28 de janeiro de 2014

O Vendedor de Passados

O Vendedor de Passados
José Eduardo Agualusa. Gryphus. 2005. 199 páginas.

Sinopse:
Esta é a história de um albino que mora em Luanda, Angola, e que traça árvores genealógicas em troco de dinheiro. Estranho ofício, estranho o personagem principal - o vendedor de passados falsos, Félix Ventura - e mais estranho ainda o narrador: uma osga, um tipo de lagartixa. É ela que vai contar como o albino Félix fabrica uma genealogia de luxo para seus clientes . São prósperos empresários, políticos e generais da emergente burguesia angolana que têm futuro assegurado, mas falta-lhes um bom passado. A vida de Félix anda muito bem, até que uma noite recebe a visita de um estrangeiro à procura de uma identidade angolana. E, então, numa vertigem, o passado irrompe pelo presente e o impossível começa a acontecer. Sátira feroz à atual sociedade angolana, "O Vendedor de Passados" é uma reflexão sobre a construção da memória e seus equívocos.

Ponderação:
Esse foi o meu primeiro contato e leitura a respeito da literatura angolona. Curiosidade por completo, a indicação de leitura saiu de um comentário feito por Nina  Sankovitch, em 'O Ano da Leitura Mágica' e ao mesmo tempo lembrei-me de outro livro, sobre jornalismo, onde o autor mencionava a falta de conhecimento a respeito de Portugal e outros países com a língua portuguesa como meio primeiro de comunicação.
O autor define a problemática do tentar esquecer o passado dominador e viver sem o passado no presente e no futuro, vagar procurando as raízes perdidas da consciência nacional.

"O passado costuma ser estável, está sempre lá, belo ou terrível, e lá ficará para sempre." - compreende-se que o passado não pode ser apagado ou alterado como muitos acreditam e tentam.
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