23 de junho de 2014

Estorvo

Estorvo
Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque). São Paulo. Companhia das Letras. 1991. 142 páginas.

Sinopse:
Primeiro romance do compositor, aclamado pela crítica como a grande revelação de nossa literatura. A campainha insiste, o olho mágico altera o rosto atrás da porta e o narrador inicia uma trajetória obsessiva, pela qual depara com situações e personagens estranhamente familiares. Narrado em primeira pessoa, Estorvo se mantém constantemente no limite entre o sonho e a vigília, projeções de um desespero subjetivo e crônica do cotidiano. E o olho mágico que filtra o rosto do visitante misterioso talvez seja a melhor metáfora da visão deformada com que o narrador, e o leitor com ele, seguirá sua odisseia. 

Ponderação:
Na onda de Chico Buarque há cinco dias, já que o escrito, aqui, tem muito haver com memória das leituras, de mais longe e de mais perto. O distanciamento da crítica e de outros leitores, promove uma abordagem diferenciada. Portanto: A percepção foi completamente diferente apesar de eu ter experimentado a mesma sensação de confusão mental gerada pela leitura de Ópera do Malandro. A narrativa na primeira pessoa acompanha um ritmo que pareceu ser o das ideias, sem muitas explicações, como se já estivéssemos na mente do protagonista e pudéssemos saber exatamente quem eram aquelas pessoas, o que faziam, que lugar era aquele e o que havia sido o passado; o legal no livro é não ter dado nome a ninguém e lugares.



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