8 de fevereiro de 2021

Cartada Final

Cartada Final
The Guardians. John Grisham. Trad. Roberta Clapp e Bruno Fiuza. São Paulo. Arqueiro. 2020. 448 páginas.

Sinopse:
Numa pequena cidade da Flórida, o advogado Keith Russo é morto a tiros em seu escritório. O assassino não deixa pistas e não há testemunhas, mas a polícia logo suspeita de Quincy Miller, um jovem negro que já foi cliente de Keith.
Quincy é julgado, condenado e sentenciado à prisão perpétua. Por 22 anos ele continua jurando inocência. Só que ninguém lhe dá ouvidos. Desesperado, ele escreve uma carta a Guardiões da Inocência, uma pequena organização que luta contra condenações injustas e defende pessoas esquecidas pelo sistema.
O apelo de Quincy convence o advogado Cullen Post, que inicia a própria investigação. Só que o caso logo se mostra muito mais difícil - e perigoso - do que ele esperava. As pessoas poderosas e cruéis que assassinaram Keith Russo não querem que Quincy Miller seja absolvido.

Ponderação:
A diagramação é bem interessante: - um relógio marcando o compasso do tempo, na abertura de cada capítulo, tal qual a ampulheta estampada na capa.
A narrativa gira em torno de mais ou menos oito casos de prisões injustas. - É provar a inocência do preso! Encontrar o culpado não é o objetivo da Guardiões da Inocência. Temos um advogado / pastor que 'fuça' todos os elementos envolvidos na busca das peças soltas que possibilitará argumentar pela clemência ao preso injustamente julgado. A principal envolve e descreve o ambiente sombrio relacionado ao assassinato de Keith Russo e de seu 'assassino', Quincy Miller. 
As personalidades e problemas de etnia: - racismo -, vão nos sendo apresentados em nuvens cinzentas. Alguns dos personagens nem sequer chegou perto dos dois. A poeira vai chegando perto do xerife que comandou as investigações que levaram Quincy para a prisão. Enquanto vamos nos aprofundando na leitura, a adrenalina aumenta ao perceber a eficiência do tráfico de drogas, corrompendo áreas do Estado, que deveria proteger o cidadão comum das ações ilícitas de seus agentes públicos. 
A morosidade do judiciário permitindo a ocorrência de injustiça em seu seio. Parece-nos uma questão universal que a justiça seja morosa!
Uma obra de ficção pode abordar qualquer tema, porém a questão da análise da lanterna guardada por mais de 20 anos, poderia ser um pouco mais coerente com a realidade química e física. Em sã consciência, um objeto como o do relato não estaria em condições para análise da maneira como foi descrita. 



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