24 de agosto de 2018

Voragem

Voragem 
Manji. Junichiro Tanizaki. Trad. Leiko Gotoda. São Paulo. Cia das Letras/Tag. 2018. 240 páginas.

Sinopse:
Escrito originalmente em forma de fascículos entre 1928 e 1930 para uma revista japonesa, Voragem é um dos romances mais aclamados de Junichiro Tanizaki. No centro da trama está Sonoko Kakiuchi, uma jovem casada que frequenta um curso de arte. Nas aulas, ela conhece Mitsuko, uma colega de beleza estonteante por quem se vê perdidamente apaixonada. Sem conseguir frear seu desejo arrebatador, Sonoko se aproxima em uma pretensa relação de amizade e forja um contato cada vez mais íntimo, despertando rumores ao seu redor. Mitsuko, por sua vez, é implacável e não tarda a enredar sua amante em uma trama de chantagens.

Ponderação:
Esperávamos  mais desse romance. Pelo fato de ser algo novo, para nosso enriquecimento literário, no primeiro contato com a literatura japonesa. Foi meio traumático. Em meio de uma rede de tramas, conspirações, mentiras, mentiras e contínuas, amor e sexo, ciúmes doentio. Para mostrar até onde pode ir o amor de um para outro, parar ou destruir. O erotismo, mesmo nas entrelinhas, é um processo de loucura. Escolhas absurdas ou, seriam absurdas em qualquer ponto do tempo, espaço, não apenas no Japão da década 1920. Uma crescente obsessão e intrigas. Uma espécie de areia movediça, manipulação completa e total insanidade. O morrer significa fugir dos problemas terrenos e viver no paraíso. Tudo na narrativa desenvolvida através da perspectiva melindrosa de Sonoko.



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