9 de outubro de 2014

O Príncipe e o Mendigo

O Príncipe e o Mendigo
Mark Twain (1835-1910). Trad. Ganymédes José. Editora Tempo Cultural. 1989. 144 páginas. {Essa edição foi traduzida do espanhol e pertence 'Coleção Grandes Aventuras'}

Sinopse:
A história passa-se na Inglaterra, no século XVI. Tom Canty, um menino muito pobre e cheio de imaginação, consegue entrar no palácio real. Encontra Edward, o príncipe de Gales, e ambos descobrem que são bastante parecidos. Trocam de roupas e vêem que não há diferença entre eles. Edward, então, sai do palácio com as roupas de Tom, mas não consegue voltar, pois ninguém o reconhece. O mendigo passa a ocupar seu lugar como príncipe. Qual será o final dessa aventura? Alguém os reconhecerá?

Ponderação:
Bom, nos divertimos com as atrapalhadas de Mickey, na adaptação da obra pela Disney. Nos emocionamos com o filme de 1977. Temos que ter em mente o seguinte: Adaptações de obra literárias constituem uma releitura - a visão do roteirista e do diretor de nova obra. Livro é uma obra! Filme é outra obra! - Ponto final.
Mas, no Capítulo 7 - O almoço de Tomás no Palácio segue bem o esquema: 'Aquilo que você vê, nem sempre é aquilo que se vê.' Complicado, mas é isso mesmo, enquanto o verdadeiro príncipe passa pela mesma situação, na pobreza absoluta. Estão dizendo a verdade, porém ninguém está com os olhos bem abertos para ver o correto. Convenhamos, todas as adaptações feitas da obra não conseguem impor o sentido exato dado pelo autor. Todo sonho só pode ser realizado em sonho (meio propício) em outra circunstância, torna-se um pesadelo. E para sair dele, deve-se vivenciar todas as amarguras da vida.
Já no Capítulo 17 - A leitura atenta desse capítulo, fez-me lembrar de dois fatos: o mendigo (hoje, morador de rua ou sem teto) é merecedor de nossa caridade e simpatia? O tal deficiente é, realmente, deficiente de fato.
- Uma vez, foi-me narrado o seguinte: - o cidadão bem apresentado, olha para um lado e outro lado; levantou a tampa de inspeção da Sabesp, no meio da rua, retirou um saco plástico dentro contendo roupas. Trocou de roupa, passou algo no rosto e nos braços e pernas para parecer está a mais de um mês sem tomar banho. Ensacou a roupa boa, colocando-o no local aberto, recolocando a tampa. - Conclusão: Pergunta: - Mendigo virou profissão?
Quem teve o prazer de assistir "Candinho", filme de 1954 com Mazzaropi, vai lembrar do professor Pancrácio (Adoniram Barbosa), na fazenda um ilustre professor. Na capital de São Paulo, um ilustre mendigo (marador de rua). 
Bom, o Príncipe e o Mendigo é uma história de ficção passada no reinado de Henrique VIII, mas a real história era bem pior. A História se repete ou o ser humano é preguiçoso mesmo?!...




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