26 de janeiro de 2015

Assim Morreu Trancredo

Assim Morreu Tancredo
Antônio Britto. Porto Alegre. L&PM. 201 páginas.

Sinopse:
Um povo inteiro de 130 milhões de pessoas sofreu a dor e a agonia dos últimos 38 dias de vida de Tancredo Neves, o Presidente que fez e não viu a Nova República. Neste drama político que mereceu a maior cobertura da imprensa, do rádio e da TV no Brasil, um único repórter atravessou os limites da UTI: Antônio Britto, o porta-voz que, como Tancredo, nunca seria empossado na Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto. 
O país se habituou a tentar decifrar na expressão fechada de Britto aquilo que não era dito no rigor dos boletins


Ponderação:
O slogan "Testemunha Ocular da História" pode-se aplicar ao Antônio Britto, naqueles 38 dias de 1985, de 14 de março a 23 de abril. Ele foi a única testemunha de uma festa regada a eterna contradição: Poder e Fator Eternidade. Testemunha de uma guerra peculiar - A da Vaidade. A Ética da Medicina melindrada entre Brasilia e São Paulo, provando que o País não estava (e até hoje) preparado para as emergências. A guerra do Poder e os bastidores da Política. Trinta e oito dias, nos quais o Brasil parou. Um fato marcou-me muito, naquele período, e, como eramos 'focas' - estudantes de Jornalismo -  Um dia, houve uma pequena discussão e aos brados, um colega disse: " - Não se pode contar a real verdade, porque vai haver uma histeria e comoção geral, o povo vai destruir tudo." Isso significa, que nós profissionais da Imprensa devemos ter o máximo de cuidado ao transmitir uma notícia, pois, talvez, estaremos contribuindo com a guerra. 
Aprendi mais com essa segunda leitura do livro. Britto confirmou toda a narrativa em seu depoimento no "No Planalto, com a Imprensa", sendo o primeiro do volume 2.



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