7 de julho de 2014

A Menina que Semeava


A Menina que Semeava: é preciso noite para surgir o dia
Blue. Lou Aronica. Trad. Maria Angela Amorim de Paschoal. Ribeirão Preto. Novo Conceito. 2013 414 páginas.

Sinopse:
Chris Astor é um homem de seus quarenta e poucos anos que está passando pelo mais difícil trecho de sua vida. Ele tem uma filha, Becky, de 14 anos, que já passou imensas dificuldades até chegar a se tornar uma moça vibrante e alegre, mas que parece que terá que enfrentar mais um grande problema em sua vida. Quando Becky era pequena e teve câncer, Chris e ela inventaram um conto de fadas, uma fantasia infantil que adquiriu vida e tornou-se um terrível, provavelmente fatal, problema. Agora, Chris, Becky e Miea (a jovem rainha da fantasia criada por pai e filha) terão que desvendar um segredo: o segredo de por que seus mundos de fantasia e realidade se juntaram neste momento. O segredo para o propósito disso tudo. O segredo para o futuro. É um segredo que, se descoberto, irá redefinir a mente de todos eles.A menina que semeava é um romance de esforço e esperança, invenção e redescoberta. Ele pode muito bem levá-lo a algum lugar que você nunca imaginou que existisse. Uma fantasia que trabalha assuntos densos como a separação dos pais, oncologia infantil, separação de filha e pai, adolescência. A menina que semeava não é um livro sobre adolescentes comuns. É sobre uma que se deparou prematuramente com a ameaça do fim e teve de tentar aprender a lidar com ele. 

Ponderação:
Mais uma leitura com duas histórias paralelas e desta feita, sem uma linha divisória clara. A clareza se dá mais ou menos no meio do livro. Marasmo da vida. / Sexta-feira. Noite. DVds ou livros. / Solidão. / Uma técnica que havia aprendido num livro. Ele existe há mais de mil anos, pai. Deve ter alguma coisa nele. / Às vezes, a vida pede um atalho inesperado (a situação fica negra e sem luz). / Talvez um modo de se reconectar com sua origem. / A imaginação cria coisas infinitas. / Precisavam abraçar a essência. / Eu desisto.
Desistir, há momento da desistência! Perdas fazem com que desistimos de nós mesmos. Estou um pouco com a síndrome da leitura mágica, em sentido de descreverem sobre perdas e perdas. Perdas, no caminho das perdas. A capa do livro sugere tudo, menos do que uma cura. A perda maior não está na morte, mas na capacidade doentia que há em alguns humanos de acreditarem não existir vida com imaginação ou viver dentro dela, não é privilégio somente das crianças com menos de dez anos. Os adultos que conseguem imaginar e compartilhar suas experiências, neste campo, são mais felizes e, por, assim, dizer, suportam melhor a perda do ente querido em qualquer momento de sua existência.




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