19 de abril de 2015

O complô Que Elegeu Tancredo

O complô Que Elegeu Tancredo
Gilberto Dimenstein & outros. Rio de Janeiro. JB. 1985. 247 páginas.

Sinopse:
Este livro é uma ampla e minuciosa reportagem sobre os bastidores da sucessão do Presidente João Figueiredo. Serviram-lhe de roteiro as 1.600 linhas do Caderno Especial do Jornal do Brasil, intitulado "Como o Brasil faz um presidente", publicado a 13 de janeiro de 1985.

Ponderação:
Da série "Tancredisse Aguda", o presente volume deixou-me confusa, tamanha foi a contradição colocada em cima do Presidente João Figueiredo (15/01/1918-24/12/1999). Já na Leitura de "Castelo a Tancredo, foi enfocado uma análise geral e muito resumida, notando-se que na época da publicação do livro, considera-se um fato ultra recente e Sarney estava no meio de seu governo.
Para compreender melhor "Complô" fui buscar outras informações, por assim dizer, no volume 1 de "No Planalto com a Imprensa", os três últimos assessores de imprensa da Presidência, em especial Carlos Atila, faz uma abordagem do homem Figueiredo e do Figueiredo Político... Esses dois entraram em foque com as forças adversárias de então.
Infelizmente, o "Complô" analisou o lado bajulador, mesquinho, errático dos políticos aproveitando-se da postura negativa (correta para ele) de Maluf. Entraram em confronto direto. Daquele momento, considerado histórico e por quê não? - Sarney e Maluf, hoje com mais de 80 anos, vivem as algúrias de altos e baixos da vida e do poder político nas mãos de inexperientes ou alguma classificação não claramente definida. 
Se Figueiredo tivesse tomado as rédeas da sucessão, assim, como fizeram seus antecessores, estaríamos numa posição melhor? Pelo depoimento de Carlos Atila, o ex-presidente era um homem inteligente e não admitia traições. Os homens (políticos de então e alguns até hoje) na ânsia de estarem na arena visível do circo, atropelaram a democracia e todo um processo democrático que vinha sendo trabalhado de maneira continua.
Se na atualidade, estão fazendo valer os valores 'trabalhistas' empossados no início dos anos 1940, com Getúlio Vargas, então porque retirar da História o Presidente Figueiredo. sendo o que melhor representou a democracia e liberdade de expressão e de imprensa. Faço da revolta do homem João Figueiredo a minha revolta, porquê todo artista e todo profissional de imprensa é de esquerda? Não dar para entender! A autora, aqui, não é de esquerda, prático a democracia, sendo a mesma um exercício de como lidar com as diferenças.
Bem, de lá para cá, jamais esqueci a resposta que a Srª Silvia Maluf deu a uma repórter, quando indagada da perda da eleição de Paulo Maluf para Tancredo: - "Minha filha, quem sai na chuva é para se molhar."




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