22 de junho de 2015

Fernanda Montenegro

Fernanda Montenegro: a defesa do mistério 
Neusa Barbosa. São Paulo Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2008. 272 páginas. [Coleção Aplauso]

A Vida de Fernanda Montenegro
Fernanda Montenegro. Rio de Janeiro. Editora Rio Cultura. 113 páginas. [Série "Gente de Sucesso" - depoimento de...]

Sinopse / Ponderação:
Fernanda Montenegro é uma das poucas unanimidades nacionais, sendo considerada por todos – público, crítica e colegas – a maior atriz do Brasil. É também a primeira brasileira a ter uma indicação ao Oscar (de protagonista, em 1999, por Central do Brasil, de Walter Salles). Na ocasião, ainda que voltar para casa com a estatueta se mostrasse missão impossível, dado o calibre das outras atrizes candidatas, todos no Brasil assistimos à cerimônia em clima de Copa do Mundo. Ironicamente, a descoberta de Fernanda Montenegro pelo cinema se deu depois do rádio, do teatro e da tevê – seu primeiro filme aconteceu quando já tinha 36 anos. Mesmo sendo um ícone lendário do teatro brasileiro, teve em muitos filmes pequenas participações especiais. Mas sua tardia consagração internacional talvez tenha se dado justamente em função dessa maturidade profissional. Nascida Arlete Pinheiro da Silva, no Rio de Janeiro, de modesta família de imigrantes portugueses e italianos, tornou-se locutora, redatora e rádio-atriz aos 15 anos, ao passar em Concurso da Rádio Ministério da Educação. No teatro amador, do qual participava também Nicette Bruno, Beatriz Segall, conheceu Fernando Torres, que viria a ser o marido e companheiro de toda a vida. Com ele teve os filhos Cláudio, diretor de cinema e Fernandinha, atriz. Sua estréia profissional como atriz de teatro ocorreu em 1952, com a peça Loucuras do Imperador. No entanto, sua carreira somente veio a se consolidar quando, juntamente com o marido, os atores Ítalo Rossi, Sérgio Britto e o cenógrafo e diretor Gianni Ratto, formou sua própria companhia, o célebre Teatro dos Sete. Desde então no palco, no cinema e na televisão, participou de momentos antológicos e gloriosos da dramaturgia brasileira.
Acabei de ler esse volume, o primeiro citado, mas como Neusa Barbosa menciona a existência de "O Exercício da Paixão" de, da também jornalista, Lúcia Rito, quero confessar que já havia lido o segundo citado neste post, cuja aquisição, em 1984, em uma livraria da Avenida Paulista, numa banca "tipo saldão". Parece-me que foi uma produção bastante reduzida, talvez a própria Fernanda tenha olvidado desta publicação. E volto a mencionar o seguinte: são dois livros que podem ser lidos de duas maneiras, uma só o texto e na outra, as fotografias/imagens. Já temos como formar a história do teatro, cinema, rádio e televisão brasileira. E, lendo, os demais volumes da Coleção Aplauso, pode-se dizer que há uma interligação de sentimentos e emoções fortes. Lutas pela sobrevivência com dignidade.





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