23 de junho de 2020

O diário de Jack, o Estripador

 O diário de Jack, o Estripador
The Diary of Jack the Ripper: the confessions of James Maybrick. Shirley Harrison. Trad. Felipe C. F. Vieira. 2ª ed.. São Paulo. Universo de Livros. 2019. 496 páginas.

Sinopse:
Descubra o que reside por trás do polêmico diário atribuído a Jack, o Estripador, um dos mais cruéis psicopatas da História. Jack, o Estripador, foi um dos primeiros serial killers de que se tem notícia, sendo também o mais famoso e investigado deles. Seus crimes foram cometidos em Londres no ano de 1888, e o mistério acerca do assassino é tão grande que se formou uma legião de interessados no assunto. Para jogar um pouco de luz em um dos capítulos mais terríveis das ruas londrinas, nesta edição de luxo do conteúdo do diário encontrado na Inglaterra, com a análise da autora Shirley Harrison. Aqui ela explica tudo sobre as origens do texto, a análise científica rigorosa a que ele foi submetido e revela novas informações surpreendentes. O livro ainda conta com mapas e fotos das principais pessoas envolvidas nos casos e apresenta o diário em si na íntegra, para que você também possa julgar as palavras profundamente perturbadoras de Jack, o Estripador.

Ponderação:
Quando o livro chegou, na caixa referente ao clube por assinaturas, não dei muita atenção ao título. Lembro-me de dizer para minha mãe, no momento, quando ela disse: -"Vou querer ler esse livro". Respondi: -"É uma ficção". E foi para a pilha.
Uma outra questão: - Houve uma época na nossa estrada de leitura, onde deixávamos para ler o prefácio e introdução, depois de ter lido do primeiro ao último capítulo da história. Fazíamos tal procedimento, visando saber o nosso real entendimento da obra, porque são itens que entregam a pista do desenrolar do enredo.
Desta feita, resolvemos iniciar mesmo através do inicio, só pulando a página dos agradecimentos. Ao final da leitura tanto do Prefácio como a Introdução permitiu realizar a leitura de forma distanciada. Na verdade, o relato é mais sobre a busca de evidências reais, sua autenticidade, de um diário escrito por alguém, que se autodenomina: - Jack, o Estripador. O lendário serial killer.
Dizemos, lendário, se considerarmos o universo reinante de estudos, teorias e demais tentativas para elucidar a persona assassina daquelas cinco mulheres de Whitechapel. Aqui, cai por terra a teoria de ser o príncipe Albert, duque de Clarence, o autor dos crimes. Há uma temática, onde naquele momento, todos os procedimentos investigativos eram rudimentares na tentativa de solucionar os crimes. Até as fotografias da perícia ou de jornal demonstram pouca clareza.
O importante na narrativa concentra-se no valor do trabalho de historiador o valor de documentos antigos preservados. Com isso, temos uma visão e noção de um todo. Porém, no que foi chamado de "política de sigilo" da polícia, serviu para criar o jornalismo criativo, que hoje, chamamos de jornalismo sensacionalista.
Resta: - Porquê os amigos e a família,  dizemos, os irmãos deixaram que a viúva fosse considerada culpada pela hipocondria de James/Jack? Porquê houve destruição das provas? Porquê Michael e Edwin, simplesmente, agiram como soubessem da realidade? Destróem o pouco de sanidade que havia naquela casa.
O Capítulo 20 pode ser considerado um bom exemplo, ilustrativo, de pesquisa científica e histórica abrangendo todos os campos do conhecimento. Já o seguinte, expressa toda uma controversa no quesito identificação da procedência de tinta e papel, isto é, sua composição química: - produto final.
- Diário utilizado em 1888/1889.

Pode-se dizer: 51% é verdade, 49% é especulação.



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