22 de dezembro de 2014

Conto de Natal

Conto de Natal
Charles Dickens (1812-1870). América do Sul. 1988. 96 páginas. {Biblioteca de Ouro da Literatura Universal, vol. 10}

Sinopse / Ponderação:
Qual é o título desta obra: Um Conto  de Natal? Cântico de Natal? Conto de Natal?  Visto que inúmeras publicações, com, de alguma maneira, intitulado de forma a parecer diferente, mas é a mesma história. Texto escrito em menos de um mês para pagar dívidas, retrata a era vitoriana. Consagra seu autor e acabou por perder seu título mesmo.
O enredo traz a figura de Scrooge, um rabugento homem de negócios de Londres, sovina e solitário, que não demonstra um pingo de bons sentimentos e compaixão para com os outros. Não deixa que ninguém rompa sua carapaça e preocupa-se apenas com seus lucros. No frio natalino, ele é visitado pelo fantasma de Marley, seu sócio, morto há algum tempo. Esta visita muda a sua vida.
Com esse enredo e o é familiar a todos. Ganhou várias versões no cinemas, televisionado, adaptado para o teatro, para crianças, transformado em desenho animado e até em histórias em quadrinhos.
Recentemente, lendo Um Amor para Recordar, de Nicholas Sparks, deparei-me com uma interpretação diferente, a qual transcrevo aqui:
  "De qualquer forma, ele escreveu aquela peça, chamada de O Anjo do Natal, porque não queria continuar vendo o velho clássico de Charles Dickens no palco, Um Conto de Natal. Na sua concepção, Scrooge era um herege, que chegou à redenção apenas porque viu fantasmas, e não anjos - e quem disse que os fantasmas haviam sido mandados por Deus? Quem disse que ele não voltaria a ter seu comportamento pecaminoso, já que os fantasmas não vieram diretamente do céu? A peça de Dickens não deixava isso exatamente claro - afinal, é uma questão de fé - mas Hegbert não confiava em fantasmas que não eram explicitamente enviados por Deus, e esse era o maior problema com Um Conto de Natal. Há alguns anos ele mudou o final da peça - utilizando sua própria versão, na qual o velho Scrooge se torna um pregador, viajando para Jerusalém para encontrar o local onde Jesus falava aos apóstolos. Não funcionou muito bem - nem mesmo para a congregação, que assistia ao espetáculo com olhos arregalados - e o jornal havia publicado comentários como "Apesar de interessante, não era exatamente a peça que nós todos conhecemos e amamos...".


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