19 de agosto de 2016

Adorável Heroína

Adorável Heroína
Thunder Dog. Michael Hingson e Susy Flory. Trad. Maurício Tamboni. São Paulo. Universo dos Livros. 2012. 203 páginas no formato digital.

Sinopse:
Nenhum alarme soou no 78º andar da Torre Norte do World Trade Center e ninguém sabia o que tinha acontecido às 8h:46 do dia 11 de setembro de 2001 – uma manhã que teria sido de um dia normal de trabalho para milhares de pessoas. Cego desde o nascimento, Michael também não via nada naquele dia, mas conseguia ouvir os sons de vidro estilhaçado, destroços caindo e pessoas aterrorizadas se reunindo em torno dele e de sua cão-guia. No entanto, Roselle permaneceu calma ao seu lado. Naquele momento, Michael escolheu confiar nos julgamentos de sua cachorra e não entrar em pânico. Eles eram uma equipe. Adorável heroína possibilita ao leitor entrar no World Trade Center segundos após o ataque para vivenciar a experiência de um homem cego e de sua amada cão-guia na luta pela sobrevivência.

Ponderação:
Não me arrependo de ter selecionado esse livro, somente pela capa. Não é, simplesmente, uma exclusiva narrativa sobre cães; em verdade é uma, onde a tranquilidade canina pode salvar algumas vidas e a de seu dono. Relato de dentro para fora do 11 de setembro de 2001. O sangue frio combinado ao treinamento de emergência e aprendizado pessoal movido pela sua própria mobilidade em não ver a luz do sol. Michael e sua ecolocalização foi capaz de andar de bicicleta e deixar seus conhecidos de cabelos em pé, porque tais conhecidos não tinham ou têm conhecimento da sua capacidade de sobreviver com 'mobilidade reduzida', é uma capacidade mais intelectualizada do que física, propriamente dito. Mike deixou de discutir com o bombeiro, pois não era hora de grandes debates sobre sua capacidade de viver sendo cego. Muito, embora, a atitude do bombeiro é uma constante, em qualquer lugar do mundo, onde haja pessoas com problemas de locomoção reduzida. Sei disso, por experiência própria. Outro fato, a reclamação dele em companhia de amigos, em qualquer restaurante, nunca se dirigirem a ele, perguntando o que deseja. O mesmo, passo eu, quando em companhia de meus amigos, fazendo compras, não se dirigem a mim, sempre a quem esta a meu lado, o valor a pagar, já que sou eu quem irá fazer o pagamento. A cena do restaurante é hilária. Fiquei a imaginar a cara do gerente, quando ele voltou com 'mais cães' e seus donos para almoçar. Como ele, também, me sinto cidadã desclassificada. Mas, assim. como Mike, tive pais que foram a luta e preparou-me para a vida. Em nossa diferença, somos independentes.

Ponderação2:
Esse vídeo esclarece mais alguma coisa sobre o universo da cegueira humana, Dançando...




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