12 de junho de 2015

Minha Leituras: Dia de Luto

O texto de hoje é especial, com vistas no acréscimo de informações a leitura de "A Vida em tons de Cinza" de Ruta Sepetys, postado, aqui, em 12/11/2013. Como, também, o texto "Lina Vilkaite" no http://allagumauskas.blog.uol.com.br datado de 07/10/2012.


DIA DE LUTO E DE ESPERANÇA

Na noite de 14 para 15 de junho de 1940, a Lituânia, já sob a dominação soviética, foi sacudida por uma dolorosa experiência, tal qual um terremoto: a deportação em massa para a Sibéria. Soldados haviam vasculhado cidades e aldeias retirando cerca de 40.000 pessoas de suas casas, com a roupa do corpo, para embarcarem-nas em vagões de carga e leva-las para a longínqua e inóspita Sibéria, onde as temperaturas atingem 40° negativos ou até mais. Foram homens, mulheres, crianças, recém-nascidas, e idosos. O governo invasor, instalado no país, procurava desta forma atemorizar as pessoas e livrar-se de possíveis opositores ao regime. Muitos morreram pelo caminho e seus corpos ficaram ao longo dos milhares de quilômetros da ferrovia transiberiana.
Na Sibéria, em péssimas condições de moradia, alimentação e trabalho, as pessoas conviveram com doenças e toda espécie de provações que ceifaram muitas vidas. Os que sobreviveram foram submetidos a trabalhos árduos e sub-humanos. Foi o Gulag dos lituanos.
Durante a dominação soviética, a comunidade lituana radicada em Vila Zelina, bairro lituano de São Paulo, por sua história e tradição, lembrava de seus irmãos lituanos e de sua dolorosa história pedindo a  proteção de Deus e a intercessão de Nossa Senhora de Siluva em celebrações religiosas. Em reuniões cívico-culturais lembravam dos fatos por meio de peças teatrais e apresentações do coral.
Neste ano, como em anos anteriores, no domingo, dia 14 da junho, na missa das 11:00, na igreja São José de Vila Zelina, evocando a história, vamos rezar pelos lituanos e pela Lituânia, também pelo Brasil, para que aqui nunca prospere um regime como aquele que se instalou na Lituânia naqueles mais de 50 anos e que trouxe fatos como este que hoje recordamos e ainda o cerceamento da liberdade religiosa, de pensamento e de imprensa.
Convidamos pois, as pessoas a comparecerem a este ato religioso e juntos rezarmos em memória das vítimas da deportação para Sibéria e louvar e agradecer a Deus,  pela independência da Lituânia, já recuperada.
Agradecemos, antecipadamente pela presença.

Lúcia Maria Jodelis Butrimavicius
Tradutora Oficial de Lituano-Português
Vila Zelina, São Paulo - Brasil




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