30 de agosto de 2014

Éramos Seis

Imagem da Internet, a edição que li vinha com
capa dura, pois havia sido restaurada.
Éramos Seis
Maria José Dupré (1898-1984). São Paulo. Ática. 1975. 194 páginas.

Sinopse
A história de Dona Lola e sua família, uma bondosa e batalhadora mulher que faz de tudo pela felicidade do marido, Júlio, e dos quatro filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Maria Isabel. A vida de Dona Lola é narrada desde a infância das crianças, quando Júlio trabalha para pagar as prestações da casa onde moram, passando pela chegada dos filhos à fase adulta e de Dona Lola à velhice. Conforme os anos passam, vão se modificando as coisas na vida de Dona Lola: a morte de Júlio; o sumiço de Alfredo pelo mundo; a união de Isabel com Felício, um homem separado; a ascensão de Julinho, que se casa com uma moça de família rica. O título do livro vem da situação de Dona Lola ao fim da vida, sozinha num asilo: eram seis, agora só resta ela. Também são expostos no livro outras personagens, como os familiares de Lola: na cidade de Itapetininga, interior paulista, moram a mãe, Dona Maria; a tia Candoca; as irmãs Clotilde, solteira, e Olga, casada com Zeca, seu cunhado; na cidade, vive a rica tia Emília, irmã de seu pai; e a filha dela, Justina.

Ponderação:
Quando li o romance, foi para verificar algumas falhas na adaptação feita pelo SBT, nos anos 1980. Havia cenas e personagens que não se encaixavam. Mais, ainda, pela adaptação anterior feita pela extinta Tupi, dos comentários de quem a assistiu. Não poderei afirmar ou não se gostei, porque só assisti alguns capítulos da segunda versão, visto que minha avó assistia e, durante o jantar, eu nas poucas vezes coincidentes de o trânsito estar bom, na época.
Narrada em forma de lembranças, por Lola descreve sobre sua vida e de sua família. As inúmeras vicissitudes da vida vão moldando a histórias e o caráter de seus filhos, mesmo sendo criados juntos, são muito diferentes. O retrato da história é, ainda hoje, pais sem autoridade diante dos filhos, que fazem o que quer, ou seja, os pais de uma maneira ou de outra sempre acabam cedendo, até chegar um ponto intolerável, turbulento de aflição, tormento, noites sem dormir, família se desmoronando, em que os pais na velhice são jogados em asilos, sendo que os filhos nunca ajudaram em nada, nunca chegaram perto do fogão. Passeia pela política da época e da Revolução de 32, com muita morte, onde o povo paulista em não aceitar um governo sem Constituição, uma terrível página da história de São Paulo, Pouco lembrado hoje, pelos paulistas e pouco sabem do porquê do feriado 9 de julho.



Nenhum comentário:

Postar um comentário