28 de janeiro de 2015

Minhas Leituras: São Paulo

O título deste post foi uma reflexão, quizás, aos dois cursos de literatura, que fiz. Já li muito e muito mesmo. A lista de livros e poemas musicados não refletem nenhum parâmetro didático, mas, sim pessoal. Suas características são o cenário da cidade de São Paulo ou alguma personalidade que, aqui, tenha sobressaído em altivez. Todos já mencionados, acá, no blog e, alguns,  no https://allagumauskas.blog.uol.com.br.
Haverá acréscimos de títulos, no decorrer, de outras leituras.
Livros:
Amar, Verbo Intransitivo de Mário de Andrade.

Barra Funda de Krystyna Okrent, Lina Angélica Maria Gumauskas |et al|.

A Camélia Branca – 1882 de Nelson Câmara. A Escravidão e Antonio Bento de Souza e Castro - Personagem principal da luta e da presente narrativa.

Éramos Seis  de Maria José Dupré. Faz um passeio na Revolução de 32, com muita morte, onde o povo paulista não quis aceitar um governo sem Constituição, uma terrível página da história de São Paulo. Pouco lembrado hoje, pelos paulistas e pouco sabem do porquê do feriado 9 de julho.

Quando começou em SP? – 458 respostas pelo guia de turismo. Laércio Cardoso de Carvalho. É uma delícia!

Brás, Bexiga e Barra Funda de Antônio de Alcântara Machado.

Floradas na Serra  de Dinah Silveira de Queiroz. Um pouco na cidade de São Paulo e outro em Campos do Jordão.

Rua Cuba: O crime perfeito? de Anélio Barreto. Não houve solução.

Câmara Municipal de São Paulo (1560-1998): Quatro Séculos de História. Délio Freire dos Santos & José Eduardo Ramos Rodrigues. 

Câmara Municipal de São Paulo: 450 anos de História. Com texto e pesquisa de Ubirajara de Farias Prestes Filho. 

Velhos Amigos de Ecléa Bosi. 

Vila Prudente: do Bonde a Burro ao Metrô  de Newton Zadra. 

O Dia de Santa Bárbara  de Paulo de Tharso.

Aos Meus Amigos de Maria Adelaíde Amaral.

São Paulo de Nossos Avós de Raimundo de Menezes.

O Inferno é Aqui Mesmo de Luiz Vilela.

Dionísio Azevedo e Fora Geni: Uma Vida na Arte de Dionísio Jacob.

Vida Alves: Sem Medo de Viver de Nelson Natalino.

O Gênio do Crime de João Carlos Marinho Silva.






Das Poesias Musicadas (As Músicas):
Sem sombra de dúvida, Adoniram Barbosa é o que descreveu melhor a alma do paulistano. ficaria difícil selecionar algumas, mas as demais possuem pontualidades marcantes. Com a exceção de Lampião de Gás, serão parciais, as letras.


Sampa de Caetano Veloso,
"Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

{...}"


Rua Augusta de Ronnie Cord
"Entrei na Rua Augusta a 120 por hora
Botei a turma toda do passeio pra fora
Fiz curva em duas rodas sem usar a buzina
Parei a quatro dedos da vitrina

{...}
Toquei a 130 com destino à cidade
No Anhangabaú eu botei mais velocidade
Com três pneus carecas derrapando na raia
Subi a galeria Prestes Maia
Tremendão

{...}"


Sinfonia Paulistana de Billy Blanco
"{...}
Louvado seja Anchieta, pra sempre seja louvado 
{...}
Raízes de Brasil, chegaram até aqui 
{...}
Na tez de uma paulista em cheiro de floresta 
{...}
As coisas da história de São Paulo exigem 
{...}
Povoava cidade mais cidade 
Bandeiras, monções, São Paulo 
Que amanheceu trabalhando 
São Paulo, que não sabe adormecer 
Porque durante a noite, paulista vai pensando 
Nas coisas que de dia vai fazer 
São Paulo, todo frio quando amanhece 
Correndo no seu tanto o que fazer 
Na reza do paulista, trabalho é Padre-Nosso 
É a prece de quem luta e quer vencer 
{...}
Paulista é quem vem e fica plantando, família e chão 
Fazendo a terra mais rica, dinheiro e calo na mão 
Dinheiro, mola do mundo, que põe a gente na tona 
{...}
São Paulo, que amanhece trabalhando 
{...}
A cor diferente do céu de São Paulo não é da garoa 
É véu de fumaça, que passa, que voa 
Na guerra paulista das mil chaminés 
São Paulo, que amanhece trabalhando 
Começou um novo dia, já volta 
Quem ia, o tempo é de chegar 
{...}
Vai o paulista na sua, para o que der e vier 
A cidade não desperta, apenas acerta a sua posição 
{...}
Para São Paulo crescer 
Vão bora, vão bora, olha a hora 
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora 
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora 
Que o tempo não espera, a vida é derradeira 
Quem é vai ser, já era de qualquer maneira 
{...}
São Paulo nunca pára, mas você, parou 
Vão bora, vão bora, olha a hora 
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora 
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora 
São Paulo que amanhece trabalhando 
{...}
Só em São Paulo que é a terra do depressa 
{...}
São Paulo jovem, dos que promovem velocidade 
{...}
São Paulo jovem, na mesma cela 
{...}
Grande São Paulo, como eu gosto de você 
São Paulo, que amanhece trabalhando 
São Paulo que não pode amanhecer 
Porque durante a noite, paulista vai pensando 
Nas coisas que de dia vai fazer. 
{...}"


Ronda de Paulo Vanzolini
"{...}
E neste dia, então,
Vai dar na primeira edição:
Cena de sangue num bar
Da avenida São João."


Lampião de Gás [gravação de Inezita Barroso]
"Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Da sua luzinha verde queimada
Que iluminava minha janela,
Do almofadinha lá dá calçada,
Palheta branca, calça aufofada
Do bilboquê, do diabolô,
"Me dá foguinho", "vai no vizinho"
De pular corda, brincar de roda,
De Benjamim, Jagunço e Chiquinha

Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Do bonde aberto, do carvoeiro
Do vassoureiro com seu pregão
Da vovozinha, muito branquinha,
Fazendo roscas, sequilhos e pão
Da garoinha fria, fininha,
Escorregando pela vidraça,
Do sabugueiro grande e cheiroso,
Lá do quintal da rua da Graça

Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Da minha São Paulo, calma e serena,
Que era pequena, mas grande demais!
Agora cresceu, mas tudo morreu...
Lampião de gás que saudade me traz



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