22 de julho de 2014

Como Eu Era Antes de Você

Como Eu Era Antes de Você
Me Before You. Jojo Moyes. Trad. Beatriz Horta. Rio de Janeiro. Instrínsica. 2013. 320 páginas.

Sinopse:
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.

Ponderação:
Ser deficiente não é ser igual ao Quasímodo. Parece que o efeito, de se ter algum familiar/parente ou amigo deficiente, é igual em qualquer parte do planeta. Amor por osmose.
O que temos, aqui, são vidas fechadas em uma redoma de vidro; uma por aceitar a vida como é, simples, sem grandes ambições, ouvindo sobre vidas alheias atrás de um balcão de café e colocada em segundo plano pela pessoa que pensa amar. A outra - rica com possibilidades mil de realizações, encontra-se em um mar de autodestruição. Mas, quando essas vidas abrem uma pequena porta e entre elas surge uma ponte, há uma explosão de valores, sentimentos, egoismo, esperança, desabrochar de conhecimento e capacidade de  realização. Há uma mescla de perdas e ganhos: - egoismo - através do suicídio (voluntário/eutanásia) de Will e esperança - desabrochar para a vida em Lou Clark.
Foram seis meses de adrenalina para ambos. A aventura nas Ilhas Maurício não foi suficiente para quebrar o egoismo prepotente de Will em visualizar um raio de esperança na sua recuperação. A história, também, nos permite observar as dificuldades de convivência entre os deficientes - no caso - esse horrendo qualificativo, cadeirante, com o chamado mundo normal.
O desenvolvimento narrativo foi bom, principalmente, quando Katrina, Nathan, Sr. e Srª Traynor apresentam seus olhares na história de Lou Clark.



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