19 de julho de 2019

O Silêncio da Chuva

O Silêncio da Chuva
Luiz Alfredo Garcia-Roza. São Paulo. Cia. das Letras. 2010. Formato digital.

Sinopse:
No centro do Rio de Janeiro um executivo é encontrado morto com um tiro, sentado ao volante de seu carro. Além do tiro, único e definitivo, não há outros sinais de violência. É um morto de indiscutível compostura. Mas isso não ajuda: ninguém viu nada, ninguém ouviu nada.O policial encarregado do caso, inspetor Espinosa, costuma refletir sobre a vida (e a morte) olhando o mar sentado em um banco da praça Mauá. No momento tem muito sobre o que refletir. De um lado, um morto surgido num edifício-garagem; de outro, a incessante multiplicação de protagonistas do drama. Tudo se complica quando ocorre outro assassinato e pessoas começam a sumir.

Ponderação:
Temos um escritor que não chega a perder a graça de um bom mistério policial, quizás uma Agatha Christie ou um Arthur Conan Doyle poderia ser seu mestre na arte de desvendar um crime. Espinosa gosta de filosofar e passeia pelos sebos em busca de edições primorosas de obras literárias de sucesso. Sherlock Holmes e Hercule Poirot, só para citar dois dos memoráveis inspetores, ficariam surpresos. Porém, estamos no Brasil e, ambientado no Rio de Janeiro, foge do estereótipo do gênero, apresentando fragmentos relacionados dos dramas pessoais, paralelamente, ao tema central da investigação. Carismático, o seu raciocínio de policial, levantando e descartando possibilidades, onde um suicídio que devido a imprevistos parece um crime aos olhos da polícia. Assim, a narrativa simples e elegante, o autor faz uma crítica implícita aos trabalhos da perícia e polícia, vez que por incompetência num caso de fácil solução, complicou-se. Ficou um pouco nebuloso, a questão da motivação do fato principal. Temos a frieza e coragem de Rose, a sair viva do sequestro.



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