28 de fevereiro de 2016

O Círculo Vermelho

O Círculo Vermelho
The Crimson Circle. Edgar Wallace (1875-1932). Trad. Darcy Azambuza. São Paulo. Cultrix. 1973. 170 páginas.


Sinopse:
Thalia deu um sorriso misterioso ao examinar a carta: o endereço esta escrito em letras de imprensa. Verificou o carimbo antes de abrir, tirando depois do envelope um papel grande, grosso e quadrado. Mudou de expressão ao ver o grande círculo vermelho. No interior do círculo, com a mesma letra, estava escrito:
"Temos necessidade de você. Tome o carro que vai espera-la amanhã, ás dez horas da noite, na esquina de Steyne Square".
Ela pôs a cara na mesa olhando-a durante muito tempo.
O Círculo Vermelho precisava dela!
Esperava esse chamado; no entanto, ele viera mais cedo do que imaginava.


Ponderação:
- Escolhendo um livro, Caio?
- Não, só estava olhando. São muito bons! Já leu o Círculo Vermelho, de Wallace?
- Não.
- Leia, é muito bom! Você vai gostar.

Na volta, não pensei duas vezes, peguei o livro, sendo o primeiro que leio deste autor.

- Você já leu aquele livro?
- Qual?
- O Círculo Vermelho?
- Ah! Já.
- O que você achou?
- Maravilhososoooo! Você já leu?
- Estou lendo, é meio recombolesco e quixotesco.
- O livro só faz sentido no final. Termine de ler, depois a gente conversa.
- Tá legal!

 Parr X Yale X Talia X Jack são produtos do Círculo Vermelho? A cada ocorrência mortal há mentira, traição, poder, desconfiança, confiança. Tudo leva a uma direção. Um enredo quixotesco, recombolesco que vale a pena conhecer, só quando a caça é encurralada e pega, chegou ao último ponto final da história.
O que parece não é o que é na realidade. Ali, no capítulo 29, você percebe uma pequena semelhança com o prológo. 




23 de fevereiro de 2016

Nívea Maria

Nívea Maria: Uma atriz real
Mauro Alencar e Eliana Pace. São Paulo. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2008. 244 páginas. [Coleção Aplauso]

Sinopse:
Exemplo de Talento e profissionalismo, Nívea Maria é, com justiça, uma das maiores estrelas de nossa televisão.
Paulistana, ainda muito jovem foi trabalhar na TV Paulista, precursora da TV Globo; depois foi para a TV Excelsior e, finalmente, encontrou seu espaço na TV Globo, quando fez parceria com o marido Herval Rossano, numa série de sucessos inesquecíveis no horário das seis: A Moreninha, O Feijão e o Sonho; Maria, Maria; Dona Xepa.
Essa é apenas uma parte de uma longa carreira de muitos êxitos, em quase 50 trabalhos. Dentre eles, Desejo Proibido, O Profeta, América, Celebridade, sua premiada participação em A Casa das Setes Mulheres, O Clone, Explode Coração, Pedra sobre Pedra e Brega & Chique.
Com sinceridade e emoção, neste livro escrito em parceria por Eliana Pace e pelo Doutor em Telenovela Mauro Alencar, Nívea relembra seus bons e maus momentos, suas ousadias(como quando apareceu nua no teatro na peça Na Sauna, quebrando sua imagem de ingênua) discute suas técnicas de interpretação e como cria seus personagens.

Ponderação:
Se Leão Lobo pode ser seu fã número zero, posso ser sua fã número 1.000. Brincadeira a parte, não sou noveleira e, sim, leitora! visto que minhas diversas atividades e meu trânsito não são coincidentes com o horário da maioria das novelas de todas as emissoras. Não sou do tipo de alimentar-me na frente da telinha. Houve algumas que segui e até, fiquei viciada. Irei citar, aqui, só as que Nívea trabalhou: - Gabriela (1ª versão) e Dona Xepa; e a mini série Anos Dourados; - Gostei tanto da série, que tinha a fita VHS e, hoje, o DVd e a trilha sonora. No entanto sua história mostra-nos as transformações socioeconômico, cultural do país e do mundo. Quando ela fala da mãe, vejo minha avó materna, tentando ser minha mãe e as esposas de meus tios. Conhecimento dos bastidores de produção - como ela cria o personagem em  cima do que o autor e o diretor deseja. Dar uma aula de interpretação aos jovens que desejam seguir a carreira. E outros fatos humanos de vida igual a qualquer mortal.





14 de fevereiro de 2016

Hora Zero

Hora Zero
Towards ZeroAgatha Christie (1890-1976). Trad. Eliane Fontenelle. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1980. 136 páginas.

Sinopse:
O superintendente Battle, da Scotland Yard, sabia que aquele assassinato seria apenas o primeiro de uma série de crimes que ainda iriam ocorrer. E dispunha de cinco dados que, postos em sequência, faziam algum sentido. No entanto, a resposta não revelava o criminoso. E era preciso começar bem antes do crime, analisar várias circunstâncias diferentes que convergiam, todas, para um determinado momento e para um determinado local. O assassinato era apenas o ponto final, a Hora Zero.

Ponderação:
Não é a toa que a autora jamais foi superada. Realmente, pode-se dizer, com certa certeza, que temos a nação Christie, onde Agatha é a rainha! Hercule Poirot seu primeiro ministro! Miss Marple sua princesa! Os demais personagens são seus súbitos! Fazem parte de uma população problemática, onde reina o orgulho, ganância, ilusão, honestidade acima de tudo. O crime é tido como algo não compensador. Seu autor, ou melhor, o assassino é sempre apresentado por si próprio, é o menos óbvio. As evidências são por demais perfeitas. O uso da mão esquerda foi revelador, justo para um bom tenista, que nunca se  altera.



9 de fevereiro de 2016

Clube do Livro

O Clube do Livro do Fim da Vida
The end of your life Book Club. Will Schwalbe. Trad. Rafael Mantovani. Rio de Janeiro. Objetiva. 2014. 284 páginas (recurso digital)

Sinopse:
O que você está lendo?”. Esta é a pergunta que Will Schwalbe faz para a mãe, Mary Anne, na sala de espera do instituto do câncer Memorial Sloan-Kettering. Em 2007, ela retornou de uma viagem de ajuda humanitária ao Paquistão e ao Afeganistão doente. Meses depois, foi diagnosticada com um tipo avançado de câncer no pâncreas. Toda semana, durante dois anos, Will acompanha a mãe às sessões de quimioterapia. Nesses encontros, conversam um pouco sobre tudo, de coisas triviais como o café da máquina ao que, para eles, realmente importa: a vida e os livros que estão lendo. A lista vai do clássico ao popular, da poesia ao mistério, do fantástico ao espiritual. Eles compartilham suas esperanças e preocupações através dos livros prediletos. As conversas tornam-se um momento de profunda confiança e intimidade. Mãe e filho se redescobrem, falam de fé e coragem, de família e gratidão, além de serem constantemente lembrados do poder que os livros têm de nos reconfortar, surpreender, ensinar e dizer o que precisamos fazer com nossas vidas e com o mundo. Em O clube do livro do fim da vida, o autor faz uma declaração de amor à mãe, percorrendo a vida da corajosa e especial Mary Anne, a carreira nos anos 1960, o trabalho voluntário em países em guerra e, finalmente, o projeto de fundar uma biblioteca nômade no Afeganistão. Mesmo muito debilitada, ela não abre mão de fazer com que o tempo que lhe resta seja útil — para a família, os amigos ou uma criança necessitada do outro lado do mundo. Uma alegre e bem-humorada celebração da vida.

Ponderação:
Bom! O final é tão óbvio tal o começo, já no título somos apresentados a uma perda. E já vem cansando a repetições, ditas memórias literárias semi biográficas, das perdas através do câncer. Esgotou! O desenrolar da narrativa, basicamente,entremeada por análise leituras, obras, escritores, personagens; suas adaptações a outros meios da arte. Essas análises possibilitaram o esclarecimento de obras, que me foram indicadas, por amigos, como sendo 'história linda' sem nenhum embasamento crítico. Indicação por esta na moda!  O autor foi confuso ao citar o nomes das obras e seus autores no final. Minha leitura foi para conhecer opiniões a respeito de livros.
Mary Anne, uma mulher lutando para construir uma Biblioteca no Afeganistão e em Kabul, porque acredita que leitura e livros são capazes de matar a fome em todos os sentidos. Livros levam luz e  conhecimento aos menos favorecidos. Por acreditar nos ensinamentos apresentados nos livros, que possam mudar a maneira de como se encara o mundo e a vida.




6 de fevereiro de 2016

Solidão

Solidão: destino ou escolha?
Bernadete Toneto. São Paulo. Paulus. 2003. 62 páginas.

Sinopse / Ponderação:
Solidão. Para uns, mal intrínseco à era eletrônica. Para outros, característica máxima do estilo de vida pós-moderno. O fato é que o homo solitarius procura fugir de sua condição por meio de relacionamentos virtuais, que lhe dão a sensação de intimidade sem o risco do contato real. A tecnologia, nesses casos, pode ser salvação ou armadilha: somente por meio do reencontro consigo mesmo o ser  humano poderá dizê-lo.

Primeiro, não sei como esse pequeno de 62 páginas, veio parar aqui em minha mãos. Entretanto, identifiquei-me imediatamente com Isabel, mas sem uso da sala chat, na internet. Esse processo solitário é dolorido, quando não há possibilidade de compartilhamento de pequenos detalhes vividos e vivenciados. Não é no outro que busco ser feliz. Tenho momentos felizes, mas nem sempre um livro, um pet, um filme são capazes de eliminar a solidão; justo naquele momento que é necessário um ombro, uma mão, um sorriso, um afago!
Me encantou a definição de José Ortega y Gasset: "Se meditássemos sobre saudade em português - como se sabe, saudade é a forma galaico-lusitana de solitudinem, de solidão - falaríamos mais desta e veríamos que a solidão é sempre saudade de alguém, ou seja, é um ficar sozinho e sentir falta. A tal ponto é assim, que a palavra que em grego define "meu" e "solitário", monos vem de moné, que significa ficar, ou seja, se subentende ficar "sem", sem os outros. Seja porque já se foram, seja porque morreram. Em todo caso, porque nos deixaram... sozinhos. Ou então, porque nós os deixamos, fugimos deles e vamos ao deserto e ao retiro fazer vida de moné (daí, monakhos, monastérios e monge. E, em latim, solus... solus vem de sed-us, ou seja, do que fica sentado quando os demais partem)."      
Um passeio pela filosofia, literatura, poesia, cinema e música, enfocando os diversos conceitos da solidão. Através dos séculos, ela vem vinculada aos hábitos sociais e religiosos; chegando a ser considerada como uma doença. Na atualidade, partindo do século XIX, com o advento das máquinas e tecnologias, a solidão passou a ser encarada como "normal", no universo globalizado e da web, ocorrendo o adiamento da sensação temática, sentimento de solidão.
Lá pela metade do livro encontro uma definição, ligando Solidão com parâmetro por mim sentido, no último Natal = Abandono = Solidão está intimamente ligado ao abandono = Você tem amigos reais, primos reais, mas por você possuir ideias e ideais um pouco diferenciados. você não dar valor a ficar igual a ovo frito numa praia, seus amigos reais te ignoram e vão ser ovo frito na praia, = Você simplesmente abandonado. Ou sua companhia é trocada por jogo de futebol pela televisão. Você fica e está mais para abandono do que solidão.

Solidão - Pensar
Solidão - Estudar
Solidão - Por ser diferente da maioria
Solidão - Abandono