21 de setembro de 2015

Dionísio Azevedo e Flora Geni

Dionísio Azevedo e Flora Geni: Uma vida na Arte
Dionísio Jacob. São Paulo. Imprensa Oficial. 2010. 440 páginas. {Coleção Aplauso}

Sinopse:
Esta é antes de tudo uma história de amor. Dois artistas que foram unidos na vida e na arte, e cuja trajetória é contada pelo filho deles. É assim este livro de Dionísio Jacob, escritor, roteirista, e um dos fundadores do grupo teatral Pod Minoga, em que recorda seus pais, o ator e diretor Dionísio Azevedo e sua mãe a atriz Flora Geni (seu nome por vezes foi grafado como Geny). Mas é também a crônica de uma família, de uma cidade que cresce e um bairro, o Sumaré, onde eles moravam e trabalhavam, na pioneira TV Tupi de São Paulo, a primeira emissora do Brasil.
Através de suas lembranças e depoimentos de grandes amigos como Lima Duarte, Benedito Ruy Barbosa, Juca de Oliveira, Fernando Faro, Laura Cardoso e Vida Alves é reconstituída a trajetória artística da dupla. Dionísio (1922-1994) consagrado ator de rádio, teatro e cinema, atuou em O Pagador de Promessas de Anselmo Duarte, filme que recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, de 1962. Escreveu e dirigiu dezenas de teleteatros e foi um dos criadores das novelas de televisão. Flora (1929-1991) foi principalmente atriz, no rádio, no cinema (desde Quase o Céu em 1949) e na televisão.
Com muita fé, que os fez superar tragédias pessoais, o livro é uma lição de vida e amor.

Ponderação:
Quem assistiu sua interpretação como José Bonifácio, em Independência ou Morte ou como padre Olavo, em O Pagador de Promessas ou o seu padre José em O Santo Milagroso irá intender o significado de perfeição artística. Sem sombra de dúvidas. No mais didático que o autor quis ser e, até, conseguiu, visto que no decorrer da leitura dos oito primeiros capítulos me vi de volta às aulas da Anhembi-Morumbi, quando durante dois anos li e ouvi muito a respeito da importância do Rádio e as maravilhas dos primeiros anos da Televisão. Além de apresentar uma São Paulo que também conheci, mais distante do Sumaré, mais na periferia mesmo. O autor teve melhor acesso a alguns equipamentos culturais, as que eu tive sempre muito complicado e com acesso demorado.
Engraçado, ouvi falar bastante de Flora, mas minha memória fotográfica dos trabalhos por ela realizados não encontram nenhuma referência.



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