2 de fevereiro de 2021

O Sol mais Brilhante

O Sol mais Brilhante
The Brightest sun. Adrienne Benson. Trad. Elisa Nazarian. Rio de Janeiro. Harper Collins / TAG. 2020. 319 páginas. 

Sinopse:
Leona, uma antropóloga americana, dá à luz em um remoto vilarejo massai no interior do Quênia e precisa decidir se quer ou não ser mãe. Jane, a solitária esposa de um funcionário da embaixada dos Estados Unidos, segue seu marido para os trópicos e vê como a vida pode ser frágil no continente africano. Simi, uma mulher massai estéril, precisa confrontar sua infertilidade em uma sociedade em que as mulheres são valorizadas apenas pelo seu papel como reprodutoras. Em uma obra singular, essas três mulheres tão diferentes entre si enfrentam a maternidade, encaram tragédias e amadurecem diante das dificuldades não somente do cenário subsaariano, mas da existência humana.

Ponderação:
Mais da África. Ficamos, aqui, pensando: - A África que conhecemos, hoje, é produto de quem? - Ingleses, alemães, belgas, franceses, árabes, portugueses, ou espanhóis? Temos a sensação de estar no  limiar parecido com os indígenas das Américas.
A cultura nativa e folclórica desaparecendo. Sim! A nossa educação acadêmica ninguém poderá tirar, mas a essência cultural nata poderá desaparecer no processo de aculturamento das etnias e raças.
O capítulo "Deus é a chuva, Deus é o céu", a lenda contada por Simi, ou mitologia, abrangendo as raízes da árvore  com a mulher no quesito maternidade é muito significativo. A leitura do livro valeu por  ele.
Duas mulheres com problemas psicológicos com relação dos dramas familiares, não  desejam ser mães. São obrigadas a encarar a maternidade e  seus conflitos. Uma terceira enfrenta a maternidade como destino social ou maldição, assim é a tradição da aldeia africana, no Quênia.
Leona, antropóloga, torna-se mãe de maneira indesejada, totalmente irresponsável. Jane, bióloga, encara a maternidade com a observação feita do comportamento da vida familiar elefantes. Simi, nativa, acba por não gerar filhos, mas cuida dos filhos de outras mulheres, de certa maneira, assegurando o seu status social.
Por assim, cada uma delas busca forças individuais para lidar com as próprias angústias; a união universal entre as mulheres, porém, mostra-se a chave da superação e do amadurecimento pessoal. Apesar de muito diferentes, as três enfrentam as  expectativas da maternidade, e as dificuldades para encontrar a  sua identidade e o seu lugar no mundo. Então, elas entendem que o significado de família pode ser, principalmente, o amor que nos move em tempos de incerteza a respeito da existência (e da sobrevivência) humana.  


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