20 de outubro de 2013

Velhos Amigos

Velhos Amigos
Ecléa Bosi. São Paulo. Cia. das Letras. 2008. 111 páginas.

Sinopse:
A publicação de Velhos amigos é uma acontecimento: depois de lançar Memória e Sociedade - Lembranças de velhos, um dos mais originais e importantes ensaios sobre a memória individual e coletiva no Brasil, Ecléa Bosi volta ao tema, desta vez em abordagem literária. Aqui, lembranças reais de velhos operários, imigrantes e outros personagens anônimos da vida brasileira estão organizadas em pequenas narrativas entre o conto, o poema e a crônica, para serem lidas por jovens, crianças, adultos e velhos. Como diz Adélia Prado na apresentação do livro, "Velhos amigos bate à porta e o recebemos na cozinha, lugar bom de escutar o guardado na memória do afeto". 

Ponderação:
O melhor do livro é descobrir, através das coisas narradas, que a vida de qualquer um de nós pode, ou poderá um dia, ser transformada numa longa e linda história para ser contada e escrita. Alguém perguntará – aqueles, que só fizeram algum delito, terão a mesma oportunidade de ter sua história escrita ou recontada? Quem sabe? Se for para exemplificar sua falha na sociedade, pode ser? Tudo será no Quem sabe?
Voltemos, ao livro. São histórias que muitos de nós paramos de ouvir. São histórias para serem ouvidas e saboreadas. São histórias esquecidas da cidade. Tenho uma história que fora ouvida por minha mãe e contada por minha avó paterna; uma história triste, uma faceta do que foi a 1ª Guerra Mundial (nos seus muitíssimos casos anônimos), quando vovó tinha pouco mais de quinze anos. Mamãe contou essa história para a namorada de um amigo; ela fez cara de não acreditar e perguntou: - Será que aconteceu mesmo? Pessoas assim não irão gostar deste livro. Mas posso dizer. Adorei!


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