosidade pela obra. Quando iniciaram os capítulos finais, percebi o quanto o autor se equivocou em escrever uma obra com tema sério, banalizar do jeito que fez. O último capítulo é uma verdadeira estupidez. Não entendi nada e a obra ficou suspensa. "O enigma do código", se há um realmente, continua...



Ángeles y Demonios

Ángeles y Demonios
Dan Brown. Trad. G. Murillo. Barcelona. Umbriel. 2004. 606 páginas.

Sinopse:
Robert Langdon, el profesor de simbología de la universidad de Harvard es convocado a un laboratorio de alta seguridad en Suiza para analizar un símbolo grabado con fuego en el pecho de un científico asesinado. Langdon descubre una venganza contra la iglesia por una organización secreta, que existe desde los tiempos de Galileo, 'Los Illuminati'. Robert Langdon, en compañía de una científica, Victoria Vetra, entran en una carrera contra el tiempo para salvar al Vaticano de la más mortal arma creada por el hombre en manos de esta peligrosa organización. Juntos se embarcan en una casería para descifrar los códigos que los illuminatis han dejado a lo largo de los siglos en pergaminos, templos, catedrales, el vaticano, y el la catacumba más secreta de la tierra.

Ponderação:
A personagem Robert Langdon pode ser um especialista em simbologia, mas é muito ingênuo, quando lida com outras pessoas. É péssimo decifrador de símbolos (para evitar as mortes), sempre tardio. (mais em http://allagumauskas.blog.uol.com.br)


Libros de Dan Brown

Aqui, está a seqüência de Leitura dos livros escritos por Dan Brown, em sua totalidade, lidos em Espanhol.

a)      The Da Vinci Code = em Inglês. Leitura somente do prólogo e metade do primeiro capítulo.
b)      O Código da Vinci = quando do lançamento no idioma Português, não tive interesse.
c)       La Fortaleza Digital
d)      El Código Da Vinci
e)      La Conspiración
f)       Angeles y Demonios
g)   El Símbolo Perdido
h)   Inferno
i)    Origen
  

Os três últimos, 'g / h / i' foram incorporados a lista em 26/09/2020.


23 de outubro de 2013

O amor chegou

O amor chegou
Love walked in. Marisa de los Santos. Trad. Léa Viveiros de Castro e André Ferreira da Costa. Rio de Janeiro. Record. 2008. 397 páginas. 

Sinopse:
"Você já viu o Cary Grant em Núpcias de escândalo? Ai, meu Deus, que homem..." Por trás do balcão de sua cafeteria, Cornelia Brown repassa milhares de vezes as cenas do galã, à espera do milagroso dia em que um cavalheiro igualzinho ao ator ajoelhe-se a seus pés, declarando amor eterno. O estrelato caberá então a Martin Grace, que um dia entra na vida da jovem para mudá-la para sempre.
Jennifer Weiner disse: -“Um fascinante conto de fadas sobre filmes antigos, príncipes encantados e como ser feliz para sempre no lugar em que você menos espera.”
Sarah Jessica Parker disse: - “Original e delicado, prova que o amor, em todas as suas formas, está sempre por perto.

Ponderação:
O amor é cego e isso serve para livros também.”, essa frase de Nina Sankovitch chamou-me a atenção. Fui atrás do “O amor chegou”. Espere um pouco. Sabe aquela história do chinelo velho que serve para um pé cansado. Tem haver com o romance em tela. Emprestei o dito para três amigas, todas devolveram, dizendo ter gostado da história. Ponto final. Ninguém falou mais nada.
Reli a resenha que fiz, lá no outro blog, dando enfoque: - A problemática da convivência da morte. Não, só, aquela física, que acaba de uma vez, mas a morte lenta, a lentidão da sobrevivência, a morte diária dos sentimentos, das emoções, da atenção, do carinho. Igual aquela canção: “Eu preciso aprender a ser só.” 
Cheguei a comentar a sensação que tive de Martin Grace ter cometido suicídio por não saber lidar com o Não de Cornélia e de certa forma da vida. Nenhuma, das três amigas, deu um parecer favorável.
Seja lá o que cada um interprete, ‘felicidade é conquistada, como tudo na vida’ ou ‘o amor é um hábito, que não se consegue largar.



22 de outubro de 2013

Amor Além da Vida

Amor Além da Vida
Richard Matheson. Trad. Carlos Henrique França Rangel. São Paulo. Butterfly. 2008. 284 páginas. 

Sinopse:
Este é o best-seller que deu origem ao filme e foi o sucesso que emocionou milhões de pessoas no mundo inteiro! Chris é casado com Annie: formam um casal apaixonado. A felicidade dos dois se desvanece quando Chris sofre um acidente fatal. No Além, Chris é amparado e empenha-se em ajudar seu grande amor. Annie, em desespero, pretende dar fim à própria vida... Conheça a história completa de Annie e Chris e viva emoções ainda mais intensas! Descubra, entre dois mundos, a incrível força do amor para a qual não existem barreiras. 

Ponderação:
Tenho um defeito, quando assisto um filme o qual fora baseado num romance e não entendi ou algo deixou uma dúvida mesmo. Tenho que buscar o original: - o livro. Neste caso foi decepcionante as duas versões.


21 de outubro de 2013

Poses...

Minha Primeira pose com um livro...

Minha Segunda pose com um livro...

Minha Terceira pose com um livro...

Minha Quarta pose com um livro...

20 de outubro de 2013

Manual da Delicadeza de A a Z

Manual da Delicadeza de A a Z
Roseana Murray. São Paulo. FTD. 2001. 31 páginas. Ilustrações de Elvira Vigna.

Sinopse:
Ferreira Gullar disse: -"A poesia de Roseana Murray é feita de delicadezas e transparências, como ela falasse para mostrar o silêncio. E assim a linguagem alcança a condição de plumas ou porcelana.”

Ponderação:
Num primeiro momento, a poesia deste livro soa piegas, mas ao deparar com as imagens têm-se outra concepção. Num momento mais posterior e com outro olhar, vamos compor um cenário em falta. Ou quase, o comportamento indelicado do Universo humano. Justo neste ponto engloba o presente livro, poderia dizer-se um livreto. Ele pretende levar a delicadeza, melhor dizendo, retornar a delicadeza ao convívio entre as pessoas. Pela ausência dela, em pessoas, tidas como públicas ou semi públicas. Vem observando o aumento da violência. Desamor. Pessoas, as quais são tidas como modelo a ser seguido. São elas as primeiras a desvalorizar a boa educação e costumes da delicadeza. Pessoas, as quais estragam um belo trabalho social, por não seguirem o Manual da Delicadeza, com todas as letras e combinações entre si.

Nuvens, página 17.
Caminhar em nuvens
é o mais lento
e duro aprendizado:
há que esquecer
todo o peso
terrestre
e transformar pedras
em luz,
palavras em estrelas.

Caminhar em nuvens
é árduo ofício:
há que pintar as mãos
e os gestos de azul
e oferecer ao outro
o mapa da delicadeza.


Velhos Amigos

Velhos Amigos
Ecléa Bosi. São Paulo. Cia. das Letras. 2008. 111 páginas.

Sinopse:
A publicação de Velhos amigos é uma acontecimento: depois de lançar Memória e Sociedade - Lembranças de velhos, um dos mais originais e importantes ensaios sobre a memória individual e coletiva no Brasil, Ecléa Bosi volta ao tema, desta vez em abordagem literária. Aqui, lembranças reais de velhos operários, imigrantes e outros personagens anônimos da vida brasileira estão organizadas em pequenas narrativas entre o conto, o poema e a crônica, para serem lidas por jovens, crianças, adultos e velhos. Como diz Adélia Prado na apresentação do livro, "Velhos amigos bate à porta e o recebemos na cozinha, lugar bom de escutar o guardado na memória do afeto". 

Ponderação:
O melhor do livro é descobrir, através das coisas narradas, que a vida de qualquer um de nós pode, ou poderá um dia, ser transformada numa longa e linda história para ser contada e escrita. Alguém perguntará – aqueles, que só fizeram algum delito, terão a mesma oportunidade de ter sua história escrita ou recontada? Quem sabe? Se for para exemplificar sua falha na sociedade, pode ser? Tudo será no Quem sabe?
Voltemos, ao livro. São histórias que muitos de nós paramos de ouvir. São histórias para serem ouvidas e saboreadas. São histórias esquecidas da cidade. Tenho uma história que fora ouvida por minha mãe e contada por minha avó paterna; uma história triste, uma faceta do que foi a 1ª Guerra Mundial (nos seus muitíssimos casos anônimos), quando vovó tinha pouco mais de quinze anos. Mamãe contou essa história para a namorada de um amigo; ela fez cara de não acreditar e perguntou: - Será que aconteceu mesmo? Pessoas assim não irão gostar deste livro. Mas posso dizer. Adorei!


17 de outubro de 2013

Minha Profissão é Andar

Minha Profissão é andar
João Carlos Pecci. São Paulo. Círculo do Livro. 1980. 155 páginas.

Sinopse:
Um rapaz sofre um acidente de automóvel e fica paraplégico para o resto da vida, até onde a medicina pode afirmar. Este livro mostra que um desastre pode ser um desafio; é o relato pungente, dramático e até bem-humorado da reconquista do movimento, das alegrias da vida e de novos horizontes.

Ponderação:
Não é um drama de derramar chuva de lágrimas (porque todo acidente que se prese é para lágrimas) e nem um livro formato documentário (porque todo documentário é chato, se o diretor/editor não for capaz de lidar com a idéia). É um livro de conquista, superação (conquista, porque, quando todos diziam Não e ele dizia Sim, particularmente, sei o que é isso!). 
Superar a si próprio de acordo ou igual ao autor descreve e com esse livro eu reconquistei ou conquistei algo já adormecido dentro do meu ser. Isso chama-se Fé na vida é o que Ela nos apresenta. Já se foram mais de 23 anos da leitura, ainda sinto a mesma emoção de acordar para a vida e estava. Entrei e sai de vários abismos. Estou saindo de um agora. Poxa! Acredito neste blog. É um caminho novo do tipo ‘se meu vizinho pode fazer, faço melhor’, sem ciúmes ou inveja, porque acredito na minha realização de sobreviver, por que eu ando com pernas, mas são as pernas da Inteligência e da Fé. Essa é a mensagem final do livro...



16 de outubro de 2013

Livros de Sonetos

Livros de Sonetos
Vinicius de Moraes (1913-1980).  Rio de Janeiro. José Olympio Ed. 8ª ed. 1977. 150 páginas.

Sinopse:
Os sonetos desse livro, publicado pela primeira vez em 1967, foram escritos ao longo de trinta anos, a partir do início da década de 30. Apesar do vasto espaço de tempo que os separa, eles guardam uma semelhança que vai muito além da submissão ao formato clássico: para Vinicius de Moraes, os sonetos eram uma via de acesso ao sublime, mesmo quando essa elevação se processava por meio da linguagem prosaica do cotidiano aparentemente banal.
A leitura deste livro provoca dois tipos de prazer: o que vem da perfeição da forma, exercitada com elegância, e o que se produz na sua ultrapassagem, momento em que a forma é mero condutor para o enobrecimento da realidade.

Ponderação:
Escrever ou falar sobre Vinicius de Moraes é quase como aquela máxima - "É chover no molhado". - Por ele nos transmitir algo além da beleza de superfície. A beleza para o Poeta resume em algo como tristeza, saudade, partida, encontro, desencontro, erotismo, lirismo e amor. Muitos de seus versos fizeram parte de alguns shows e discos, mas sempre fica uma sensação de quero mais. O meu exemplar, que ganhei de uma grande amiga, lá nos anos iniciais de nossa amizade, hoje está com marcas do tempo e do manuseio: - páginas amareladas...
Não por acaso, estamos perto de seu centenário de nascimento. Não por acaso, nem me lembrava da data. Não por acaso, a minha memória trouxe-me os “Soneto de Fidelidade”, “Soneto de Separação” e “Soneto do Aniversário”, das páginas 30, 62 e 74. Outubro, um mês que é um marco na minha vida... 


Soneto de Separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Soneto de Aniversário
Passem-se os dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.´




14 de outubro de 2013

Aviso 5

Queridos Leitores,

Não esqueci de nada, mas a memória é minha grande aliada nesta empreitada. Nem todos os livros que li na vida, foram, devidamente, feitas as anotações necessárias para posterior regaste, portanto agradeço a visita.



6 de outubro de 2013

Cale a Boca, Jornalista!


Cale a Boca, Jornalista!: O ódio e a fúria dos mandões contra a imprensa brasileira.
Fernando Jorge. São Paulo. Vozes. 1987. 230 páginas.

Sinopse:
O autor apresenta a história do Brasil sob ângulos novos, com documentação inédita e fatos importantes. Com um estilo que prende a atenção do leitor, dá ênfase especial ao regime militar de 1964, chamado pelo autor de "República Militar Autoritária.

Ponderação:
Bravo! Ele tem 27 anos de vida, é encontrado em centenas de estantes. Será consultado e lido com freqüência? Bom, há 25 anos o li. Agora, passado esses anos, resolvi ler, novamente. Percebi que a história não mudou ou os meus olhos estão cansados, por isso não perceberam as mudanças.
Não, meus olhos não cansaram! Os escândalos eram da área privada. Hoje, estão na área governamental. A história da brutalidade do poder continua contra a imprensa. Todos os dias há alguém tentando calar a voz do Jornalista. Censura...


Aviso 4 - Español/Spanish

Érase una vez, una chica que amaba los libros y tuvo la oportunidad de escribir sobre ellos y...

¡Aviso a los Navegantes!

Los libros aquí publicados, pueden no ser del agrado de los griegos y troyanos. Los libros son escogidos, que gané de amigos y las lecturas obligatorias.

Sin embargo, seré inmensamente feliz con mucho más comentarios... Si te gustaron los libros o lo que escribí...

¡Gracias!


Aviso 4 - English

Once upon a time, a girl who loved books and had the opportunity to write about them and .....

To whom it may concern

The books here posted may not please Greeks and Trojans. Books are chosen, gains and obligatory reading.

However, I would be immensely happy with more comments ... If you liked the books or what I have wrotten ...

Thank you!


Aviso 4

Era uma vez, uma garota que amava os livros e teve a oportunidade de escrever sobre eles e.....

Aviso aos Navegantes!

Os livros, aqui, postados poderão não agradar a gregos e a troianos. São livros escolhidos, ganhos e de leitura obrigatória.

Porém, eu ficaria, imensamente, feliz com maior número de comentários... Se gostaram dos livros ou do que eu escrevi...
Obrigado!


3 de outubro de 2013

Canções de Amor


Canções de Amor
Vinícius de Moraes (1913–1980). São Paulo. Círculo do Livro. 1983. 50 páginas.

Sinopse/Resumo/Ponderação:
Praticamente, cresci ouvindo pela rádio as poesias/canções – canções do Poetinha, em suas diversas interpretações e parceiros.
Neste, ‘Canções de Amor’, estão 22 poesias com ilustrações de Natanael Longo de Oliveira, fazendo-nos reviver, sonhar com o nosso amor. Muitas das vezes, sonhamos com um amor alado. Vinícius era possuidor de um jeito só dele ao escrever ou descrever os momentos de paixão e de tristeza no amor entre um homem e uma mulher. São poesias alegres e tristes, de um lirismo com toque de erotismo.
A fotografia, que ilustra este post, motivou um pequeno diálogo e uma brincadeira. O colega, que emprestou a mão segurando o livro, brincou fazendo cara de espanto ao folhear as páginas, o outro colega disse: 
  • - Que que é, ele viu mulher pelada? 
  • - Não, ele não conhece Vinícius, foi isso.
  • - Onde você desenterrou esse livro?
  • - Lá em casa, você gosta de Vinícius?
  • - Gosto, é bom!!!
É! A geração com menos de trinta anos não está habituada ao som das melódicas poesias deste grande poeta.
A leitura é um convite para cantarolar baixando, sentindo cada palavra, cada emoção, cada tudo. [Eu sei que vou te amar / Samba em prelúdio / Poema dos olhos da amada / Mais um adeus / Minha namorada / Canção do amor demais / Medo de amar / Loura ou morena / Serenata do adeus / Se todos fossem iguais a você / Rancho das namoradas / Andam dizendo / A Felicidade / Chega de saudade / Garota de Ipanema / A flor da noite/ Valsa do bordel / Regra-três / Insensatez / Apelo / Modinha / Samba da benção].

Ouso transcrever a poesia da página 22 - “Se todos fossem iguais a você

Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor
Ah, tua vida
É uma linda canção de amor

Abre teus braços e canta
A última esperança
Esperança divina
De amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar

Como o sol
Como a flor
Como a luz

Amar sem mentir
Nem sofrer
Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê

Se todos fossem iguais, no mundo, a você

Vamos substituir “Uma mulher a cantar”, a poesia fala de amor, na verdade ouso analisar o aspecto universal, a mulher poderá ser uma criança, um cachorro, um colega de trabalho, um amigo, um tio, uma avó, um avô ou uma rosa. O ‘ser igual a você’, remete-nos a capacidade de encarar a beleza que há no mundo, aquele gesto de carinho, aquele olhar para as nuvens e nada dizer, aquele jeito de andar, de falar, de calar. A maneira que tenha sua força no amar. Portanto, Vinícius de Moraes, quis homenagear através da figura da mulher, o Amor transcendental que há no universo.

Se todos fossem iguais, a você...