19 de junho de 2014

Com licença, eu vou à luta

Com Licença, Eu vou a luta
Eliane Maciel. São Paulo. Círculo do Livro. 1983. 260 páginas.

Sinopse:
Em Nilópolis Eliane, uma jovem de 15 anos que é filha de um casal de classe média baixa, se apaixona por Otávio, um desquitado com 33 anos. Ao saberem do namoro Eunice e Mílton, os pais de Eliane, a proíbem de ver Otávio. Porém Eliane continua o namoro e fica grávida. Seus pais descobrem a situação, tendo início pressões psicológicas acrescidas de prisão domiciliar imposta pela família, que tinha levado o caso à justiça e o juiz ordenara que Eliane e Otávio podiam regularmente se ver até que a situação deles se legalizasse. Além disto uma agressão do pai a faz abortar. Eliane procura ajuda legal e descobre que sem a presença dos pais não pode reclamar por seus direitos. Desta maneira o casal decide fugir, pois esta é a única saída que resta.

Ponderação:
Li esse livro após ter assistido ao filme e a entrevista da autora, quando do lançamento do livro. Bem, o texto parece ser de amador, mas em primeira hipótese é, pois deixa claro uma denuncia para a sociedade, quando os parâmetros dos bons costumes são quebrados. Até hoje, pais da classe média sentem-se envergonhados quando sua filha de quinze anos namora um homem bem mais velho e divorciado (desquitado, então). Esse é o fio da meada do livro, tem momentos confusos, pois a autora escreve com emoção. E denuncia os padrões de ajuda legal (da época) para seguir sua liberdade de escolha. Ao fugir de casa, com o homem amado, nunca mais olhou para trás. Esse homem deu a ela o que não tinha dentro de casa, compreensão, afeto e liberdade de opinião. Também foi um alerta ao preconceito de opiniões e padrões vigentes.



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