13 de fevereiro de 2024

Fevereiro em chamas

Fevereiro em Chamas
Adriano Dolph. São Paulo. RC Editores. 2022. 278 páginas.

Sinopse:
Os incêndios dos edifícios Andraus (1972), Joelma (1974) e Grande Avenida (1981) são o tema do livro “Fevereiro em Chamas”. O autor é o jornalista Adriano Dolph, repórter que atuou na TV Gazeta por mais de 20 anos, que desenvolveu a produção da obra durante 15 anos. “Foi um trabalho jornalístico fruto de uma intensa pesquisa, após a revisão de quase dez mil páginas de documentos de fóruns, jornais e até arquivos da Ditadura Militar, mais de 2 mil fotos foram consultadas, e quarenta entrevistas realizadas. Foram diversas informações para checar, analisar e que contribuíram para revelações e informações inéditas”, afirma o escritor. O prefácio foi escrito pela jornalista e pesquisadora Cilene Victor, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e referência na área de comunicação de riscos de desastres e jornalismo científico e ambiental. “Quando recebi o convite do jornalista Adriano Dolph para escrever este prefácio, já sabia que teria em mãos uma obra de fôlego, resultado de um trabalho incansável de pesquisa e apuração.” Segundo Dolph, muitas informações passaram por uma detalhada análise e investigação. “Quando iniciei a pesquisa, encontrei muitas informações e dados confusos, que geraram uma série de distorções na imprensa, e até lendas urbanas. A ideia é restabelecer uma conexão entre os dados disponíveis e a informação correta, de qualidade. E os documentos analisados foram fundamentais.”

Ponderação:
Volta e meia, temos notícias de algum incêndio de grandes proporções, com ou sem vítimas fatais. Bem, a verdade, neste caso, sempre teremos vitimas fatais, em virtude da destruição física, psicológica e histórica do acontecimento, na maioria das vezes, motivado por mãos 'invisíveis' humanas.
A leitura deste livro reflete a busca de outro, resultado de uma conversa com uma colega de trabalho, a respeito do Edifício Joelma, localizado na proximidade da Praça das Bandeiras, aqui no centro da cidade de São Paulo
Todos os três edifícios sinistrados, sobreviveram e continuam de pé. Após longa reforma e, em constante, fiscalização. O mais triste é o Joelma. A vida, alí, parece não renascer.
O autor realizou uma densa pesquisa, focalizando o trabalho da mídia, rádio e televisão, mais a imprensa escrita, o trabalho obstinados dos homens do Corpo de Bombeiros, que, então, não tinham recursos físicos e materiais para impedir a propagação do sinistro. Até, hoje, trabalham mais com a coragem do que propriamente o dever de salvar vidas.


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