13 de novembro de 2021

Céu de Origamis

Céu de Origamis
Luiz Alfredo Garcia-Roza (1936-2020). Companhia das Letras. São Paulo. 2009. 217 páginas no formato digital.

Sinopse:
Cecília é uma secretária competente. Depois que seu patrão sai do consultório dentário ela guarda todo o equipamento, desliga os aparelhos, tranca a porta e vai embora. Doutor Marcos é um homem tranquilo, e o trabalho com ele é sem sobressaltos. Hoje ele e a mulher vão jantar em casa de amigos. Fato raro, pensa a secretária. Em geral, doutor Marcos e a mulher ficam em casa. Estranho, para um casal jovem como eles…
Cecília gosta de trabalhar no consultório. Tudo é sempre tão perfeitamente previsível que Cecília jamais poderia imaginar que no dia seguinte receberia a visita da polícia em busca de informações sobre seu patrão. Na véspera, doutor Marcos desaparecera sem deixar sinal. Não havia registro de acidentes de trânsito nem de nenhum tipo de ocorrência policial. Só que ele simplesmente não chegara em casa.
E, como se não bastasse, havia um detalhe absurdo: o carro de doutor Marcos estava estacionado exatamente onde deveria estar, em sua vaga na garagem do prédio onde morava. O que teria acontecido com doutor Marcos? Sobre ele, Cecília explicaria a Espinosa: “Sempre foi atencioso e gentil, nunca alterou a voz, nunca reclamou com mau humor de alguma coisa. Ele parece irreal”.

Ponderação:
Lasanhas congeladas, o kibe da galeria Menescal, a caminhada da Delegacia, na rua Hilário de Gouveia, para casa, no Bairro Peixoto, os interlúdios amorosos com Irene, enfim, a atmosfera em torno do policial torna-se mais importante do que a trama, sua imagem interior das investigações. Sedutor de sempre, o aparecimento do filho Júlio. Um rocambolesco caso, envolvendo o desaparecimento de um pacato dentista joga Espinosa em uma narrativa bem instigante. Mas seu final deixa muito a desejar...


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