23 de fevereiro de 2020

A República Brasileira - Jânio Quadros

Coleção Folha "A República Brasileira: 130 anos"
Eliane Lobato. São Paulo. Folha de São Paulo. 2019. (volume 15) 58 páginas.

Luz... Câmera... Jânio Quadros em ação: (O avesso da comunicação)
Nelson Valente. São Paulo. Panorama. 1998. 121 páginas.

A Campanha da Vassoura
Vandick L. da Nóbrega. Rio de Janeiro. Edição do Autor. 1960. 133 páginas.

O Governo Jânio  Quadros
Maria Victória de Mesquita Benevides. São Paulo. Brasiliense. 1981. 88 páginas. [Tudo é História nº 30]

De Vereador a Presidente da República. texto de Luiz Casadei Manechini in São Paulo na Tribuna: Primeira Legislatura (1948-1951) in História das Legislaturas Contemporâneas - Volume 1. Escola do Parlamento da CMSP. São Paulo. Imprensa Oficial. 2012.

Sinopse / Ponderação:
Ok! No Brasil há leis boas e más, mas parecem que as más prevalecem. Um decreto assinado pelo, então, presidente Jânio Quadros e, na opinião dele próprio - "Se aquele decreto houvesse sido respeitado e aplicado, São Paulo não teria perdido os rios Pinheiros e Tietê." - relato encontrado à página 99 do livro acima citado, de Valente.
No capítulo "Decreto Ecológico", Jânio já demonstrava sua e, talvez, do resto da população com o Meio Ambiente e às águas - [decreto 50.877, em 29 de julho de 1961]  - um dos primeiros atos normativos, em favor do Meio Ambiente, editados no mundo. Não colocado em prática pelos seus sucessores para não lhe darem crédito de seu pioneirismo. Seria bom, os ecologistas, de hoje, de plantão, darem uma pesquisada na história da preocupação da preservação do nosso Meio Ambiente. Talvez, estivéssemos dormindo demais neste quesito. "Quem destrói uma árvore, tirando-a do caminho, está e estará condenado ao sofrimento. Porque a árvore é, assim como os animais, filha de Deus."  
Quando Jânio assumiu a Presidência, tornando-se o primeiro Presidente a ser empossado na recém inaugurada Brasília, tínhamos dois anos e três meses de vida; participamos daquela eufórica posse sem saber seu real significado. Crescemos, ouvindo que Jânio era o "Homem dos sete meses". Que fazia incertas nas repartições públicas. Que cobrava atitudes. Que jogava laranja nas calças dos rapazes, onde a fruta parasse era para ser cortada, em sinal de desaprovação de uso  da moda. Havia comentário do famoso sanduíche de mortadela, real - (acredito que vovô tenha pego um;  vovô era janista ferrenho). Mamãe lembrou uma musiquinha envolvendo Jânio, Adhemar de Barros e Lucas Nogueira Garcez. Infelizmente, não será possível transcrever a letra por causa das regras atuais - que acham tudo inglorioso no nosso passado histórico/cultural/artístico. - Na verdade a letra é bem chula, mas havia malicia ou era pejorativa aos políticos. Simples sátira!
Já na faculdade, tomamos contato informativo com um senhor com gestos tresloucados, sempre mencionando o nome Eloá. No que foi nossa segunda formação acadêmica, tivemos um professor que fora secretário de imprensa de Jânio, enquanto Governador de São Paulo (1954-1958), que mencionou uma atitude própria do governador, em um dia de suas saídas de investigações nos setores públicos. Também contou-nos, até, então, agosto de 1985, ser o Governo do Estado de São Paulo, o único que não renunciou, pois a Assembleia Legislativa não autorizou.
Durante seu período na Prefeitura Paulistana, de 1986 a 1988,  as pessoas agiam, realmente, dentro dos parâmetros da honestidade e ética. Por medo ou respeito, todos sabiam que o Dr. Jânio podia aparecer de uma hora para outra, do nada, sem prévio aviso.
Seja lá, a razão da renuncia, Brasília não era compatível aos seus famosos bilhetinhos. Na história oficial desse homem, ainda, há centenas de lacunas. Sua maneira de fazer política única. Não há seguidor a sua altura.
A eleição de Jânio Quadros representou o colapso dos partidos políticos. Sendo eleito, ele desprezou a base política e políticos com seus partidos. Infelizmente, foi o que vivenciamos na eleição de 2018, um novo colapso dos partidos políticos. O mesmo poderá ocorrer neste ano de 2020, no âmbito municipal.
E com a crise política inaugurada por Jânio, 1961 tornou-se o ano dos cinco Presidentes.

Observação:
"Carta Renuncia" está incluída em "Discurso que Mudaram o Mundo" (volume 20 da Coleção Folha 'Livros que mudaram o mundo' de 2010)



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