15 de fevereiro de 2014

Obras Alencarinas

Obras Alencarinas:

Sinopse / Ponderação:
Não é nada fácil escrever a respeito de obras consagradas e de nacionalismo, fato que tornou-se utópico nesses dias de século XXI, onde não vemos mais as delícias de textos como o do autor de seleção de livros.

O Guarani: Obra-prima, com enredo empolgante e escrito num estilo leve e florido, onde suas imagens brotam numa espontaneidade enternecedora. Desenvolve-se durante o século XVI, às margens do Paquequer. Ceci, bela e atraente filha do capitão-mor Antônio de Mariz; o arrojado índio Peri e o aventureiro Loredano. Peri consagra á moça uma devoção extraordinária, protegendo-a  de todos os perigos. A história finaliza com a invasão dos Aimorés e com a fuga de Peri e Ceci. Há quem avalie o final desta obra como a primeira manifestação de censura em nossas artes literárias, pois Ceci e Peri na ideia inicial, terminam casando. Mas seria um tanto complicado o autor explicar tal fato. Então, ele optou pela águas subindo e a palmeira flutuando. Nos parâmetros atuais, pode-se dizer - final de obra aberta, o leitor interpreta.

Iracema / Ubirajara: Essas obras vão firmar o estilo brasileiro, mediante a improvisação dos modismos vocabulares e sintáticos da língua oral do povo. Ubirajara, versa sobre a vida dos aborígenes em seu meio natural, livres, longe do contato com a civilização. Iracema, a colonização do Estado do Ceará, com as primeiras relações dos silvícolas pelos portugueses. A Virgem de Lábios de Mel da nação Tabajara apaixonou-se por Martim, o português. Entre as guerras e os conflitos, ciúmes e disputa de poder, uma história de amor proibido, tendo como pano de fundo a cultura indígena, com seus deuses e mitos. Aqui, já entra em vigor a miscigenação - Iracema x Martin = Moacir < um novo país com terra fértil.


A Viuvinha / Lucíola: Amores proibidos. Temática Urbana. - Lucíola, Polêmico! Paulo, um jovem de família tradicional narra em primeira pessoa seu romance com Lúcia (Lucíola) e o desenrolar. Ilustrando o cenário da época com todos os seus costumes e regras sociais. Aos poucos, melhor conhecendo Lúcia, percebe-se que é impossível deixar de lado a sua segurança e dignidade exibida sempre quando ela sente-se humilhada. A Viuvinha, Jorge herda uma grande fortuna, mas a desperdiça. Conhece Carolina e apaixona-se. No dia do casamento simula um suicídio. Carolina perde sua capacidade de amar e vestida de negro ganha o apelido que empresta ao título do romance. Passados alguns anos Jorge volta, mas como Carlos, aproxima-se de Carolina. O resto é de fácil dedução.

O Tronco de ipê: A cada ano, quando da florada dos Ipês, sempre recordo-me da história, lida a quatro mãos e quatro olhos. Numa narrativa sutil. A Fazenda Nossa Senhora do Boqueirão, zona da mata fluminense. Um velho tronco de ipê, outrora frondoso, representa a decadência. Próximo, mora Benedito, espécie de feiticeiro, que guarda o segredo da família. Mário e Alice sempre viverão na fazenda. Mas, um dia, ele descobre que o pai da moça assassinou seu pai. Desesperado, Mário tenta suicídio, pois não pode se casar com a filha de um assassino. Entra em cena Benedito, que o impede, contando-lhe o segredo: Joaquim não matou o pai de Mário. Ele foi tragado pelas águas do Boqueirão e está enterrado junto ao tronco do ipê. Mário reconcilia-se com a vida e casa com Alice.

Mãe: Ah! na época foi uma odisseia conseguir esse livro. Por fim, uma ex-professora tinha o livro, emprestou, mas com prazo recorde para ser devolvido. Hoje, ainda, tenho a cópia feita, correndo, eu datilografando à tarde e mamãe na manhã seguinte para a devolução dentro do prazo estipulado. Bom, já na época de José de Alencar, fazia-se homenagem às mães.



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