15 de dezembro de 2017

Suicidas

Suicidas
Raphael Montes. São Paulo. Cia. das Letras. 2017.  430 páginas.

Sinopse:
Antes que o mundo pudesse sonhar com o terrível jogo da baleia azul, que leva jovens a tirara própria vida, ou que a série de televisão 13 Reasons Why fosse lançada e set ornasse o sucesso que é hoje, Raphael Montes, então com 22 anos, já tratava do tema do suicídio entre jovens, com a ousadia que virou sua marca registrada. Em seu primeiro livro, que a Companhia das Letras agora relança acrescido de um novo capítulo, conhecemos a história de Alê e seus colegas, jovens da elite carioca encontra dos mortos no porão do sítio de um deles em condições misteriosas que indicam que os nove amigos participaram de um perigoso e fatídico jogo de roleta russa. Aos que ficaram, resta tentar descobrir o que teria levado aqueles adolescentes, aparentemente felizes e privilegiados, a tirar a própria vida. Para isso, contamos com os escritos deixados por Alê, um narrador nada confiável.

Ponderação:
História baseada nos acontecimentos publicados na imprensa. Todos os envolvidos possuem distúrbios em vários graus de anormalidade. Mostra uma realidade inverídica dos universitários brasileiros, só uma pequena parcela deles, pode-se dizer que seja alienada como mostra o autor. Banaliza a profissão dos bacharéis em Ciências Jurídicas. Faz-nos acreditar que a polícia é ineficiente, haja visto, o ocorrido ao final da reunião com as mães das vítimas. Uma narrativa com puro desequilibro emocional... O autor está muito longe, mas longe mesmo de ser comparado a uma Agatha Christie ou Arthur Conan Doyle com seu "Sherlock Holmes". Ao final, tive e tenho a sensação de que não convidaria o autor para um café! Deixou-me a ideia de que ele sofre alguns distúrbios sócio-emocionais, onde sente prazer em ver sangue. Bizarro. O ponto positivo, diga-se um, só, encontrado no capítulo 9, quando menciona o fator escritor e sua decorrente aceitação pelo mercador leitor, proporcionando sucesso.
Uma vez, ouvi sobre a função social da literatura, lembrando disso, dei uma folheada no primeiro e os dois últimos capítulos de "Dias Perfeitos" e, li algumas sinopses de outros livros do autor, percebi algo muito incomodo! A questão da punição para quem realiza más ações. Não há punição, se você verificar nos clássicos de mistério-policial, há sempre a punição e o esclarecimento.



Nenhum comentário:

Postar um comentário