27 de abril de 2014

A Filha do Silêncio

A Filha do Silêncio
The Daughter of Silence. Morris West (1916-1999). Trad. Brenno Silveira. São Paulo. Nova Cultural. 1987. 329 páginas. (Best Sellers) # São Paulo. Klick Editora. 1997. 241 páginas. (Coleção Supertítulos/Estadão) .

Sinopse:
Em A Filha do Silêncio, um crime aparentemente frio e incompreensível é cometido em plena luz do sol em uma aldeia na Toscana, na Itália. A assassina vai a julgamento. É aí que vem á luz uma conspiração de silêncio feita por várias pessoas, todas ligadas a outro crime, cometido 16 anos antes. Morris West não brilha apenas por relatar o trâmites legais de um julgamento extremamente complicado, mas também por entremear com maestria os dramas pessoais do advogado de defesa e dos membros de sua família. 

Ponderação:
O direito foi pervertido pela política, pelo poder, pela conspiração deliberada.”, qualquer semelhança com o Brasil atual não será mera coincidência? Ou será? Deixemos as divagações filosóficas e políticas de lado, a frase citada é, também, aplicada aos seres humanos.
Divertido, sim, foi ler a história em duas edições e tratamento gráfico diferenciado e como na vida tem sempre uma primeira vez, eis o ocorrido: - A edição de 1987, quando chega “... uma dedicação ...” última palavra da página 174 não terá continuação lógica na 175, porque há um erro gráfico (montagem das páginas), retornando à página 127 (127-158 – ficam duplicadas); consequentemente, o texto compreendido nas páginas 175 a 206 fica ausente. Ao comentar o fato com a dona da locadora, minha amiga, ela providenciou outro exemplar para poder ter a visão completa da obra.
O salvador dos fatos e da história é Peter Landon, médico psiquiatra, em férias e convidado a auxiliar em um processo criminal. Ele faz o elo de ligação do presente, passado e futuro de todas as personagens nesta eletrizante narrativa de West. Juntamente com Ninette, devolve o senso humano a Carlo e Valeria Rienzi, Alberto Ascolini.
Sendo leiga, encantou-me o teor narrativo descritivo da aplicação da lei e os valores das provas (passado e presente), isto é, a vida da vitima e da ré tinham que ser investigadas, na tentativa de fazer justiça e tão somente justiça. Seria bom, que os reitores de faculdades de ensino das Ciências Jurídicas começassem a pensar e a avaliar a possibilidade de que esse livro fosse leitura obrigatória aos alunos dos primeiros anos de curso, para enriquecimento cultural de futuros advogados.


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