24 de agosto de 2020

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo
The Seven Husbands of Evelyn Hugo. Taylor Jenkins Reid. Trad. Alexandre Boide. São Paulo Paralela. 2019. 410 páginas.

Sinopse:
Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes – seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido... pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história – ou sua "verdadeira história" –, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso – e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.

Ponderação:
"Nas qualidades de jornalista e consumidora de cultura é isso o que quero saber." Essa citação encontra-se na página 45, a mesma trouxe-me a lembrança de uma conversa com uma amiga, onde dizia gostar de ler biografias, na ocasião do lançamento do livro "Bardot, Deneuve e Fonda" de Roger Vadim, em 1987. Ela ficou escandalizada, dizendo: - "ele está dando detalhes da mulher que é mãe dos filhos dele.". Sim, gosto de biografias. Elas são uma maneira de vivenciar uma era, uma época, uma cidade; uma vida louca, que não é a sua. Mesmo que essa biografia seja uma ficção com elementos reais da história. As mulheres sempre foram os seres que mais se disponibilizaram suas ambições em pró de seus entes queridos. Ainda, continuam. Elas aceitam mais o anonimato de suas ações. Ao contrário da Evelyn, sempre em primeiro lugar. A narrativa descreve a injustiça social e, até, cultural do comportamento humano na história pessoal e coletiva como os bastidores que constroem celebridades e seus romances. A manipulação publicitária, o jogo de interesse. A solidão. A política suja de empresários e artistas por trás da indústria cinematográfica. E  na qualidade de jornalista, a narrativa foi unilateral, não houve desdobramento das informações de Evelyn. Só prevaleceu a verdade Dela.    


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