28 de janeiro de 2019

Existo, Existo, Existo

Existo, Existo, Existo
I am, I am, I am. Maggie O'Farrel. Trad. Adriana  Lisboa. Porto Alegre. Dublinense. 2018. 255 páginas.

Sinopse:
Nunca estamos mais perto da vida do que quando nos confrontamos com a possibilidade da morte.
Existo, existo, existo é o livro de memórias surpreendente de Maggie O'Farrell sobre as experiências de quase morte que pontuaram e definiram sua vida. A doença da infância que a deixou de cama por um ano, que ela não deveria sobreviver. Um desejo adolescente de escapar disso quase terminou em desastre. Um encontro com um homem perturbado em um caminho remoto. E, o mais aterrador de tudo, uma luta diária e contínua para proteger sua filha - para quem este livro foi escrito - de uma condição que a deixa inimaginável- mente vulnerável à miríade de perigos da vida.
Dezessete encontros discretos com Maggie em diferentes idades, em diferentes locais, revelam toda uma vida em uma série de instantâneos visuais e viscerais. Em prosa tensa que vibra com eletricidade e emoção contida, O'Farrell capta os perigos que correm logo abaixo da superfície e ilumina a preciosidade, a beleza e os mistérios da própria vida.

Ponderação:
Não vamos nos deter nos meandros narrativos. O fato entristecedor vai de encontro à Saúde Pública. Parece-nos que não há diferença entre um país desenvolvido e não desenvolvido, são todos 'apenas' mais um. Para se ter mesmo uma solução tem que ser privada (particularmente/individualmente) remunerada.
Outro ponto a considerar, lá como aqui, e neste universo, o porque dos médicos não 'acreditarem' no que o paciente diz em referência ao próprio  histórico médico, induzindo ao famoso erro médico.


21 de janeiro de 2019

Las hijas del Capitán

Las hijas del Capitán
María Dueñas. Barcelona. Planeta. 2018. 620 páginas.

Sinopse:
Nueva York, 1936. La pequeña casa de comidas El Capitán arranca su andadura en la calle Catorce, uno de los enclaves de la colonia española que por entonces reside en la ciudad. La muerte accidental de su dueño, el tarambana Emilio Arenas, obliga a sus indomables hijas veinteañeras a tomar las riendas del negocio mientras en los tribunales se resuelve el cobro de una prometedora indemnización. Abatidas y acosadas por la urgente necesidad de sobrevivir, las temperamentales Victoria, Mona y Luz Arenas se abrirán paso entre rascacielos, compatriotas, adversidades y amores, decididas a convertir un sueño en realidad.

Ponderação:
Quedome triste, cuando he terminado mi lectura en español. Por eso, llevo unas demasiadas horas en la lectura de una gran o pequeña novela. A mí me gusta mucho.¡Bueno! volvemos al portugués. 
A América recebeu centenas de latinos: espanhóis, italianos e portugueses em busca de novos horizontes. Muitos vieram como colonizadores, espanhóis e portugueses, outros vieram fugindo dos movimentos políticos vigentes, na Europa, no início do século XX. Neste romance temos todos os ingredientes da luta pela sobrevivência numa mudança forçada de vida. Trocar a segurança da terra natal pela desconhecida América com seus usos e costumes fora uma choque para quatro mulheres, que se vêem da noite para o dia, literalmente, sozinhas, sem rumo e sem sua segurança.
Feliz ou não, com apoio ou sem ele, As Arenas se reorganizaram. Alguns tentam explorá-las, vendendo a ilusão do sucesso diante do fato de estarem, totalmente, sem proteção. Houve quem lhe emprestaram ombros solidários e lhe abrindo os olhos para os acontecimentos nesta nova cidade e mundo de Nova York como poderia ser São Paulo. Essas quatros mulheres vão criando suas raízes e cada uma a sua maneira vai se posicionando na vida da cidade, mantendo-se num anonimato tal qual a maior parte dos que, para esse lado do mundo, vieram. 



15 de janeiro de 2019

O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros
Il deserto dei tartai. Dino Buzzati (1906 - 1972). Trad. Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 2018. 7ª ed. 206 páginas.

Sinopse:
Feliz por escapar da monotonia da academia militar, o jovem tenente Giovanni Drogo recebe com alegria a missão no forte Bastiani - para ele, a primeira etapa de uma carreira gloriosa. Embora não pretendesse ficar por muito tempo, o oficial de repente se dá conta de que os anos se passaram enquanto, quase sem perceber, ele e seus companheiros alimentavam a expectativa de uma invasão estrangeira que nunca acontece.
A espera pelo inimigo transforma-se na espera por uma razão de viver, na renúncia da juventude e na mistura de fantasia e realidade. Publicado originalmente em 1940, "O deserto dos tártaros" marcou a consagração de Dino Buzzati entre os grandes escritores italianos e foi eleito pela crítica especializada um dos melhores livros do século XX.

Ponderação:
Giovanni Drogo, Limonov, Julien Sorel e  Axel Heyst possuem semelhanças a fins, embora tenham sidos elaborados em épocas diferentes, vivem bem a "achoterapia" e vivem na solidão, a margem da civilização. Porém a narrativa, que é uma alegoria de espera de um inimigo, tem influências ideológica-política-filosóficas em pleno desenvolvimento no período abrangente da escrita do livro. Um outro inimigo pelo qual, talvez, possamos decidir, é a morte! A espera torna-se um nada, mesmo batalhando ou acomodando na vã esperança da ação ou ato de heroísmo.



 

7 de janeiro de 2019

Vox


Vox
Vox. Christina Dalcher. Trad. Alves Calado. São Paulo. Arqueiro. 2018. 320 páginas.

Sinopse:
Uma distopia atual, próxima dos dias de hoje, sobre empoderamento e luta feminina.
O Silêncio pode ser Ensurdecedor #100Palavras.
O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.
Esse é só o começo...
Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.
...mas não é o fim.
Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.


Ponderação:
A narrativa é próxima de outras ficções que descreviam e descrevem formas de governos autoritários. Com muito alerta em todos os lados. Não só na questão da limitação ou não limitação da linguagem oral verbal feminina.
O reverendo Carl representa; o que já vem sendo observado em algumas localidades; uma liderança ideológica-filosófica-doutrinária de movimento de pureza, sem pé e muito menos com cabeça, o raciocínio que ele utiliza para prejudicar as mulheres, até homens, é sem dúvida, uma deturpada análise das escrituras. Ou seria uma reformulação do ocorrido na Alemanha da década de 1930? Ou A Revolução Russa de 1917? Ou o que aconteceu na cidade de Granada, quando do desaparecimento de García Lorca?
O romance fala que o silêncio é perturbador,  mas o silêncio pode ser a arma da liberdade! Del e Poe dentro do universo silencioso demonstraram toda uma coragem no mesmo modelo da famosa Resistência Francesa durante a 2ª Guerra Mundial. O Silêncio pode ser perturbador, mas dele é possível aprender códigos não verbalizados.



4 de janeiro de 2019

Aviso 20

  • Querido leitor, querida leitora! Ano Novo! Novas Leituras! Leituras que precisavam terminar, pois já o devido tempo, necessário de reflexão da obra, realizadas. Continuando dando vazão às leituras em idioma espanhol. Continuação da proposta de algumas postagens anteriores e pensar em novas. Sempre há um que está chegando pela primeira vez. Portanto: - Não sigo a tendência da moda literária, possuo meus próprios parâmetros de indicação de leitura. Visto que a memória é minha grande aliada nesta empreitada, porque estou postando sobre os livros lidos desde os meus 12 anos. Quer dizer já somam mais de quarenta anos de leitura e as mais recentes. Neste ínterim, ficaria, imensamente, feliz com maior número de comentários, se gostaram dos livros ou do que eu escrevi. Descobri a existência de dois, por um determinado período, passando à três e quatro fãs que não perdem nenhuma postagem; passando a uma variante entre 5 a 30 em alguns dos posts.
  • O descrito em "Ponderação" pode e poderá ser considerado, sim, como uma visão e vivência de leitora comum, a consumidora e devoradora de livros e leituras. Não reflete opiniões pré-definidas de Direção de Redação ou Empresa Editorial. A maioria não estão, propriamente, em estilo jornalístico ou acadêmico. Abrange um rigor peculiar e particular em relação a memória. A leitura contemporânea, atual, virá com maiores ingredientes ou não. Muitas delas são frutos de indicações sugeridas no processo de leitura ou frase mencionada ou que corrobore com algum conceito exposto na convivência diária com outras pessoas.
  • Também, haverá novas informações em algumas postagens antigas, em virtude de uma segunda leitura, uma outra visão, com o amadurecimento do conhecimento das obras literárias ou não.
  • As pequenas surpresas continuam acontecendo. Realmente, sentindo-me bastante Curiosa, pois o livro de Título - Diário da Morte, A Tragédia do Cessna 140 - está sendo visitado. Gostaria de obter informações desses leitores, eles não postaram nenhum comentário. Pergunto-me o que há de tão importante neste livro. A não ser, simplesmente, o relato da eterna burocracia brasileira e paraguaia, o motivo de não chegar a tempo de salvar o piloto com vida. Outro livro, de Título - Aleluia, a Cigana - de Gilda de Abreu vem recebendo mais acessos, mas em comentário foi possível conhecer a fã. Nadja, Obrigada! A cada trimestre, realizo uma verificação uma a uma, sendo os dois títulos mencionados continuarem no posto de Primeiro e segundo lugar. Tivemos a oportunidade de conhecer mais alguns fãs.
  • Até...