11 de fevereiro de 2014

Philomena

Philomena: Uma mãe, seu filho e uma busca que durou cinquenta anos
The Lost Child of Philomena Lee. Martin Sixsmith. Trad. Cláudia Mello Belhassof. Campinas. Verus. 2013. 475 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Domingo, dia 26 de janeiro, estava eu sentada folheando o jornal dominical, simplesmente depara-me com a matéria da colega, Vivian Masutti, em “Leia com Prazer”, comentando mais um livro que virou filme, dizendo que filme nenhum substitui o prazer da leitura. Diante das minhas atividades, inclusive a preparação de textos para esse blog, levei dez dias para percorrer as 475 páginas do livro. O autor escreve bem, contando, mais ou menos, como montar e contar a história de alguém já falecido, no caso Anthony Lee/Michael Hess. Então, Philomena uma adolescente que vive na Irlanda e ficando grávida, em 1952. Ela é mandada para o convento, em Roscrea, para ficar sob os cuidados das freiras e “expiar” seus pecados – como ela poderia expiar seus pecados, se tudo aconteceu por ser totalmente inexperiente, com acontecia na época. Ela fica com seu filho até os três anos dele, quando a Igreja – com a desculpa de ajudar os pecadores – lhe toma o menino e o vende (prática comum naquela localidade – sendo que volta meia temos notícias ‘abafadas’ sobre o comércio de crianças) para um casal americano. 
Anthony Lee foi enviado para os EUA, porque o casal Doc e Marge Hess queriam uma menina, como Mary McDonald, mais nova que o menino (vendida). Os dois sempre sofreram com o sentimento de rejeição, Mary não foi tão aplicada e perfeita, mas Anthony/Mary, na América, Michael e Mary Hess. Michael tornou-se um exemplar filho adotivo, tanto que seus esforços resultaram positivos, sendo um advogado de sucesso em Washington e um dos nomes mais proeminentes dentro do Partido Republicano nas administrações Ronald Reagan e George Bush. Philomena Lee não imaginaria a sorte material de seu filho, mas enquanto ela buscava conhecer seu paradeiro, Ele também a procurava.
O autor poderia ter mencionado menos sobre o relacionamento homossexual de Michael, e dado maior ênfase, por exemplo, a esclarecer se Susan Kavanagh teria um elo de ligação com o casal Kavanagh do caso Jane Russell, atriz de Hollywood que fora a Irlanda ‘comprar’ uma criança. Não detalha muito e fica em suspenso a vivência, mesmo precária, com Doc,  Marge e os demais irmãos de 1977 a 1983. Com a própria Mary há um vácuo. Mas mostra-nos o mundo sem moral dos políticos e da política, quando se trata da Saúde Pública. A descrição da evolução da epidemia da Aids, nos anos 1980 e 1990, fez-me lembrar opiniões controvérsias e do outro lado da moeda; só mesmo, no momento, de uma resolução da ONU obrigando os países a tomarem diretrizes para o saneamento de qualquer epidemia é que poderemos comprovar, que haverá cura para qualquer enfermidade que assola a humanidade. Vale a leitura.



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